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O discurso antiliberal argumenta que o liberalismo defende o egoísmo. Falso. O liberalismo assume que cada ser humano é individualista, mas não necessariamente egoísta.
Individualismo é tudo aquilo que todos nós PRECISAMOS FAZER para poder chegar ao final do mês com mais receita do que despesa. Ninguém vai resolver esse problema por você.
Somos animais, como todos os outros, que precisam sobreviver e para isso é preciso, no mundo complexo de hoje, que se produza, se receba algo e se possa ir a algum lugar para que se obtenha os itens para sobrevivência.
Assim, cada cidadão/consumidor está preocupado onde morar, o que comer, como educar a si e aos filhos, se tratar quando ficar doente, etc. Isso é da natureza de todas as espécies, incluindo a nossa.
Há a necessidade de que pensemos no problema individual de cada um de sobrevivência: a isso chamo individualismo.
Os anti-liberais, geralmente pessoas que trabalham ou vivem do Estado, jovens que vivem de mesada e não têm essa demanda presente, chamam o individualismo necessário de egoísmo.
Assim, embolam dois conceitos distintos:
- Individualismo – é a preocupação que todos TEMOS QUE TER para sobreviver e pensar no final do mês, dentro das inter-relações existentes. O outro está junto comigo nesse processo, numa relação espontânea de troca;
- Egoísmo – é um transtorno desse individualismo. O outro passa a ser um inimigo e procura se estabelecer uma relação forçada de troca.
O liberalismo é a defesa de um espaço aberto de trocas espontâneas, na qual há um processo de ganha-ganha entre individualismo.
É uma espécie de arena aberta, no qual todos trazem o individualismo para a luz e se negocia para que se possa estabelecer as melhores trocas possíveis.
Quando se esconde o individualismo e se prega que todos devem pensar apenas nos outros, está se criando um falso-individualismo e não se está esclarecendo o que é o egoísmo.
Pensar no outro, antes de resolver o seu problema de sobrevivência, é algo que o ser humano não pode e não fará.
Quando se defende o aumento do estado para combater o egoísmo, no fundo, é justamente o resultado contrário que temos: o Estado impõe á sociedade monopólios, nos se cria uma elite egoísta e corporativista justamente em nome do fim do egoísmo.
Estabelecem-se carreiras com estabilidade plena no emprego, independente do que se faz ou não se faz. Cria-se uma cultura no país de falso altruísmo.
As pessoa fingem que não estão ali pelo seu individualismo, mas por uma missão de servir à sociedade. A falta de fiscalização e opção da sociedade, favorece o corporativismo tóxico, no qual o egoísmo é praticado.
O mercado de trocas espontâneas, no qual se pode praticar o individualismo, é taxado de egoísta. E o egoísmo do monopólio estatal é falsamente chamado de altruísmo. Quer se combater, assim, a intoxicação com o mais intoxicação.
Existem mercados mais ou menos descentralizados, que depende, do ponto de vista macro-histórico de alguns fatores:
- maturidade Tecnocultural da população;
- taxas de aumento demográfico;
- mídias centralizadoras ou descentralizadoras disponíveis;
- disseminação de valores liberais ou centralizadores.
O que se desdobra em:
- Quanto mais o mercado estiver centralizado haverá o aumento do transtorno egoísta se sobrepondo ao individualismo. E vice-versa.
- Quando temos um mercado mais aberto, haverá o aumento do individualismo, se sobrepondo ao egoísmo.
É isso, que dizes?
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