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Versão 1.2 – 25/09/13

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

AVISO: COLOQUE ASPAS EM TODAS AS VERDADES DESTE TEXTO, OK?

Truth

Verdade: O que é real ou possivelmente real. (Wikipédia).

Toda espécie seja humana ou não, precisa de “verdades”, pois é das verdades estabelecidas que tomamos decisões. Uma baixa qualidade de verdades nos leva a tomadas de decisão menos eficazes, o que causa mais sofrimento.

O aparato de produção da verdade, portanto, é algo fundamental para que uma sociedade possa sobreviver e ir ganhando melhor qualidade.

O aparato da verdade não funciona no vazio, pois não somos AINDA uma espécie telepata, que se comunica por pensamentos. Somos, aliás, uma tecno-espécie dependente de órteses tecnológicas.

Precisamos, assim, de um aparato tecno-cognitivo, que começou de forma biológica com a fala e depois, conforme fomos crescendo e nos espalhando, fomos sentindo necessidade de criar novas órteses para estabelecer as nossas verdades, tal como a escrita (manuscrita, alfabética e impressa), o rádio, a tevê, o computador e agora a Internet.

Se fôssemos uma espécie planejada, controlada, obediente, como é, por incapacidade cognitiva, a maioria dos outros animas, poderíamos viver com um modelo fixo de aparato produtivo da verdade, que nos leva a um modelo de governança da espécie. Porém, não somos esse tipo de espécie. Somos a única que cresce indefinidamente. E por causa disso a única que muda a forma de criar verdades e o jeito de como tomamos decisões ao longo do tempo.

GNU+wildebeest- (1)

E, para isso, precisamos desenvolver e aperfeiçoar, pela ordem, novas tecnologias cognitivas que nos permitam administrar melhor a produção da verdade, tomar melhores decisões, aperfeiçoando, assim, o modelo de nossa governança da espécie, procurando taxas de sofrimento menor (bandeira de luta de qualquer líder legítimo). 

Portanto, vamos tentar traçar uma anatomia experimental do que seria uma governança da espécie sob este novo ponto de vista, apresentando a figura abaixo:

anatomia_governanca

  • A sociedade escolhe, aceita, com mais ou menos satisfação as autoridades da verdade e das decisões, aqueles que terão a capacidade de produzir verdades tangíveis e intangíveis na sociedade;
  • Tais verdades viram decisões, produtos, serviços, leis, aulas, reportagens, etc;
  • Que geram consequência para toda a sociedade, com respectiva taxa de sofrimento, o que nos permite (apesar da dificuldade que é esse tipo de medição) avaliar o sofrimento causado (que sempre terá uma forte subjetividade;
  • A partir deste sofrimento, que define a qualidade de vida, sobrevivência do grupo, podemos medir uma taxa da qualidade das decisões das verdades e decisões, o que, por sua vez nos leva a avaliar as autoridades de plantão;
  • Por fim, há uma taxa de retroalimentação das verdades, com novas verdades que podem apontar falhas e erros, bem como procurar mudar as autoridades, renovando o ambiente.

Como a produção da verdade é dependente de um tecno-aparato um item importante para que o ambiente esteja em melhor equilíbrio é a capacidade do aparato em permitir uma taxa mais alta de retroalimentação, que possa alterar autoridades e verdades hegemônicas.

Como vimos no impasse demográfico cognitivo, todo o ambiente começa a ter problemas se há um aumento da população, pois o tecno-aparato começa a perder qualidade das decisões, pois a retroalimentação das verdades e das autoridades e, por sua vez, das decisões tomadas vão perdendo qualidade, gerando cada vez mais sofrimento.

Uma revolução cognitiva, em última instância, visa reequilibrar tal ambiente, permitindo, principalmente, uma maior retroalimentação do ambiente, criando possibilidade de renovação das autoridades e dos métodos que usam para chegar às verdades, disseminá-las, tomar decisões e receber feed-back.

A governança da espécie, portanto, se recicla para produzir verdades mais verdadeiras e decisões que causem menos sofrimento, criando critérios de retro-alimentação para que isso possa ser feito de forma mais sistemática.

Uma crise da governança, portanto, aponta para:

  • – Autoridades que produzem verdade e tomam decisões de baixa qualidade (com aumento de taxa de sofrimento);
  • – Baixa retroalimentação que permita novas verdades de mais qualidade e a reposição das velhas por novas autoridades mais comprometidas com a taxa de sofrimento.

 

4 Responses to “Aparato produtivo da verdade e governança da espécie”

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