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O mundo é tão sólido, porque as ideias eram controladas. Num mundo de ideias descontroladas, tende a ser mais líquido.

Versão 1.0 – 09 de outubro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Sabe como se combate o excesso de informação?

Com fórmulas.

Sim, fórmulas.

Vou explicar.

Num mundo estável, com ideias controladas, poucas fontes e pouco espaço para cabeças inovadoras, há sempre uma estabilidade de pensamento.

O mundo é tão sólido, porque as ideias eram controladas. Num mundo de ideias descontroladas, tende a ser mais líquido.

A percepção central do mundo – que controla os meios de circulação de ideias – chega a algumas fórmulas de como tudo funciona e passa a repetir até que todos se convençam que elas são as únicas e verdadeiras.

Fórmulas são, apenas, uma relação de causa e efeito de diferentes forças que interagem.

As alternativas não têm espaço e se tornam off-fórmulas.

Algumas:

  • É preciso centralizar a energia para resolver o problema do mundo;
  • Só o agro-negócio vai resolver o problema da fome.

Fórmulas nada mais são, assim, repito,  do que relações entre causas e efeitos de fenômenos.

E assim criamos uma espécie, como gosta o Gleiser, de aquário cognitivo, onde todos se acomodam a percepção do mundo, cria-se um modus operandi, com uma taxa de injustiça aceita por todos e vamos caminhando, com crises pontuais.

Assim caminha a humanidade.

A chegada de uma Revolução Cognitiva joga nova água no aquário, ou melhor, cria um novo aquário e pede que os peixes comecem a migrar.

As fórmulas começam a ser alteradas, pois muito mais gente passa a criar novas percepções, novos projetos, que começam que mostrar que aquelas fórmulas antigas eram muito mais inventadas do que “certas”.

Desfaz-se, na verdade, o equilíbrio de percepções, nada além disso.

Assim, digamos, que há um “refresh”, um recalcular as formulas de plantão de todos os lados.

Estamos vivendo, antes de tudo, um borbulhar de novas fórmulas de mais e mais gente, criando novas relações de causa e efeito de todos os lados.

Portanto, o que precisamos agora é de filtros (pessoas físicas e jurídicas) que nos ajudem a:

  • – conhecer novas fórmulas;
  • – questionar – de forma consistente – as fórmulas atuais;
  • – apresentar o desdobramento que a nova fórmula trará.

Portanto, é perda de tempo se informar, a partir de fórmulas passadas, se elas estiverem sendo questionadas, pois provavelmente vamos gastar tempo e mais adiante vamos ver que o paradigma daquele conjunto de leituras não faz mais sentido.

Isso vale para tudo.

Estamos, assim, no epicentro da crise das instabilidades das fórmulas.

O problema que não temos costume nem de trabalhar com fórmulas e nem, muito menos, de poder criar novas fórmulas, pois isso implica em discussões mais amplas, genéricas e filosóficas.

Porém, nesse mundo instável, o que precisamos é disso:

  • – saber qual a fórmula de plantão;
  • – conhecer bem a opinião e os argumentos de todos que as estão questionando;
  • – se posicionar para ver quais os argumentos devem ser procedentes;
  • – e, em sendo, quais possíveis desdobramentos que uma nova fórmula (causa e efeito)  nos aponta para o futuro, pois primeiro mudamos a maneira de pensar e depois o como fazemos as coisas.

Estudar, portanto, fórmulas é algo muito antecipatório dos fatos.

Quanto mais nos concentrarmos nessa missão, menos tempo vamos perder com informações passadas e mais eficazes vamos ser para ter uma visão do que nos reserva o futuro.

Concordas?

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