A base, a meu ver, de uma atitude inovadora, sob esse prisma, tem que ser um compromisso ético e não moral, pois você vai querer melhorar as coisas, por algo que você QUER fazer e não por algo que você DEVE fazer.
Trabalho no meu curso de Inovação Estratégica a questão da separação entre ética e moral.
Na minha percepção, moral é tudo aquilo que a sociedade cobra de nós como atitudes e ética é aquilo que resolvemos fazer além da moral, ou apesar da moral, ou mesmo contra o que seria moral.
Seria como antes da abolição da escravidão que era moralmente aceita, não querer ter escravo de jeito nenhum, pois se considerava eticamente inaceitável.
A ética aqui na minha tela seria uma atitude pró-ativa diante da vida e a moral algo reativo.
Gosto de brincar que a melô da moral é a música do Zeca Pagodinho, “Deixa a vida me levar”.
A base, a meu ver, de uma atitude inovadora, sob esse prisma, tem que ser um compromisso ético e não moral, pois você vai querer melhorar as coisas, por algo que você QUER fazer e não por algo que você DEVE fazer.
Ou seja, uma organização pode remunerar a inovação, pode colocá-la como fazendo parte da “moral” e da norma. E inovar passa a fazer parte do trabalho e da moral.
Nada contra, mas desconfio que esse tipo de inovação não dure muito tempo.
Ou seja, as pessoas vão querer trabalhar a inovação para ganhar mais ou serem promovidas, nada contra, mas é uma inovação destituída de um sentido ético.
Na ideia que acalento e trabalho de inovação acredito que o que ficará e mudará realmente uma organização é quando você problematiza a questão da mudança em nome de algo que seja positivo para a sociedade hoje e amanhã. Ainda mais em um mundo cada vez mais transparente em que se vai querer organizações éticas e não morais!
Quando se quer melhorar e procurar fazer melhor para reduzir o sofrimento do cliente ou cidadão, em nome de um legado que cada um procure deixar na vida.
A inovação, portanto, se posiciona não mais como algo que será feito por obrigação, mas algo que entra como uma missão de vida de cada pessoa diante do que quer deixar depois que #partiu 🙂
Uma inovação ética, assim, supera os contextos de chefes, de problemas de remuneração, ou qualquer outro, pois a inovação à procura de redução de sofrimento da sociedade passa a ser uma atitude da pessoa diante da vida, INDEPENDENTE os contextos.
Eu vou tentar melhorar sempre, pois vou me sentir melhor por causa disso!
Outro ponto que observei nas aulas é que a ética inovadora não pode e nem deve ser construída em cima de procura de reconhecimento externo.
SERIA ÓTIMO QUE NOSSAS AÇÕES FOSSEM RECONHECIDAS, POIS TODOS PRECISAMOS DE RECONHECIMENTO!
Porém, a ética inovadora é aquela que a pessoa faz algo para agradar e ser reconhecido PELA SUA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA.
Independente qualquer coisa, é você que tem que se sentir bem com o que você está fazendo para reduzir sofrimento.
Sim, é algo difícil e eu sempre digo que trabalhar com Inovação Ética é um esforço para uma tropa de elite, de pessoas que querem mais da vida além de simplesmente sobreviver.
Poderia dizer, assim, que acredito na Inovação Ética e que ela visa preparar pessoas para inovar sempre, colaborar para uma sociedade melhor a procura da redução da taxa de sofrimento dos seres vivos.
A meu ver esse tipo de inovação é a que a sociedade mais precisa hoje e é a que vai se tornar a mais consistente, pois cada um fará para si mesmo e independente de qualquer contexto, o que acredito ser uma garantia que ela irá mais longe.
Que dizes?
[…] aula me provocou escrever este post sobre Inovação […]
Bacana! Temos que ter um sentido na vida. Podemos inovar e diminuir o abismo social desse país.