Podemos trabalhar e articular estes dois conceitos.
- Governança da Espécie, como detalhei aqui, é o conjunto de ações sociais que temos para sobreviver enquanto espécie com mais ou menos qualidade. Trata-se do modelo hegemônico que abrange várias regiões em todo o mundo.
- Redes de tomada de decisão são modelos que estruturamos, a partir das tecnologias cognitivas disponíveis, para que possamos tomar decisões, a partir de verdades produzidas, (detalhe mais o conceito aqui.)
A governança da espécie é moldada pelas redes de tomada de decisão, que não são fixas, como tendíamos a achar.
- Elas variam do ponto de vista incremental por mudanças sociais, políticas e econômicas.
- E do ponto de vista radical por mudanças tecno-cognitivas.
Há um longo ciclo que marca a passagem de uma governança para outra e isso pode ser notado quando há uma ruptura nas tecnologias cognitivas que permite, pela ordem:
- – a disponibilização de novos canais produtores de verdades para o cidadão;
- – que oxigena a sociedade por novas verdades, novos problemas/sofrimentos;
- – que acaba por exigir um novo ambiente de tomada de decisões.
Neste momento da passagem de uma governança para outra, há um movimento a procura de mais participação, pois as decisões, as verdades produzidas e os sofrimentos/problemas atacados passam a ser de baixa qualidade, pois não representam mais o conjunto maior da população.
- É o momento de contração do pêndulo cognitivo.
- Que gera um movimento que chamei de socio-narcisismo cognitivo.
O movimento de mudança de uma governança para outra, que se dá através de uma Revolução Cognitiva que podemos resumir, por enquanto em:
- – o aumento de produtores da verdade na sociedade;
- – que visam aumentar a qualidade das verdades produzidas;
- – e, por sua vez, promover a melhoria da qualidade de decisões, tanto de forma qualitativa (nos sofrimentos e problemas que serão escolhidos e a forma como serão minimizados) quanto de quantidade, (de quem e quantos tomam as decisões).
É isso.
Que dizes?
Versão 1.0 – 08/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.