Se me perguntarem que teoria escolheria para ser a vedete do século XXI, cravaria: a da complexidade.
É uma teoria fim, como detalhei aqui, fortemente baseada em um problema: como lidar com fenômenos complexos.
A Ciência, desde seu nascimento, foi criada para resolver problemas que o ser humano não-científico não tinha capacidade de solucionar.
São problemas que exigem um tempo de reflexão maior, uma dedicação e um método de abordagem, muitas vezes um laboratório, um tanto mais sistemático (muitas vezes compulsivo e neurótico) em cima de um dado problema.
Uma teoria, portanto, visa criar um questionamento dos sentimentos e intuições e substituindo-os por conceitos que precisam ser encadeados para se procurar lógicas que não são vistas pelas primeiras percepções.
Conceitos permitem criar um óculos (entre nós e o ambiente) para evitar que as percepções mais passageiras nos traiam.
No fundo, quando falamos da teoria da complexidade estamos inaugurando um novo tempo da Ciência, que marca o fim da Era Descartes, e o cartesianismo.
Antes era separar para entender, agora é entender integrando.
Até esse momento, o cartesianismo foi que conseguimos de mais complexo, feito para combater o emocionalismo e dogmatismo da Idade Média, que nos impedia de enxergar melhor.
Tal mudança, como disse aqui, se deve da necessidade de lidar com a Complexidade Demográfica que passou a se expressar fortemente, a partir da Revolução Cognitiva, que explodiu os Canais de Circulação de Ideias mais Horizontais, nos tirando do obscurantismo da Idade Mídia.
A Teoria da Complexidade, no fundo, não é uma teoria, mas uma filosofia, uma forma de ver o mundo, a base filosófico da Ciência do novo Século, como apontou Morin, assim como foi o Método de Descartes na sua época.
Diria que é se trata da Filosofia da Complexidade, que é a base do que chamo de Conhecimento Líquido. Uma forma de ver a sociedade, através de sistemas abertos, mutantes e interativos, voltada para problemas cada vez mais complexos. A única maneira de lidar com a nova Governança da Espécie.
É uma revisão ética e epistemológica nos conceitos do velho (e genial) Descartes, que não merece pedras, pois nos trouxe, com méritos, até aqui.
É isso, que dizes?
[…] Teoria da Complexidade é falar da própria Ciência, o que nos leva a pensar, como disse aqui, na Filosofia da Complexidade, que é a base para pensarmos o novo século, moldado pela Revolução […]
[…] Teoria da Complexidade é falar da própria Ciência, o que nos leva a pensar, como disse aqui, na Filosofia da Complexidade, que é a base para pensarmos o novo século, moldado pela Revolução […]