Nunca na história dessa humanidade vivemos uma crise de percepção tão grande e nunca estivemos tão despreparados!
Rascunho – colabore na revisão.
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O principal problema que temos hoje para compreender as consequências da atual Revolução Cognitiva é o enorme fosso entre o que está acontecendo e o que achamos que está acontecendo.
Digamos que estamos vivendo o início de uma macro-mudança civilizacional, mas todo nossa maneira de pensar problemas está preparada para micro-mudanças.
Há um choque entre a taxa de percepção possível e os fatos.
Nossa maneira de pensar o mundo foi toda preparada para um mundo com uma taxa de mudança baixa, para andarmos com o piloto-automático ligado, para uma realidade pré-existente, para uma caixa permanentemente cobrindo nossas cabeças.
Não fomos educados para recriar o mundo, mas para aceitá-lo do jeito que ele é!
Porém, estamos entrando na primeira fase de uma Revolução Cognitiva que tudo isso está sendo FORTEMENTE questionado.
É, de fato um choque!
Como vemos abaixo:
Anota: estamos saindo de um período de estabilidade cognitiva no mundo.
De fato, temos a ilusão que o mundo é aquilo que achamos que é, mas não necessariamente.
Nossa visão de realidade é fortemente intoxicada pelo controle das ideias. Assim, podemos dizer que a realidade é mais ou menos aquilo que os canais que controlam (controlavam) as ideias dizem (diziam) repetidamente o que é.
Quanto menos canais tivermos, mais veremos o mundo conforme estes canais e vice-versa.
Nosso senso de realidade e de verdade é, assim, condicionado pelo controle das ideias.
Uma revolução cognitiva é justamente a explosão de novos canais de ideias, um descontrole dos canais antes controlados – um fato raro e, portanto, relevante para o futuro da civilização, pois é algo que chega ao mesmo tempo para várias regiões do planeta.
O fenômeno em si tem como consequência uma gradual reconstrução da visão que temos do mundo, pois novos olhares passam a disputar com os canais “oficiais”.
Assim, o mundo passa a mudar, pois:
- – novos canais criam novas realidades;
- – a revolução cognitiva avança recriando mais e mais o mundo, talvez se aproximando mais dos fatos que antes não conseguíamos ver melhor, pois não podíamos compartilhar visões;
- – o próprio novo canal cria produtos e serviços, afetando a indústria de ideias;
- – e cria, por fim, um novo modelo de controle informacional, alterando o modelo de gestão de todas as organizações.
É um novo ciclo inovador que se abre, pois vemos o que era antes considerado “conhecido” de forma diferente e cada vez menos nublado.
Há, assim, uma forte reconstrução da realidade e da verdade em todos os setores, refazendo as fórmulas-mães de todos os campos.
Aumenta-se a velocidade das mudanças, pois estamos, aos poucos, dissolvendo a realidade mais dura e mais sólida dos poucos canais para uma mais líquida de canais variados, com trocas cada vez mais intensas.
O modelo de controle e de gestão de todas as organizações precisa começar a lidar com esse mundo menos consolidado, pois a criação de produtos e serviços passa a ser feita nesse novo ambiente, “fora da caixa”, de uma verdade mais multi-facetada e criada por elementos externos ao sistema.
Por isso, a necessidade de quebrar os muros para fora e os de dentro, dando mais espaço para a participação dos que não tinham voz, pois tudo que sabíamos sobre o mundo está em processo de revisão profunda.
Entramos em um ciclo de revisão filosófica de nossas mentes!
Estamos apenas começando esse ciclo.
O nosso papel, como profissionais responsáveis por esse alinhamento, é o de criar pontes entre a percepção distorcida e aproximar do que está acontecendo (o máximo possível, pois nunca chegaremos lá).
Por aí, que dizes?
[…] Vide este post sobre a pororoca cognitiva. […]