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“O futuro está lá fora, apenas está mal distribuído” – Alvin
Toffler;

Temos a ilusão que o futuro é algo que ocorre no tempo.

“Amanhã ele vai chegar”.

Porém, não há lógica nisso.

É uma ilusão esfumaçada pelo senso comum.

Pode até se dizer que o imprevisto, aquilo que é externo ao homem – as forças da natureza: terremotos, meteoros, etc são ainda imprevisíveis.

O futuro, fora isso, não é um disco voador que pousa do/no nada!

É um processo lento em conflito de ideias novas, de quem quer mudar, ajeitar e daqueles que resistem a isso.

O futuro é , assim, um local e não um tempo.

O futuro – através de ideias – se espalha geograficamente o que dá uma impressão falsa de temporalidade.

Há, assim, dois futuros:

Os construídos – pela ação humana, que se pode influenciar com mais eficácia;

Os acidentais – pelas força da natureza, para as quais podemos prever, mas não influenciar tanto.

O presente, portanto, é uma fábrica de ideias futuras multi-localizada, de processos, de serviços e produtos.

E são alguns poucos lugares, pessoas, no mundo que o produzem (aqueles que o definem).

São estes centros futuristas que conseguem aliar demandas latentes com superações.

Locais de inovação, de gente aberta para o novo.

Eles criam o futuro do futuro.

São a ponta da ponta.

(O Brasil, a meu ver, está na periferia da produção do futuro. Sempre somos passado! Por isso, me veio a frase de que somos o país do futuro do pretérito.)

A previsão do porvir, assim, é identificar:

• As necessidades básicas e perenes dos humanos, pois são elas que vão sempre permanecer no tempo;

• As atualizações dessas necessidades (demandas em curso), que ocorrem por movimentos de ajustes, tal como aumento da população, aprofundamento da vida nas grandes métropoles;

• E os movimentos que nos levam à superar essas necessidades/demandas.

O futuro, assim, já é.

Está aí pelos cantos do planeta!

Temos, sim, que aperfeiçoar nossas teorias e metodologias, através de talvez uma Ciência do Futuro para conseguir enxergá-lo cada vez melhor.

E, com isso, adotá-lo e, se possível, influenciá-lo.

Que dizes?

6 Responses to “O mito do futuro”

  1. Perfeito, Nepo! O Futuro é um processo lento, concordo! Acho que vamos moldando a cada dia o futuro que queremos para nós pessoalmente e profissionalmente. Claro que existem as ocorrências acidentais, mas são seus passos que te definem.

    Abs!!

  2. Júlia Linhares disse:

    Este post complementa o meu comentário no post que aborda as etapas da revolução… Acho que o futuro relacionado a revolução informacional se dará através da ação/ evolução humana (Ciência do futuro). Agora, como ele será influenciado? não sei ao certo. Talvez o caos informacional tenha uma ação direta sobre ele. Acho que o caos promove mudanças e “aproxima o futuro”. bjs

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Rodrigo e Julia, diria:

    “Talvez o caos informacional tenha uma ação direta sobre ele. Acho que o caos promove mudanças e “aproxima o futuro”. bjs

    Acredito que teremos mais oportunidades da dispersão…

    mais gente podendo gerar o futuro, menos centralizado, mas ainda com núcleos de foco, agora em rede a distância,

    valeu visita e comentário

    Nepô.

  4. Nicole Araujo disse:

    O futuro é “um processo lento em conflito de ideias novas, de quem quer mudar, ajeitar e daqueles que resistem a isso”. Ótima reflexão, Nepô.
    Cabe avaliar agora como cada um de nós pode colaborar para o Brasil começar a “construir” o futuro também. Talvez o caminho seja injetar novas ideias nas empresas cheias de dinossauros, para os quais viver no passado tem sido muito mais confortável, menos ameaçador. As situações novas sempre assustam quando você não se prepara para elas.

  5. Camilla Rodrigues disse:

    “É um processo lento em conflito de ideias novas, de quem quer mudar, ajeitar e daqueles que resistem a isso”. Perfeita frase, Nepô.
    Concordo com a questão do nosso desafio em injetar novas idéias nas empresas, mas completo dizendo que é necessário aliá-lo à perseverança. Na minha opinião, o maior problema não é a falta de boas idéias, mas sim de combater o comodismo. Muitas mentes criativas se rendem à reistência de empresas. Algumas vezes porque são vencidas, também, pelo comnodismo e em outros casos por necessidade (ou entra no jogo ou sai de cena). As empresas querem o novo, o atual, o moderno, mas não querem as consequencias desse novo. Evoluir dá trabalho e nem todos querem submeter-se ao preço do “novo”.

  6. Bruno Goodma disse:

    “Locais de inovação, de gente aberta para o novo.
    Eles criam o futuro do futuro.” Concordo, atual ruptura de comunicação que estamos vivendo é o que liberta mais e mais mente para o iminente.
    Uma vez ouvi uma colocação para isto, chamada de Revolução Radical.
    Oswald de Andrade, também fez referencia a esta idéia quando resolveu-no na nomenclatura “Matriarcado de Pindorama”. No livro A utopia antropofágica.
    Tanto a revolução radical, quanto o matriarcado de pindorama, fazem fortes referências ao que estamos aqui refletindo.
    De forma a viver o que os viventes do pretérito, chamam de futuro e que para nós é mais um segundo.

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