Feed on
Posts
Comments

“O mestre ajuda os discípulos a se encontrarem e, nas horas de depressão, são os discípulos que ajudam o mestre a se reencontrar. O mestre inflama as almas dos discípulos; e eles o rodeiam e iluminam. O discípulo pergunta e, pela forma de sua pergunta, evoca, sem o saber, uma resposta no espírito do mestre, a qual não teria nascido sem essa pergunta” – Martin Buber;

Versão 2.0 – 21 de maio de 2012 (mudei bastante nessa versão)
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Venho há mais de cinco anos experimentado um modelo participativo/colaborativo em sala de aula em cursos de pós-graduação, livres e MBAs.

Não uso mais PPTs e procuro desenvolver um debate honesto com os alunos.

(Vejo que outros pensadores da Internet fazem o mesmo, como podem ler no final deste texto do Pedro Dória.)

Trabalhamos em roda de conversa, discutindo hipóteses e não verdades, em torno do tema da aula: como a Internet (ou a Revolução Cognitiva que ela provoca) tem condicionado o nosso mundo e o que temos que fazer para nos alinhar com ela, reduzindo riscos e ampliando oportunidades?

É um fluxo de conversa, na qual há um guia que procuro seguir, a partir das minhas hipóteses – e não verdades – destacando os pontos principais desse debate e construindo junto uma teoria sobre o tema.

Geralmente, falo em intervalos de 20 minutos e reservo um período para que os alunos discutam as provocações, incentivado TODOS a falarem, mesmo e principalmente os mais tímidos.

A avaliação dos alunos é sempre muito positiva, pois eles sentem a presença do professor em sala de aula, a abertura para a conversa e a percepção que estão entrando dentro de um fluxo de debates que eles gostariam de fazer parte, no qual o professor é um participante ativo com um pouco mais de tempo de discussão e com uma metodologia de diálogo, que incentiva a todos a darem sua opinião, apenas isso.

Sempre me pergunto: será que é possível estender essa metodologia para qualquer curso ou tema? E ainda: seria um modismo ou tendência?

(Uma pergunta parecida é feita naquele filme – Escritores da Liberdade – para a professora que inventa um novo método – ela responde “não sei”.)

E isso nos leva para uma visão histórica do aprendizado humano e suas variantes, podemos dizer que tivemos duas etapas até aqui e estamos entrando em uma terceira:

  • a) a transmissão oral do conhecimento, através da memória e da conversa informal;
  • b) a transmissão oral/escrita do conhecimento, através dos livros e da sala de aula;
  • c) e a transmissão do conhecimento oral/escrito/digital, através da rede, via aparelhos digitais de todo tipo.

É interessante observar que a escola atual é filha do livro impresso.

O livro é escrito por um autor, que geralmente se capacita para isso e o professor é um reprodutor das ideias dos autores dos livros.

Ou seja, em sala de aula está um retransmissor de ideias de outra pessoas, as quais ele têm que, de alguma forma, defender, para que os alunos “aprendam” e sejam capazes de responder a um teste que comprove que “captaram” a ideia de um autor que está fora daquele espaço.

O conhecimento em sala de aula, assim, não é passível de alteração, mas apenas de reprodução – que é incompatível com o mundo líquido que estamos vivendo – eis o espinho principal na pata da escola 1.0.

A chegada da rede digital, da inclusão dos textos nos computadores e em rede, criam uma nova forma de transmissão de conhecimento que é meio oral, pois permite alterá-lo com mais facilidade, o que era mais difícil com o papel impresso.

Assim, a grande dificuldade da Escola 2.0, ou da escola marcada pelo novo ambiente cognitivo digital em rede, não é a chegada apenas de uma nova tecnologia, mas da possibilidade de uma nova forma de transmissão de conhecimento mais dinâmica, em que o conhecimento precisa ser – também – ser feito na interação aluno-professor, algo que é bem diferente do que é feito hoje. 

No tempo da escola 1.0, baseada no papel impresso, tínhamos:

  • – a ilusão de um conhecimento mais sólido;
  • – o afastamento do professor/aluno da produção desse conhecimento, o que os aliena (algo chato e desmotivante);
  • Tal ambiente nos levou mais e mais nos dedicar a assuntos, a disciplinas estanques, consolidas, sem uma relação entre elas – deixamos de nos dedicar a problemas – foi o preço que pagamos com a chegada do papel impresso, que tão bons serviços nos prestou!

Com o novo ambiente cognitivo a principal mudança é que o conhecimento – que sempre foi líquido, porém era aparentemente sólido – ganhou velocidade nas mudanças de uma versão para outra, ficando mais evidente o seu caráter mais fluido.

Tudo entra em um movimento mais dinâmico e a escola precisa acompanhar esse ritmo. Essa é a principal mudança que precisa ser feita!

Ou seja, o tempo de atualização do conhecimento ganhou velocidade, passando-o para algo muito mais líquido do que era antes (ver mais sobre conhecimento líquido aqui.)

E isso cria um impasse para a sala de aula mais colaborativa, pois os alunos entram nesse mundo mais dinâmico, seus cérebros se acostumam a um mundo de versões que mudam: o celular, os sites, os jogos, menos, porém, o material didático que continua estático.

E está longe da possibilidade, tanto do professor alterá-lo, como da própria turma, apesar de muitas vezes o Google ou o Wikipédia afirmarem coisas diferentes que estão nos livros, pois o tempo de atualização da rede é mais rápido do que o do material didático em papel da escola!

Assim, começam a ter que viver a tortura de viver com um mundo de mudança rápida – e colaborativa –  fora da escola e em uma “verdade imutável” dentro ela.

O impasse da sala de aula, portanto, não é a inclusão, ou não, de tecnologias, mas a mudança na percepção de como a transmissão de conhecimento passará a ser feita. Uma mudança no papel do professor, que deve deixar de ser um reprodutor de conhecimento para, junto com a turma, passar a criar também conhecimento, não mais em torno de assuntos – mas de problemas!

Estamos saindo de uma escola baseada no livro impresso para outra baseada na rede digital, na qual o conhecimento muda muito mais rapidamente.

São dois mundos incompatíveis – e sem conciliação, como defendi aqui.

O quer isso impacta no dia a dia da escola?

  1. o material didático tem que migrar para meios digitais;
  2. todo o material didático deve passar a ser passível de alteração pelo professor e pelos alunos, de forma colaborativa, todos passando a ser um pouco autores das obras – num modelo próximo ao Wikipédia, colocando o que conseguem naquele fluxo de conhecimento;
  3. o professor passa a ser muito mais pesquisador do que é hoje, sendo ele também um autor de conhecimento, tendo curiosidade na dificuldade e facilidade dos alunos em ajudá-lo nessa tarefa, desenvolvendo um método do diálogo, incentivando a produção do conhecimento.

Outro ponto importante – e fundamental –  é a compreensão do que o ambiente cognitivo passado nos deixou de sequelas de percepção do mundo e como acabamos desenvolvendo o estudo e a transmissão do conhecimento.

A baixa taxa de circulação de ideias do ambiente da mídia de massa foi nos levando para uma intoxicação tanto de considerar o conhecimento sólido, como verdade mais absoluta do que é hoje, como na divisão das ciências e na preponderante abordagem do estudo de assuntos e não de problemas.

Ou seja, ao final de uma Era Cognitiva, como estamos passando, estamos vivendo uma forte intoxicação do estudo de assuntos – uma fase decadente de como lidamos com o conhecimento.

(Escrevi aqui por que o estudo por assuntos é ineficaz e autoritátrio.)

Note que assuntos são instrumentos de poder, pois criam uma falsa hierarquia do tempo.

Quanto mais uma pessoa se dedica a um assunto, teoricamente, mais ele é um conhecedor daquilo e mais se distancia dos demais – uma visão tipicamente distorcida do que precisamos praticar em termos de conhecimento e transmissão.

Assuntos são uni-disciplinares, não têm métrica de aferição, pois não se pode questionar ninguém que sabe muito, mesmo que aquele conhecimento não sirva em nada para a sociedade.

O estudo dos problemas, entretanto, nos leva a um equilíbrio e uma horizontalização, pois, sugestões para solução (ou minimização) dos problemas permitem ver se a abordagem é eficaz ou não.

Uma criança pode ter uma ideia brilhante sobre um problema antigo.

Problemas são multi-disciplinares.

Assim, a escola  terá que se dedicar ao estudo de problemas, criando sinergia entre os saberes, permitindo que todos possam colaborar e avaliar se foram bem ou mal sucedidos.

 Hoje, somos 7 bilhões de habitantes com problemas muito mais complexos. Tal população não nos permitem mais manter um tempo de aprendizagem e inovação de séculos passados! A complexidade de um mundo mais habitado está batendo na porta e cobrando seu preço! E pede uma escola mais ágil e viva!

Podemos, assim, dizer que a escola sempre vai variar, conforme a maneira que conhecimento é compartilhado na sociedade, ou a Era Cognitiva da vez.

Quanto mais esse for mutante e ágil, mais a escola terá que acompanhar o ritmo!

Não se trata assim de adotar novas tecnologias, mas uma nova forma de pensar o conhecimento para repassá-lo. Precisamos criar novos métodos para ajudar os alunos do presente e futuro a  conviverem com esse novo modus-pensante e operante. 

E vão me perguntar: como mudar?

Segundo estudos dos especialistas de inovação, (ver aqui) uma organização saudável é aquela que dedica 10% do seu tempo a ações completamente transformadoras que a levará a construir um futuro.

Urge governos e escolas particulares criarem projetos desintoxicados do ambiente cognitivo passado, para que sejam feitos testes com nova forma de transmissão de conhecimento digital.

Protótipos que servirão para aprender com tudo isso e podermos ir migrando desse mundo da Era Cognitiva passada para a futura.

O triste é que as experiências que vemos ainda não conseguiram chegar ao problema principal e estão se perdendo naquilo que é o secundário.

 

Vivemos a passagem de um conhecimento mais sólido para um mais líquido!

Temos que alterar a relação de poder entre as partes (quem produz e consome o conhecimento), aumentando a responsabilidade do aluno e tirando o professor de um pedestal, colocando-o como um “aluno mais velho e experiente”, responsável para reduzir ruídos individuais, sempre em prol do coletivo.Ou seja, a escola não é mais uma repassadora de conhecimento passiva, mas produtora coletiva do mesmo, a partir da colaboração dentro e fora da sala de aula!

É fato: estamos saindo da escola mais sólida para uma mais líquida, educadores e alunos devem entrar nesse fluxo!

É isso.

Que dizes?

14 Responses to “O dilema da sala de aula (mais) colaborativa”

  1. Marcos Bidart disse:

    A metáfora da liquidez é interessante, mas não podemos submergir nela. Gosto do conceito de Moreno, de conserva cultural, aquecimento por meio da criatividade e espontaneidade e novo congelamento. Não tenho nada contra que me tragam conceitos prontos, desde que haja espaço para debatê-los e aprimorá-los. Este texto mesmo traz conceitos prontos como a sociedade líquida de Bauman, com o qual nem todos concordarão. Esta frase por exemplo é sólida ao extremo: “Estamos diante de uma mudança mais ampla, filosófica cognitiva, diria, que nos impõe agora essa mudança, tanto do professor quanto do aluno”. Porque o aluno tem que mudar? Qual aluno? Nas cidades, no campo, em todas as classes sociais? Em que países mais ou menos? Generalizações são perigosas. Que professores tem que mudar? Ou a mudança tem que ser das escolas e dos métodos. Outra frase me intriga: “Temos que alterar a relação de poder entre as partes (quem produz e consome o conhecimento), aumentando a responsabilidade do aluno e tirando o professor de um pedestal, colocando-o como um “aluno mais velho e experiente”, responsável para reduzir ruídos individuais, sempre em prol do coletivo”. Parece que sabemos com clareza quem produz e quem consome, em um momento em que o aluno parece produzir mais e o professor consumir… O professor já foi tirado do pedestral há muito tempo em muitos lugares. Há alguns em que ele está sendo escorraçado da própria escola, por gangues e conflitos locais que poucos querem enfrentar. Sugiro como quase que obrigatório para este debate assistirmos o filme Escritores da Liberdade com Hillary Swank. Quase todo no youtube de graça.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Marcos, vamos aos comentários..

    você disse:

    “A metáfora da liquidez é interessante, mas não podemos submergir nela. Gosto do conceito de Moreno, de conserva cultural, aquecimento por meio da criatividade e espontaneidade e novo congelamento. Não tenho nada contra que me tragam conceitos prontos, desde que haja espaço para debatê-los e aprimorá-los”.

    O blog e os comentários é justamente o espaço para contra-argumentar, o conceito não está pronto, até por que a ideia de pensarmos um conhecimento líquido é justamente a possibilidade de – através do diálogo honesto irmos aperfeiçoando conceitos..uma das bases da minha aula é justamente discutir hipóteses, que é aqui o caso, e não verdades…

    “Este texto mesmo traz conceitos prontos como a sociedade líquida de Bauman, com o qual nem todos concordarão”.

    Note que quem disse que está pronto é você. Não me baseio em Bauman, mas na observação e conversa de perceber que estamos migrando de um ambiente cognitivo mais estável para outro mais instável, o termo líquido foi adaptado….para esse fim..

    “Esta frase por exemplo é sólida ao extremo: “Estamos diante de uma mudança mais ampla, filosófica cognitiva, diria, que nos impõe agora essa mudança, tanto do professor quanto do aluno”. Porque o aluno tem que mudar? Qual aluno? Nas cidades, no campo, em todas as classes sociais? Em que países mais ou menos? Generalizações são perigosas. “.

    Marcos, o blog lida com macro visões, macro processo, que estamos passando, a visão macro tem seus problemas, dependendo do contexto e conjuntura, aqui estamos falando da escola, do professor, do aluno do século XXI, que estão entrando em uma nova era cognitiva. Acredito que podemos utilizar generalizações quando temos mudanças desse porte como a atual…que precisam agora de micro-visões e contextualizações…a partir da visão geral para a específica…As teorias se adaptam às necessidades e não o contrário…

    “Outra frase me intriga: “Temos que alterar a relação de poder entre as partes (quem produz e consome o conhecimento), aumentando a responsabilidade do aluno e tirando o professor de um pedestal, colocando-o como um “aluno mais velho e experiente”, responsável para reduzir ruídos individuais, sempre em prol do coletivo”. Parece que sabemos com clareza quem produz e quem consome, em um momento em que o aluno parece produzir mais e o professor consumir… O professor já foi tirado do pedestral há muito tempo em muitos lugares. Há alguns em que ele está sendo escorraçado da própria escola, por gangues e conflitos locais que poucos querem enfrentar. Sugiro como quase que obrigatório para este debate assistirmos o filme Escritores da Liberdade com Hillary Swank. Quase todo no youtube de graça.”

    Já vi o filme e aquela professora tenta algo colaborativo, até perguntam para ela se aquele método pode ser ampliado e ela responde: não sei….

    Vamos debatendo..

    abraços, grato pela visita e comentários…

  3. Oi, Nepô! Tudo bem? 🙂 Há quanto tempo não nos falamos, hein?

    Você conhece a Escola da Ponte, em Portugal? Sempre que leio sobre ela, fico impressionada e apaixonada. Queria muito que houvesse algo parecido aqui no Rio de Janeiro, para permitir que minhas filhas passassem por essa experiência.

    Veja esta entrevista com o idealizador da escola: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/jose-pacheco-escola-ponte-479055.shtml

    E aqui, Rubem Alves conta como conheceu e se encantou com a escola: file:///C:/Documents%20and%20Settings/monicams/Desktop/Rubem_alves_escola_da_ponte.doc

    Será que um dia teremos algo parecido aqui no Brasil? Espero que sim!

    B-jim!

  4. Marcos Bidart de Novaes disse:

    Nepomuceno, grato pela dedicação ao comentar. Vou ler de novo com calma, mas desde já afirmo que gostaria de progredir neste ponto de seus comentários: o blog lida com macro visões, macro processo, que estamos passando, a visão macro tem seus problemas, dependendo do contexto e conjuntura, aqui estamos falando da escola, do professor, do aluno do século XXI, que estão entrando em uma nova era cognitiva. Acredito que podemos utilizar generalizações quando temos mudanças desse porte como a atual…que precisam agora de micro-visões e contextualizações…a partir da visão geral para a específica…As teorias se adaptam às necessidades e não o contrário…

    Fico com a pulga atrás da orelha sobre até que ponto macro visões ou macroprocessos ajudam, quando acredito o mesmo que a Sra. Gruwell do filme. Não sei… Se é possível generalizar. Ou se a procura deve ser na mudança que cada um quer e pode fazer no mundo. Em cada ambiente de ensino respeitando anseios e especificidades.

  5. Luciana Sodre disse:

    Me encanta a idéia de estudar problemas e nao assuntos. Imagino que assim se alcançaria verdadeiramente a tão desejada transdisciplinariedade. Também assim será possível pensar em indicadores para um novo modelo de avaliação (confesso que é o que mais me incomoda na educação tradicional). E, finalmente, a abordagem por problemas também ajudaria a abolir das escolas a crença mais nociva à criacao da sociedade inovadora que tanto precisamos: a crença de que errar é igual a insucesso. O erro nao pode ser visto como um fim onde se chega, mas como parte de um processo que AINDA nao se completou. Soluções para um determinado problema nunca podem ser classificadas como certas ou erradas, antes de serem testadas. E se existe retroalimentação no processo é obvio que a primeira solução nao será a “correta”. O erro continuará existindo, mas perderá o estigma que tem. Adoraria conversar mais sobre isso com voce. Quer me indicar algo mais para ler ou conhecer?

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Lu,

    esse lance de assuntos x problema vais achar algo no Popper, Karl Popper, abro minha tese com uma frase dele:

    “Não somos estudantes de assuntos, mas de problemas”.

    Certamente, tem uma grande discussão filosófica com isso, mas fui pescando isso por aí, não é algo que um autor me ajudou.

    Confesso que é um ponto meio cego, pois ainda não fiz um link interessante, mais consistente entre a Revolução Cognitiva, a decadência, os assuntos e os problemas.

    Continuo me desintoxicando para chegar lá…

    Vamos falar sim,

    beijos
    Nepô.

  7. Paula Ugalde disse:

    Oi Nepô!!

    Gosto muito das ideias do post. O DNA é mais um anunciativo dos novos caminhos que andamos buscando. Comento uma questão bem específica, relacionada aos diferentes modos como as pessoas aprendem, ok?
    Não é o uso de uma ppt para ilustrar um debate que faz a diferença e sim o modo como é construída. É perfeitamente possível criarmos apresentações beta, com partilha de ideias e provocações-convite a diálogos.
    Qual a diferença de explanar por 20 minutos e apresentar uma ppt?
    Uma lousa interativa e com várias ‘canetas’ sim faria muita diferença e otimizaria as autorias no processo…

    O uso de recursos audiovisuais adequados aos diferentes interagentes pode amplificar as possibilidades de algumas ou várias pessoas idearem e aprenderem.
    Concordando com outros, penso que é importante as interações considerarem as preferências individuais e coletivas e com isso, se darem em variadas interfaces interativas.
    O imprescindível seria o modelo libertário… O que diz? bzzuu!!

  8. Carlos Nepomuceno disse:

    Paulete 😉

    o problema da apresentação – ppt é o discurso fechado. Eu preparo bastante para chegar lá e passar. Ou seja, há um cuidado, nada contra, pois tem gente que precisa de algo assim. Não podemos ser dogmáticos nisso, porém, É PRECISO COLOCAR EM LETRAS GRANDES que uma coisa é ter algo para ajudar no pensamento aberto.

    Outro é ter algo que finge ser aberto, mas vai se fechando, esse é o receio de algo que possa acontecer.

    Não é o PPT, ou não, que vai garantir isso, pois o professor pode decorar tudo, levar fichas, etc…

    Ou seja, trata-se, de fato, em pensar um conhecimento em que ele vai levar hipóteses e questões para o debate e realmente querer ouvir os alunos para ver:

    como eles resistem e como?
    como eles agregam e como?

    Para isso, tem que ser um pesquisador/professor.

    Um professor/professor – que transmite é que é o problema para a colaboração.

    Esse é o ponto, o que a senhora diz disso tudo? 😉

    beijos,

    valeu visita e comentário.

  9. Paula Ugalde disse:

    Nepô,
    Coaduno com a ideia de que diálogos efetivamente abertos são melhores para novas aprendizagens alargadas.
    Sendo o preparo fundamental para interagirmos nos processos, com ou sem materiais de apoio, fico confusa com a resposta. Dito assim, as conversas honestas seriam *da hora* e, ao mesmo tempo, *a exposição de ideias e construções anteriores*, pelo escrito no post?!

    “É um fluxo de conversa, na qual *há um guia* que procuro seguir, a partir das minhas hipóteses* – e não verdades – destacando os pontos principais desse debate e construindo junto uma teoria sobre o tema.”

    Opino que a partilha do que pensa/pretende falar [o *guia*], contribui mais, para *alterar a relação de poder entre as partes*, tornando o processo mais horizontal. Os aprendentes podem buscar e refletir as ideias, dialogar com outras fontes e, assim, serem mais autorais, colaborativos e produtores de conhecimentos. O que diz?!
    bzzuuss!! 😉

Leave a Reply to Mônica Japiassú

WhatsApp chat