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Como vimos aqui, temos que fazer um resgate da história da filosofia. Nossa revisão passa pelo cruzamento do processo de contração e expansão cognitiva, que tem forte influência nas escolas filosóficas, em dois movimentos: de perda da força dos argumentos e de uma verdade de melhor qualidade (na expansão) para a baixa dos argumentos e uma verdade de pior qualidade (na contração).

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Podemos ver que tanto os filósofos gregos (Sócrates, Platão e Aristóteles) como os primeiros filósofos da chamada Filosofia Moderna (Descartes, Bacon e Espinosa) tinham um mesmo inimigo: a verdade de baixa qualidade, respectivamente, sofistas que não amavam a verdade, ou eram amigo delas (por isso vem o termo filosofia, quem a ama) e os escolásticos da Idade Média.

A produção da verdade era feita de forma fechada, geralmente em latim, com forte interesse de manutenção da ordem, com as organizações e autoridades completamente voltadas para seu próprio umbigo.

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Identificamos dois surtos filosóficos, provocados pelo surgimento de novas mídias:

  • do alfabeto grego (como estudou Havelock);
  • e pela chegada do papel impresso (como apontou McLuhan e outros da Escola de Toronto).

Podemos dizer que estes três filósofos defensores da verdade impressa tiveram em comum, aproveitando a abertura dos canais:

  • – forte questionamento da produção da verdade de baixa qualidade (mítica e fabulosa, interesseira) da Idade Média, baseada no papel manuscrito/latim, oralidade;
  • – procura do resgate dos argumentos, portanto diálogos mais honestos, lógica e métodos.

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Tal estudo é relevante para o nosso momento, pois vivemos o mesmo fenômeno histórico: a saída de um longo ciclo de contração cognitiva e começamos a viver a demanda de filósofos metodológicos, à procura de uma verdade de melhor qualidade.

Precisamos urgente de mosqueteiros da verdade digital de melhor qualidade que consigam duelar com uma produção emocional, baseado em mitos e curandeiros (gurus) que conseguem “con-vencer” a sociedade não pelos argumentos e pelo diálogo, mas pela força da repetição, verticalização.

Adiante falarei mais de cada um e o que podemos reaproveitar de suas críticas para o momento atual. Estou lendo Bacon, que fala muito dos mitos. É um questionamento do marketing vazio do século XVI e XVII.

É isso,

que dizes?

Versão 1.1 – 12/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

2 Responses to “Os três mosqueteiros da verdade impressa”

  1. […] (Vivemos isso também na saída da Idade Média, na luta dos três mosqueteiros da verdade impressa.) […]

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