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Tenho agora usado filtros de foto antes de publicar.

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Graças as dicas da Cora Rónai.

Uso o Aviary e depois os filtros do Instagram.

Muitos dirão que você “falsifica” as fotos.

Dá no primeiro momento uma sensação esquisita de como se você estivesse “traindo” a realidade.

Pensando um pouco mais sobre o tema, comecei a perceber que, ao contrário, a câmera não consegue captar o que, de fato você vê.

O que você vê, no fundo, é a realidade filtrada por você.

Uma foto de uma flor, por exemplo, que eu gosto, às vezes me chama a atenção a textura, ora é a cor.

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Quando distorço o filtro, colocando algo sépia, e aumento a nitidez para deixar a textura completamente à mostra (como acima), estou dando a minha interpretação do que eu vi, gostei, mas a câmera não foi capaz de apresentar.

Eu escancaro, distorço exatamente para mostrar a realidade do jeito que que eu a vejo, aumentando a diversidade do mundo.

Uma foto assim consegue ver o que a câmera não permite, pois há os limites técnicos.

É um esforço a mais.

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A discussão impressionista e expressionista cai nessa linha.

No impressionismo você empresta algo mais à fotografia, usando os filtros para chamar a atenção daquilo que você gostaria.

Uma foto sem filtros, assim, seria uma foto expressionista, que é algo sem manipulação posterior, a câmera te representa. Os filtros, quando chamados, tornam a foto impressionista, pois você quer que elas tenham algo mais além do que a câmera te permitiu.

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Gosto muito de fotos de nuvens, por exemplo, quando aumento os contraste e o realce, elas ganham volume e contorno, aumentando a textura, dando ao céu aquilo que eu consigo ver com meu olho (ou com meu instinto), mas que a câmera não capta.

No fundo, estou ajudando a tornar a realidade mais próxima da minha percepção.

É isso, que dizes?

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