Lendo “Os Caminhos da Servidão” de Hayek, achei esta frase:
“Fomos os primeiros a afirmar que quanto mais complexa se
torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade
do indivíduo” – Benito Mussolini.
Penso justamente o contrário, mas tem lógica o que ele diz.
- Quando se aumenta a população, se aumenta a complexidade;
- Quando se aumenta a complexidade, exige-se mais produção;
- Mais produção, nos leva à massificação;
- E desta à concentração.
Ou seja, perguntaria você: o mundo vai virar uma ditadura com 7 bilhões?
E Mussolini está certo?
Não, a nossa salvação é sempre tecnológica.
Criamos novas tecnologias para superar barreiras ecológicas.
- Assim, o século XX foi marcado pela explosão demográfica e a concentração de mídia.
- O século XXI será marcado pela continuidade da explosão demográfica, mas a descentralização de mídia.
- Quando temos aumento da demografia e concentração de mídia, o movimento de defesa das pontas, o individualismo, onde se situa o liberalismo, tenderá a perder espaço na sociedade. Nestes momento, teremos o aumento do coletivismo.
E vice-versa.
- Quando temos aumento da demografia e descentralização de mídia, o movimento de defesa das pontas, o individualismo, onde se situa o liberalismo, tenderá a ganhar espaço na sociedade.
O problema, nos dois casos, é produtivo.
O setor produtivo com o aumento radical da demanda vai tirar poder da sociedade, diversidade, pela incapacidade completa de poder lidar com ela. Isso nos leva à concentração econômica e política.
Porém, isso vai gerando uma latência, pois a baixa competitividade e os monopólios que serão criados nos leva a crises sistemáticas de insatisfação, pois há uma vertiginosa queda da qualidade de consumo: os custos sobem e os benefícios caem.
Essa latência gera uma demanda pela inovação, para superar as barreiras impostas.
A inovação que altera completamente a macro-conjutura se dá nas Tecnologias Cognitivas que nos leva a saída do impasse.
Passamos a poder, com novas mídias descentralizadoras, a ter mais poder na ponta, com novos meios de consulta (sejam voluntários ou involuntários) o que permite desafogar o sistema, criando um novo ciclo descentralizador.
Portanto, liberal e voltado para o indivíduo.
Já disse e vou repetir.
Os movimentos liberais ganham mais ou menos adesão na sociedade, em termos macros (não em situações específicas de um país ou região) quando há descentralização de mídia.
Nestes momentos o ciclo liberal se torna ou se tornará emergente e passará a hegemônico nos países com o setor produtivo mais sofisticado. O liberalismo não cria o movimento de descentralização, isso é feito pela relação da espécie com as novas ferramentas cognitivas disponíveis, ele o interpreta e o torna possível.
Falarei mais disso adiante.
É isso, que dizes?