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Qual a melhor medição possível para os projetos de redes sociais, web 2.0, empresas 2.0, intranets 2.0, mídia digital, governo 2.0 ou seja lá o nome que você vai dar para o que você anda fazendo em nome do melhor uso da Internet!?

Acredito que existe uma principal:

Qual a capacidade da organização (pública ou privada) de identificar e corrigir de forma inovadora os erros que comete?

E que se desdobram:

Qual a capacidade de criar redes de comunicação entre todos os envolvidos no seu processo de produção, fornecedores, clientes e colaboradores internos? Como o ambiente geral estimula a todos querer melhorar realmente o processo? Qual a liberdade de crítica que todos que estão nesta rede têm para apontar erros e vê-los corrigidos? E qual a velocidade de correção dos erros que vão surgir a partir das críticas?

O objetivo de toda instituição deveria caminhar nessa direção, pois no momento atual e futuro:

  • – somos bilhões de bocas, demandando cada vez mais novas maneiras de atender mais com menos;
  • – trocamos ideias com cada vez mais opções (do geral ao específico) com todos os lugares do mundo, via rede, tv a cabo, jornal, etc.

(Fica difícil ter a mesma opinião formada sobre tudo. Ou seja, a metamorfose ambulante passa a ser regra e não exceção – para desespero de Raul Seixas na cova);

  • – as tecnologias em todas as áreas são cada vez mais velozes.

Já era antes, pois não é de hoje que se fala sobre as empresas, nações, instituições que aprendem.

Veja este que andei lendo faz um tempo e vou voltar a dar uma olhada:

Se antes tínhamos o discurso, nem sempre levado a sério de inovar a cada passo, agora isso é mais emergente e vital.

Aparecem com toda a força de uma grande ruptura no epicentro informacional da sociedade as ferramentas das redes sociais, que estabelecem uma nova rede de conexão. Que por sua vez consolidam uma nova rede de informação, que permite a recuperação da memória humana.

E sobre as duas a mais nobre de todas, a rede de comunicação, que já aponta rapidamente diversos resultados de sucesso.

É este ambiente externo, destas redes, que vai dar o empurrão que faltava no discurso do Senge do livro aí de cima.

Mostra, na prática, como é poderoso, o que era antes só discurso.

Vide:

Assim, quem se apoderar destas “armas” e as utilizar nessa direção de uma empresa mutante, tende a fazer a diferença.

Fala-se em lições aprendidas, como se os erros fossem estáticos.

É preciso colocar em prática processos inovadores em que repensar o piloto automático faz parte intríseca do cotidiano a ser atingido.

Já disse isso aqui.

Não se deve focar em lições aprendidas, como se olhássemos para trás.

Deve-se aprender e repensar o dia-a-dia, todos os dias.

O que se deve é se olhar para o piloto automático e não deixar que ele nos governe.

Isso vale para um e para o conjunto.

Devemos combater tudo  que fazemos de forma rotineira.

Para isso é preciso analisar se existe uma forma melhor de executar aquela tarefa, de forma individual e coletiva.

Como intuo, cada vez mais trabalharemos para melhorar os processos, do que no processo em si, já que não haverá nunca um processo consolidado, mas sempre algo a ser rearranjado.

Entramos na era do beta e nossas empresas serão sempre betas.

Nosso país, a meu ver, nesse sentido está entrando em um beco sem saída, não pelas atitudes, mas pela falta de crítica geral a elas.

O atual presidente acredita que nunca antes na história dessa humanidade houve tantas melhorias e nunca estivemos tão bem.

Tudo é festa!

É o anti-discurso inovador.

Uma nação para se desenvolver deve estar focada como loucos compulsivos nos erros, azeitando a máquina o tempo todo para melhorar processos.

Note que somos um fracasso na correção necessária entre o fato que acontece na sociedade, sua constatação de que é preciso melhorar algo no processo, sua ida ao Congresso, a virada em lei, e a justiça aplicando a dita cuja, ou as autoridades tomando novas atitudes.

Tudo é lento, muda-se pouco, fora e dentro das empresas.

É a nossa herança portuguesa-burocrática-autoritária-cristã.

Existe um corpus-resistentis no país, formado por blocos de poder, que emperram os canais e não permitem que mudanças aconteçam. O problema é que não estamos produzindo inovações, num mundo que as necessita, estamos empobrecendo nosso ambiente e, como consequência, seremos cada vez mais pobres.

Temos que assumir estes impasses estruturais para depois poder descartá-los e não fingir que não existem!

Se pudéssemos investir em mudanças, seria acompanhar o fluxo disso tudo, limpando a cada passo o que não deixa que esse círculo se dê.

E esta é a missão das redes de comunicação 2.0: limpar os canais de comunicação que impedem o ciclo de aprendizado contínuo cada vez mais dinâmico e eficaz!!!

Seja na organização pública ou privada.

O aumento da velocidade disso é a garantia de que estaríamos melhorando, numa eterna imperfeição, em processo de melhoria, mas nunca antes na história dessa humanidade, dormindo em cima dos louros.

Isso, do ponto de vista político eleitoral, dirão alguns é fundamental para se manter no poder.

Mas para um projeto de país é péssimo.

O líder – que tem a visão – precisa sempre apontar a virtude de se olhar para tudo e procurar os erros, para se aprimorar. É o discurso contrário.

Sim, melhorou, mas falta muito, me apontem como melhorar ainda mais.

Muitos dirão, mas isso não é humano!

Talvez, seja a hora de rever nossos conceitos de humanidade, não?

Este é o espírito da inovação que as instituições precisam assumir e, por consequência, o país.

E é isso que se espera como resultados e medição do esforço dos projetos 2.0.

O ciclo cada vez mais rápido e cada vez mais afiado das mudanças!

Está dando certo?

Veja o ciclo!

É isso que se quer.

É isso que se deve medir.

O resto, desculpem, é papo 2.0 (furado).

Que dizes?

6 Responses to “A nação que não aprende”

  1. Luiz Ramos disse:

    Inovação e continuismo.
    Liderança e peleguismo.
    Democracia e populismo.
    Realmente. Com todos esses “ismos” parece-me que é tudo papo furado.
    Não é isso o que queremos.
    E como ficam o país, o povo, o território, o desejado futuro promissor?

  2. cnepomuceno disse:

    Luiz, o futuro promissor não fica.

    Pois o futuro é uma miragem.

    Precisamos pensar como saímos dessa sinuca de bico.

    abraços

    Valeu a visita!

  3. Rafael Xavier disse:

    Muito bom o post Nepô!

    Lembro da frase do Senge: “Copiar as melhores práticas não é aprender ”

    As pessoas não pensam e são obrigadas e educadas a não se arriscar ou errar, principalmente nas empresas. Elas se baseiam em benchmark e não em idéias novas.

    No curso de Gerência de Projetos de Software (PUC-RJ) li muitos artigos da ComputerWorld e da IEEE (www.ieee.org) que falam sobre isso e me abriu um pouco os olhos pra sair da “receita de bolo tradicional”.

    Uma vez conversando com o Horácio Soares, vimos que a Web 2.0 não existe… na verdade ela já existia desde a 1.0 só que as pessoas aprenderam a usá-la de uma forma diferente, que ao meu ver é a forma correta de se relacionar, evoluir, envolver, questionar, ou seja, se fazer comunicar e ser comunicado. Se a rede HTTP foi criada para aproximar a comunicação entre os exércitos, por que não usá-la na aproximação de pessoas, grupos, ideais, etc?

    Abraços
    Rafael Xavier

  4. cnepomuceno disse:

    Rafael, comento:

    “Uma vez conversando com o Horácio Soares, vimos que a Web 2.0 não existe… na verdade ela já existia desde a 1.0 só que as pessoas aprenderam a usá-la de uma forma diferente…”

    Sim, concordo, mas o que viabilizou isso foi a banda larga que deu ao usuário tempo e baixo custo para que isso tudo ocorresse um fenômeno que ocorreu no fim da Idade Média com a redução do custo do livro impresso.

    valeu a visita, Nepô.

  5. […] Será? Em quanto tempo? E que preço pagaremos para viver nesse eterno país que não aprende? […]

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