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A crise é um equilíbrio que partiu – Nepôda safra de frases 2011;

Imagine um paciente com febre.

A febre é um sinal de que existe algum desequilíbrio.

Uma inflamação?

Que é medida pelo termômetro.

E nesse tripé temos três elementos (e mais um mosqueteiro invisível):

O paciente – o sistema dinâmico de cada um, com mais ou menos saúde em equilíbrio;

A febre – que é um sinal orgânico do desequilíbrio;

O termômetro – um artefato criado pelo ser humano, que consegue medir o calor, que é o sinal orgânico de um desequilíbrio sistêmico.

E podemos dizer que existe um quarto fator:

O ambiente – onde o paciente vive, família, comunidade, que pode estar em desequilíbrio e a doença dele não ser individual, mas coletiva (geralmente é).

Atuar na vida – ser um profissional (saber fazer) –  é basicamente ter consciência e saber lidar com ambientes em equilíbrios (que são desequilíbrios produzidos).

Qualquer profissão – e empresas que a organizam – deveriam aprender quais são as forças em equilíbrio do ambiente que tentam administrar.

Isso é conhecimento, pois tudo está em processo, até uma pedra!

Assim, com essa percepção do problema,  conseguir diagnosticar situações em que um fator (ou mais que um) traz desequilíbrios.

  • Qual a força destes no ambiente como um todo?
  • E quais ações devem ser feitas para reequilibrar os membros que fazem parte deste (possíveis pacientes), os sintomas de desequilíbrio orgânicos (febre) e os artificiais (temperatura do termômetro)?

O problema para atuar como profissional/empresa nesse mundo que estamos vivendo em fase terminal (1.0) , indo para um outro (2.0) é que:

  • 1) não vemos os problemas de forma sistêmica;
  • 2) há uma pressa reinante;
  • 3) quer se ganhar dinheiro rápido;
  • 4) quer se manter o sistema em desequilíbrio para se vender mais paliativos (indústria dos remédios, fisioterapias, emagrecimento, etc).
  • 5) mantém-se – para manter o modus-operandi –  dentro de um controle informacional, que está ruindo.

Assim, temos coisificado  cada vez mais os processos.

Ou seja, quanto menos tempo temos para analisar o problema, mais olharemos para o termômetro.

Isso é uma regra!

Ficaremos vidrados no termômetro como a medição final e como fator de sucesso de atuação, sem olhar para o ambiente e o paciente com problema.

O termômetro apenas não estar registrando calor é o objetivo final, independente febre, doença individual ou coletiva.

A estatística é mais importante do que a realidade.

O bruxo virou a magia.

Nestes casos há de tudo:

  • a) manipula-se o termômetro para fingir que a febre se foi;
  • b) resolve-se a febre, porém não o desequilíbrio orgânico;
  • c) não se procura saber se é algo coletivo, ou apenas individual.

No final, temos um grande sistema paliativo, gasta-se mais, não resolve-se as grandes crises.

Profissionais/empresas são “olhadores”, medidores e (em alguns casos) manipuladores de termômetro e todos fingimos que estamos “trabalhando” pela sociedade.

Porém, trabalhar/agir deveria ser reduzir sofrimentos.

Que aceita, por enquanto, tudo isso.

Empresas e profissionais totalmente capacitados nos termômetros, que não conseguem olhar um palmo diante da febre.

Haja serenidade!

Essa dinâmica é um paradoxo humano e sempre nos acompanho.

Para o futuro, analiso que o movimento 2.0 das empresas, no fundo, nos leva a uma tentativa de reequilíbrio (mais causas/menos termômetros), de algo que está MUITO desequilibrado, através de um processo de descoisificação do cliente e do usuário.

É essa a meta de uma empresa 2.0, dialogar e mudar para atender o problema e não o termômetro, que só visa um tipo de lucro (completamente vinculado ao controle informacional vertical vigente, que não se perpetua em um menos controlado).

Por quê?

Mudaram as empresas/profissional? Os problemas?

Não.

Mudou a ponta que conversa, se informa e começa a ter clareza, via articulação e informação, não necessariamente nessa ordem, de que o processo de solução de seus problemas não o está respeitando como pessoa e, por consequência, afetos.

São sementes ainda, mas na base da rediscussão do mundo 2.0 e suas organizações teremos que fazer uma revisão desse equilíbrio entre o tripé paciente, termômetro e febre.

Investindo mais no quarto mosqueteiro: o ambiente coletivo para evitar sofrimentos.

Quem apostar nesse caminho, acredito, vai gerar valor num mundo mais esclarecido.

Que dizes?

4 Responses to “O paciente, a febre e o termômetro”

  1. Um tecnocrata (seja 1.0, 2.0 ou 3.0 e adiante) precisaria iniciar um pós-doutorado, um político (sempre 0.0, sem vewrsões de atualização, não existe) precisaria iniciar um estudo de um projeto que começaria a ser estudado por uma equipe que precisaria ser composta imediatamente, mas sem data para iniciar, enfim… um profissional / ou não objetivo fala justamente da forma que vc colocou aqui Nepô. Esse mal o Brasil vem sofrendo desde quando ele foi realmente descoberto (isso antes de 1500), quando a coroa protuguesa pensou: “caramba estou com uma inovação, tecnologia, descoberta nas mãos, vou guardá-la desse mundo globalizado, como uma carta na manga”. Foi um dos milhões de erros da coroa portuguesa que a fez perder o poder marítmo para a Espanha, e por aí vai. Mas, voltando ao nosso assunto local, somente os que processam coletivo têm essa visão, os que processam obscuramente loca, esses são os que geralmente estão nos cargos de decisão, esses, coitados, são responsáveis pela defasagem tecnológica. No Governo então a coisa é catastrófica, aliás há muito se tem tsunamis, terremotos e maremotos altamente destrutíveis dentro do Governo. exemplo geral: na maioria dos órgãos públicos quem decide sobre informática são pessoas que nem de celular entendem, muito menos de computador, aliás se vc colocar uma máquina de datilografia eles serão exímios gastadores de papel, re-fazedores de documentos mal trabalhados e escritos. Existem pessoas no governo que fazem igualzinho à coroa portuguesa. Tem em estoque computadores comprados em licitações há mais 4 anos e pensam: “Vou guardar essa coisa poderosa, nova, cheirando a leite, pra uma ocasião em que se aparecer um chefão eu tenha uma forma de agradá-lo”. Pios Nepô, os chefões pensam da mesma forma e se acham… Preocupa-me essa forma desqualificada, descomprometida, imprópria de exercer poder de decisão, oprimindo, omitindo egoisticamente as “coisas” (que vc mesmo disse), pensando que assim estão mantendo seu status qüo (é assim que se escreve). E antes que eu me esqueça: vc acha ruim essa minha forma cmpulsiva impulsiva informacional, que me leva a vir aqui conversar com vc, ou vc adora isso? Abraços fraternos….kakakakakakak. O que dizes?

  2. Obs: fICOU UM POUCO INCOMPREENSÍVEL ESSE PEDAÇO MAS A CORREÇÃO É A SEGUINTE:

    enfim… um profissional / ou não objetivo fala justamente, LÊ-SE:
    enfim… um profissional ou não profissional, objetivo fala justamente

    Diga…Passo a palavra a vc…

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    João, resumindo o seu comentário:

    O Brasil vem sofrendo desde quando ele foi realmente descoberto, sempre utilizaram o que deveria ser público para interesses privados (incluindo da corte e funcionários públicos)..quem tem uma visão maior não chega ao poder… seja no privado, seja no público, ainda mais neste, de forma “desqualificada, descomprometida, imprópria de exercer poder de decisão, oprimindo, omitindo egoisticamente as “coisas”.

    Concordo 100%, vc fez um diagnóstico bem legal, abraços.

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