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Estava sem sala de aula e um aluno procurava analisar os fatos, a partir do que ele gostaria que fossem e não do que poderiam ser.

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Essa vontade que temos que as coisas fossem como gostaríamos faz parte do estudo da vida.

Não existe pesquisador/pessoa que não tenha que lidar com isso.

O cara que viaja na maionese é justamente aquele que não consegue ver fatos que apontam em outra direção daquilo que ele gostaria que as coisas fossem.

A vida, entretanto, não se preocupa muito com o que gostaríamos, a vida tem as suas regras e, de quando em vez, bate à nossa porta para mostrar que ela está lá.

Como disse aqui, teorias são sentimentos amadurecidos.

E para que eles possam amadurecer, é fundamental que conversemos com os outros, com muita gente, com diferentes perfis, pois podemos ouvindo perceber quando algo não faz muito sentido.

Muitas vezes me pergunto se esse cenário otimista, que vejo pela frente com a Revolução Cognitiva faz parte do que eu gostaria ou do que vai ser?

Refaço os cálculos e acredito um pouco nas duas coisas.

Eu gostaria que fosse, mas também há indícios nessa direção.

Passa a ser uma visão parcial sobre algo em que você acredita. O empreendedorismo é isso. E acho que teorizar é um pouco empreender.

Ou seja, você teoriza e procura construir algo na sociedade, mas quando se expõe a conversas, seja na Internet ou em sala de aula, espera que os interlocutores, apontem possíveis falhas.

Assim, o melhor antídoto contra a viagem na maionese é a contínua conversa, pois se algo está muito discrepante com os fatos e sem lógica os outros vão te apontar.

O que não se pode é deixar de escutar as pessoas. Como sugeria Freud, a solidão é a mãe da loucura.

Desafios

Teorizar é estar atento a esse tipo de coisas.

Não somos aliens que estudam fenômenos, mas pessoas.

O que faz a diferença, a meu ver, é abrir sempre a memória de cálculo e submeter os dados ao debate, o que torna a possibilidade do aumento da taxa da “viagem na maionese” mais difícil.

É isso, que dizes?

 

One Response to “Querer e prever”

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