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Um fato interessante ao se estudar Revoluções Cognitivas e viver o início de uma delas é perceber como é difícil passarmos de um modelo estratégico de semanas para o de séculos.

Head-in-Sand

O final de uma Era Cognitiva, que durou 500 anos, da chegada do papel impresso até hoje, nos coloca em uma grave crise, na qual as organizações ganharam muito mais poder do que deveriam.

Digo que vivemos um profundo momento, no qual o rabo balança o cachorro.

As organizações se acostumaram a planejar em cenários de curtíssimo prazo, pois havia uma estabilidade cognitiva garantida.

Novos concorrentes eram raros.

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Uma rede de proteção legal e operacional foi criada que dava as organizações tranquilidade para fazer pequenos ajustes na sua estratégia.

As áreas estratégicas, os conselhos de administração, os executivos foram todos formados para lidar com mudanças pontuais de cenário.

O problema é que uma Revolução Cognitiva, que traz revoluções culturais, não pede licença a esse modelo.

E há, assim, uma contradição entre o que a realidade demanda em termos de mudanças e atitudes das empresas e a capacidade das empresas em compreender a mudança e colocá-las nas estratégias, com projetos coerentes.

Ou seja, as organizações montaram departamentos estratégicos semanais, quando se precisa hoje de visões seculares.

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Estamos vivendo um momento em que há uma mudança radical na macro-história e os departamentos estratégicos foram concebidos para lidar com a micro-história.

Assim, a maior parte das organizações não consegue ter ferramentas estratégicas para poder guiá-las diante das mudanças atuais.

E ficam a mercê da sorte de que o seu setor não seja atingido pela nova cultura digital, que traz um novo modelo de reintermediação com uma relação de custo/benefício, bem superior ao modelo atual.

Há uma crise profunda, que começa nos departamentos estratégicos, que não tem ferramental suficiente para lidar com o novo cenário.

É isso, que dizes?

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