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São as certezas, sobretudo as absolutas, que deformam e desfiguram a realidadeJosé Castello – da coleção;

O que é a tal da realidade?

Será que o Zeca Pagodinho tem razão?

Deixa a vida me levar?

Fizemos o exercício coletivo com o seguinte resultado:

Grupo 1:

A realidade é subjetiva. É o vivo, aquilo que eu vejo, percebo, sinto e me aproprio. É o que existe no mundo, tangível e intangível, consciente e inconsciente. A realidade não é UMA verdade.
Ou não…

A realidade é subjetiva. É o vivo, aquilo que eu vejo, percebo, sinto e me aproprio. É o que existe no mundo, tangível e intangível, consciente e inconsciente. A realidade não é UMA verdade. Ou não…

Grupo 2:

A realidade é um paradoxo

É atemporal

É produzida pela mente

Está constantemente em construção

É relativa a um contexto histórico, cultural e emocional

A realidade não cabe numa definição.

É algo que faz sentido para cada um ou para um grupo

A realidade não é.


Discutimos bastante. Posts vão acontecer ao longo da próxima semana e continuam na lista do grupo.

Dicas de autores que apareceram:

Que mais?

Quem ajuda a complementar?


5 Responses to “Grupo de Estudos II – Encontro III”

  1. Marina disse:

    Acho que o que mais “incomodou” foi encarar a realidade como o senso comum. Existem vários sensos comuns, aliás, alguns mais difíceis de “se livrar” que outros, por causa da tal zona de conforto.
    Mas ainda fiquei confusa em pensar sobre o senso incomum… quando o alcançamos onde passa a estar a realidade? Vira senso comum e tudo novo de novo?

  2. dora lima disse:

    O senso comum é como um aquário. Tudo novo denovo acontece qdo há um senso incomum, ou seja, o aquário aumenta mas continua lá. Este processo será infinito enquanto dure. ou não! (after Caetano e colegas)

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Marina, digamos que o senso incomum é a construção de um novo tempo que nasce brilhante e vai se ofuscando.

    Um fato que deve ser pensando nesse caso é a questão da zona de conforto / desconforto.

    A humanidade tem demonstrado que tende à zona de conforto (viver bem, criar os filhos, não se aborrecer…)

    Quando algo quebra essa zona, pensa-se em mudar e se abre o espaço para que pessoas introduzam no mundo novas ideias, os sensos incomuns.

    Sugiro ler o post sobre as 2 revoluções.

    É um jogo.

    Alguns filósofos e até revolucionários, defendem que a eterna vigilância, caso do Foucault que li ontem, enviado pela Dora, fala sobre estar sempre do lado dos que tem o senso incomum, não aceitam o mainstream.

    Hoje, vivemos o desconforto de não conseguir viver em um mundo em que as pessoas vivem em tempo de informação que está acabando, por isso somos agentes de mudança para tentar levar o mundo par outro ambiente informacional, que já tem e terá seus novos sensos comuns, que hoje é incomum para a maioria.

    Será que fui claro?

    Beijos,

    nepô.

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Dora, gosto disso:

    “O senso comum é como um aquário. Tudo novo denovo acontece qdo há um senso incomum, ou seja, o aquário aumenta mas continua lá. Este processo será infinito enquanto dure. ou não! (after Caetano e colegas)”

    Sim, isso é o conceito do Gleiser.

    Quem consegue ver um pouco além da parede do aquário introduz na sociedade um senso incomum, que quando todo o aquário se expande, passa a ser o senso comum, pois é água conhecida.

    Ampliamos o espaço do aquário, ao mesmo tempo que aumentamos o lado de fora também. 😉

    Quem quer ampliar o aquário, traz senso incomum.
    Quem quer manter do jeito que está, investe no senso comum.

    Por isso, agentes de mudanças trabalham com a primeira hipótese.

    Mais uma coisa.

    O senso incomum NÃO necessariamente é SÓ QUANDO consigo expandir o aquário, pois eu posso falar novidades para um grupo de pessoas, ser um cego de um olho só, numa terra de cegos.

    Porém, há outros pensamentos mais amplos do que o meu – mais próximos das paredes do aquário – que para aquele micro-aquário é senso incomum, mas não para o macro-aquário.

    Volto a perguntar, fui claro?

    É um tema interessante, segunda posto sobre isso..com detalhes.

  5. Marina disse:

    Taí a música toda (que citei ontem). É tb meu entendimento sobre um sensão comum/zona de conforto/ o que quem está no poder espera de nós

    Corre desse perigo
    Foge desse perigo
    Luta contra a natureza humana
    E se possível nega a tua natureza humana

    Educa o desejo, controla a paixão
    Esconde teu medo, segura a agressão
    Amarra os instintos que turvam a visão
    Aprende a ser um cidadão com roupa e civilização

    Vigia malícia que é pra ninguém ver
    Renega a maldade que existe em você
    Tortura a verdade que é pra não doer
    Aprende depressa a viver e rende de vez teu prazer

    Guarda teus monstros, reprime a emoção
    Saci, lobisomem, vampiro, ladrão
    Ocupa teu posto, exerce a função
    Escola e religião. Família, trabalho, nação

    Pensa bastante no que vais dizer
    Há livros na estante pra te convencer
    Amordaça a vontade que vai contra a lei
    Abafa os que são contra o rei. Abafa os que são contra o rei
    (Mauricio Baia)

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