O monoteísmo é filho da escrita. Sem a escrita, não haveria a Torá, a Bíblia e o Alcorão.
O monoteísmo foi a base filosófica-religiosa da Governança da Espécie, que inicio a Era Cognitiva Escrita-Oral, que termina agora com o digital. Todo o modelo organizacional de hoje é filho da Escrita e dos modelos hierárquicos religiosos e depois militares, que permitiram a espécie aumentar a demografia, saindo das aldeias e criando cidades cada vez maiores.
Entramos no digital em outro ciclo de Governança e também cognitivo religioso ou cognitivo espiritual.
Saímos do ambiente dos líderes-alfas, um Deus único e no céu, para algo mais distribuído, provavelmente um politeísmo mais anárquico, com múltiplas micro seitas de todos os tipos.
E aí vamos ter dois movimentos.
- As neo-religiões ou neo-espiritualidades – que apontarão para um modelo sagrado mais distribuído e muito menos presente na vida, talvez um politeísmo-digital;
- E a resistência a isso – com movimentos neo-conservadores, que fincarão o pé no modelo monoteísta-escrito-oral, como vemos nos movimentos fundamentalistas de todos os tipos.
A religião, que é a base filosófica mais profunda do ser humano, indica, complementa ou reproduz claramente os movimentos sociais, políticas e econômicos que virão a seguir.
Me diga o modelo de religião hegemônico e verás a governança hegemônica.
O que estou defendendo, portanto, é:
- – nossa visão de Deus é fortemente influenciada pela mídia de plantão;
- – Deus estrutura, como primeira base, os modelos de Governança (ou pelo menos o fazia no passado);
- – E estamos saindo de um modelo monoteísta-oral escrito para um politeísmo-digital.
É isso, que dizes?