Coloquei neste áudio uma primeira análise sobre essa separação.
No áudio, comento que muita gente acredita que o fato da pessoa não ter lido uma linha de Marx não o faz um marxista.
Uma cultura, defendo, é maior do que uma ideologia.
A ideologia é a base da cultura, criada por alguém ou “alguéns”. Uma cultura social (política ou religiosa) nasce a partir das ideias de uma pessoa ou grupo.
E toda a ideologia tem alguns alicerces fundamentais, que criam as bases do edifício cultural.
É fato que uma cultura tem várias sub-culturas, mas tem um elo central que as mantém unidas dentro do mesmo guarda-chuva.
No caso da cultura marxista, temos:
- – o ser humano é bom, nasce bom, e a sociedade o deteriora;
- – a luta política é um elemento santificador do ser humano;
- – e na vida temos a luta de classes.
Estes três elementos formam alicerces antagônicos à cultura republicana e, por isso, são incompatíveis entre si.
Uma cultura marxista sempre irá, assim, contra os princípios da república.
Se a pessoa faz uma auto-crítica cultural terá que superar estes três pontos.
Foi o que fizeram os liberais clássicos para conceber a sociedade moderna, contra a cultura católica, que é estruturante, do ponto de vista de seus alicerces, da cultura marxista.
É isso, que dizes?