Na sala de aula, nem sempre o senso incomum vem do professor – Nepô – da safra 2011;
(Post antigo, revisado)
Temos uma prática cotidiana de encontros de pessoas de maneira geral.
Salas de aulas, reuniões de trabalhos, cursos a distância, comunidades na Internet.
Mas podemos conceituar duas modalidades de encontros: os fechados e abertos, como vou tentar demonstrar na tabela abaixo.
Cada um é útil para uma determinada situação, não há regra.
Exemplos?
Um piloto de avião que é treinado tende a um encontro fechado, pois existem muitas normas a serem seguidas.
Um curso de marketing digital ser algo fechado me parece uma loucura, pois está se descobrindo tudo e ninguém ainda domina o tema completamente.
Porém, quando temos rupturas informacionais, como a que estamos vivendo na atual Revolução da Informação, os encontros abertos são mais eficazes, pois é preciso rapidamente inovar e ganhar velocidade, aproveitando ao máximo o encontro.
Passa a ser um movimento geral para rever processos na sociedade, um movimento de ruptura com um modelo “A” para o “B”, no qual encontros líquidos, construídos e abertos são mais compatíveis com o ritmo da sociedade.
Já que estamos migrando da civilização do papel impresso para a digital.
Tanto os participantes, como o coordenador, mudam de posição dentro do ambiente de troca.
A tabela abaixo é útil para demonstrar como é diferente um encontro aberto e outro fechado.
E serve, como base, para um DNA do mundo que estamos saindo e para o qual estamos entrando.
Demonstra que no mundo de hoje realizar encontros fechados, com tanta inovação, é algo pouco eficaz e tende a não atender às demandas vigentes de velocidade de troca necessária.
Sem falar, dos custos que se tornam inviáveis, pois a colaboração vai permitindo que participante aprenda também com participante.
Ou seja, estamos passando, por tendência, a termos com o tempo mais o segundo do que o primeiro.
Eis a tabela, sempre em produção, pois vai se evoluindo.
Comente abaixo.
Encontros fechados (1.0) versus abertos (2.0)
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Encontros 1.0 (fechados):
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Encontros 2.0 (abertos) |
Objetivo é a reprodução de conhecimento;
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Objetivo é a produçãode conhecimento; |
Mais comuns em momentos de estabilidade e sem crises de percepção; | Mais comuns em momentos de instabilidade e crisesde percepção; |
Áreas consolidadas sem grande instabilidade; | Áreas consolidadas com grande instabilidade; |
Realidade consolidada e não será modificada com a interação no encontro, apenas apreendida;
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Realidade não consolidada e será modificada com a interação, será reconstruída; |
Alguém (professor/chefe) domina a realidade consolidada e repassa, através de discurso fechado (o uso do power point se justifica, bem como espaço tradicional de um participante atrás do outro);
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Alguém (professor/chefe) problematiza a realidade não consolidada, através de discurso aberto (o uso do power point não se justifica, opta-se por círculo de participantes); |
Taxa de participação tende a ser baixa, mais recebe do que colabora;
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Taxa de participação tende a ser alta, colabora e recebe; |
Taxa de inteligência coletiva baixa, sem incentivo de troca participante -participante; | Taxa de inteligência coletiva alta com incentivo de troca participante-participante; |
É pouco provável que os participantes repensarão o seu próprio “eu” no encontro pois não haverá revisão da percepação da realidade. | É bem provável que os participantes repensem o seu próprio “eu” no encontro, pois haverá revisão da percepção da realidade, pois quando se vê diferente fora, questiona-se para dentro; |
Tende-se ao incentivo cognitivo da memória, conservação; | Tende-se ao incentivo cognitivo da criatividade, intuição, associação; |
Taxa de inovação do encontro baixa; | Taxa de inovação do encontro alta; |
Pratica-se o convencimento; | Pratica-se o coo-vencimento; |
Mantém-se a mesma lógica do que se entrou, com possibilidade de novas informações; | Procura-se nova lógica com novas informações; |
Há uma identificação do coordenador (ego) com os conceitos apresentados, reforçando conhecimentos consolidados. | Não há identificação do coordenador (ego) com os conceitos a serem problematizados, questionando-se conhecimentos consolidados. |
O coordenador não precisa ser pesquisador/ questionador do tema e geralmente, sai do mesmo jeito que entrou. | O coordenador precisa ser pesquisador/ questionador do tema e geralmente, sai diferente de como entrou, pois aprende com a interação. |
Que dizes?
[…] (Veja ainda a anatomia comparativa entre o sistema aberto e o fechado.) […]
Teste.
[…] saindo juntos de um ambiente de produção de conhecimento fechado, como abordei nestes dois posts (aqui e […]
[…] Encontros fechados (1.0) versus abertos (2.0) […]