Versão 1.0 – 07/07/13
“Não importa o vasto conhecimento do mundo, mas come ele pode ajudar a ser mais eficaz no teu problema significativo”.
No post passado, vimos que precisamos procurar um projeto de vida mais significativa e acho que isso é fundamental para que você tenha um consumo de informação melhor.
Note que para saber se estamos consumindo informação de forma adequada precisamos de alguns parâmetros:
- – por que e para que eu consumo do ponto de vista existencial e filosófico?
- – como posso avaliar a qualidade do que consumo, a partir de algo mais significativo?
Obviamente, você pode ter uma vida profissional e avaliar se o que você está consumindo está ajudando a sua carreira e se você está ganhando mais com isso. É uma abordagem, mas eu prefiro escolher outra.
O parâmetro que eu prefiro é quando você alia profissão e vida significativa e escolhe um problema relevante que reduza sofrimento humano e isso seja sustentável ao ponto de você conseguir sobreviver de forma adequada sem depender de ninguém.
Feito isso, podemos avaliar como determinada peça ou fonte de informação ajuda a pensar e melhorar a minha capacidade de resolver o meu problema relevante.
Assim, eu tenho coisas fundamentais para balizar e colocar uma cerca divisória naquilo que eu preciso consumir de informação:
- a – ajuda a entender o meu problema relevante?
- b- ajuda a ter uma melhor prática do meu problema relevante?
Note que não é necessário saber tudo, nem entender tudo, nem ser o especialistas de tudo, basta apenas se informar/conhecer para que possa ver e trabalhar melhor o problema relevante que você escolheu para minimizar sofrimento.
E a medição final sempre será: você está conseguindo reduzir o sofrimento do seu cliente/público preferencial?
As pessoas se perdem muito em estabelecer um limite até onde devem conhecer, pois ficam se comparando com outras pessoas, muitas delas que se dedicam profundamente a um dado assunto, mas não necessariamente está envolvido em um problema relevante.
São o que podemos chamar de “enciclopédias ambulantes” sabem muito sobre algo, mas não conseguem ajudar a mudar muita coisa no mundo. São falsas-autoridades que usam o conhecimento que têm não para reduzir o sofrimento dos outros e aprender com a vida, mas usá-lo como uma “arma” para manter seu posto de autoridade. Rejeite-as sem perdão.
O projeto significativo foge desse saber, a meu ver autoritário e ineficaz, para colocar a informação e o conhecimento a serviço da redução de sofrimento, que passa a ser um parâmetro ético e palpável para medir o quanto devemos nos aprofundar em cada tema.
O objetivo, por fim, é melhorar a nossa capacidade de pensar e atuar e isso pode ser medido na sua prática do dia-a-dia, a partir dos resultados que você pode aferir com seu cliente/público alvo. É isso que importa e nada mais. Você ter a satisfação de estar atendendo cada vez melhor aqueles que escolheu reduzir o sofrimento. Essa é a medida de um consumo de informação significativo!!!
Ou seja, a referência não é nenhuma autoridade que sabe tudo e quer que você a respeite pela quantidade de informação, mas a capacidade de cada um em se envolver em um dado problema relevante e se colocar como um eterno aprendiz para a cada passo aprender mais e mais, de forma eficaz, a minimizar um dado problema e o retorno que o seu cliente/público tem do seu trabalho.
O resto é fumaça e artificialidade.
Que dizes?
[…] Artigo publicado originalmente em nepo.com.br […]