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Falei da chegada de uma nova espécie humana, aqui.

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O que tenho visto é que nos iludimos que a espécie humana é fixa, ou tem uma “natureza”.

O ser humano tem uma tecno-natureza e vive em uma tecno-ecologia, fortemente influenciado pelas tecnologias que conseguimos inventar.

A espécie humana tem um grande problema, pois, diferente das outras espécie, não tem limites de crescimento, justamente pela sua capacidade de recriar a sua tecno-natureza e a sua tecno-ecologia.

Ou seja, os outros animais são “condenados” a viverem dentro da mesma natureza de seus códigos genéticos, evoluem claro, mas não auto-interferem de forma radical e intencional na ecologia como nós fazemos.

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A espécie humana é mais mutante, pois é uma tecno-espécie e pode, a partir de novas tecnologias, entrar em um processo mais acelerado de mutação.

Vivemos uma relação dialética entre:

  • – tamanho da espécie e/ou a complexidade demográfica que isso gera;
  • – e a governança da espécie que praticamos.

Quando crescemos em termos de demografia, começamos a ter necessidade de sofisticar a espécie e, a partir disso, criar novos modelos de governança mais sofisticados, compatíveis com o novo tamanho.

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Ao observar a última Revolução Cognitiva da Escrita, a partir de 1450, quando massificou a nossa capacidade de ler e escrever, demos um salto quântico em termos de espécie.

Criamos uma autonomia que nos permitiu criar governanças mais sofisticadas, reduzindo o espaço do rei e criando um novo modelo mais descentralizado, mais capaz de lidar com a a complexidade emergente.

Isso nos permitiu crescer como nunca, ter um salto de 1 para 7 bilhões e agora começar a nos preparar para uma nova guinada, saltando de uma governança do homo sapiens escrito para o digital.

Isso vai nos levar a uma maior autonomia de cada indivíduo e uma descentralização ainda maior do poder, pois só a descentralização bem coordenada nos permite lidar melhor com a complexidade emergente.

Todas as macro-mudanças da sociedade nas próximas décadas serão na seguinte direção:

  • – disseminação dos novos aparatos;
  • – mutação da espécie;
  • – latências por mudanças;
  • – preparação para formular as novas mudanças;
  • – implantação da nova governança em ambientes isolados e passando à hegemonia ao longo do tempo.

Precisamos entender que nem o ser humano é fixo e nem a Governança da Espécie, que varia conforme a complexidade demográfica, que força a criação de novas tecnologias para nos fazer sobreviver melhor.

É isso, que dizes?

One Response to “Revoluções Cognitivas trazem uma nova Governança da Espécie”

  1. […] Revolução Cognitiva como disse aqui cria uma nova espécie humana. E como disse aqui abre as portas para uma nova Governança da […]

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