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Podemos dizer que:

  • A idade média foi um período de forte controle (I ao século XV);
  • E a idade mídia (de massa) também com a expansão do jornal impresso, rádio e da televisão (de 1800 até a chegada da Internet).

Vivemos nestes dois momentos uma situação de monocentrismo, que se caracteriza pela incapacidade do cidadão ter canais para expressar as suas verdades e de forte concentração da tomada de decisões por autoridades de plantão, com longo período no cargo.

O que caracteriza um fenômeno que chamei de contração cognitiva.

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É o que podemos chamar das duas fases do pêndulo cognitivo.

É preciso separar, então, momentos diferentes da produção da verdade:

  • Aqueles mais fechados, em contração, nos leva a um monocentrismo, que tem como sub-produto, por exemplo, uma cultura mais monoteísta da verdade, uma crença generalizada em “deuses” mais centralizados, que precisam ser respeitados pela sua imagem/discurso e não pelo que representam de fato pelos seus atos.
  • Já na expansão, com o aumento radical de canais pelos cidadãos, caímos para um ambiente mais politeísta, o que favoreceria uma crença generalizada em muito mais “deuses” mais descentralizados, que passam a ser respeitados NÃO pela sua imagem/discurso e MAIS pelo que representam de fato pelos seus atos.

Assim, entende-se monocentrismo ou policentrismo cognitivos como uma estrutura de redes de tomada de decisão que criam movimentos distintos na sociedade.

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Versão 2.0 – 07/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

Comentário da versão: aqui abandono o conceito monoteísta/politeísta por um monocentrista e policentrista em função da interação que tive e dos problemas de comunicação da ideia que a relação com teísmo pode provocar. O monocentrismo e o policentrismo são mais exatos e menos causadores de ruídos. Grato a Bia Martins e Ricardo Torres pelas críticas.

7 Responses to “A cultura da verdade monocentrista e policentrista”

  1. […] Aos poucos, as iniciativas politeístas se tornam mais competitivas e vai se recriando um círculo de influência alternativo de organizações produtivas que precisam de uma escola e um modelo de mídia compatível, criando uma espécie de mundo lado B, que começa a se procurar dentro de uma nova cultura politeísta. […]

  2. […] Desenvolvi a ideia do pêndulo cognitivo, no qual há uma expansão e uma contração nos ambientes cognitivos que alteram como a verdade é produzido de forma mais ou menos controlada, que chamei de monoteísmo e politeísmo cognitivo. […]

  3. […] defender com mais ou menos visão do todo, o novo Zeitgeist macro cognitivo, da mudança de uma cultura monoteísta para uma politeísta, da unicidade para a multiplicidade das […]

  4. […] novo modelo da mídia social há ainda o envio da verdade monoteísta, desde o centro (que seria uma junção dos dois desenhos acima), mas há, ao mesmo tempo, em […]

  5. Ney Queiroz disse:

    Muito boa reflexão, Nepo! Parabéns! Gostei da “Idade Média’ / Idade Mídia (de massa).
    E, colaborando, penso que hoje vivemos uma nova era, da Idade Mídia Social, onde o conhecimento e a informação (e a verdade) são compartilhados, socializados, reconfigurando totalmente os modelos da era anterior. Abraços.

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