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Ele disse que quem escreve em blogs, escreve mal.

Será uma máxima?

O papo andou no Twitter e eu sinceramente, não concordo.

Tem gente que escreve mal e vai escrever melhor se escrever mais.

O que se pode dizer é que se escreve com pressa, quase oralmente, mas isso é uma característica dos novos ventos.

Talvez, aprender a escrever bem e rápido, no ritmo oral?

Que dizes?

Veja meu micro post:

Blogs fazem pessoas escreverem mais e pior, diz Saramago – http://tr.im/tka1 você concorda?

E vote abaixo:

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9 Responses to “Debate: o Saramago está certo?”

  1. @mahcaldeira disse:

    Eu acredito que o Saramago está correto quando diz que escrevemos mais, mas pior. E isso não é efeito dos ventos. É descuido. E o texto merece cuidado, porque o leitor merece cuidado.

    As pessoas tem mania de escrever para si mesmas, e esquecem que quase sempre vai existir um interlocutor.

    Eu admiro muito o trabalho do Saramago, e acho o máximo do esmero quando ele diz que se dedica a um texto para o blog com o mesmo cuidado com que faria uma página de livro.

    Bom debate! =)

  2. cnepomuceno disse:

    Humm, mas ele sendo escrito, que cuida da palavra, o meio para ele não seria a mensagem?

    E para nós que estamos pensando sobre temas, o meio não seria o meio?

    Entendo o ponto de vista dele literário, mas será que serve como parâmetro para os demais?

    Eu tenho tentado escrever em bloguês, um novo tipo de escrita que apareceu aqui no meu teclado…

    E tenho melhorado o meu bloguês.

    Será que estaremos todos escrevendo em bloguês mais e mais.

    E será isso pior?

    Que diz?

  3. José Ricardo disse:

    Generalizações são sempre ruins, mas estatisticamente falando pode-se dizer que ele esteja correto sim. Acredito eu que, além da sede por rapidez pra não ficar pra trás, a ausência de período de maturação (vários escritores afirmam que reescrevem seus textos várias vezes) também exerce uma forte influência na qualidade dos posts. Além, é claro, do internetês, quase sempre presente.

  4. @mahcaldeira disse:

    Para nós que pensamos e escrevemos sobre temas, acredito que o meio continua sendo a mensagem, e não o meio. O importante é o produto final, e ele deve ter cuidado estilístico-literário sim.

    O bloguês ou internetês estão cada vez mais, na minha opinião, sendo usados como meras desculpas para o não saber escrever.

    E concordo com o José Ricardo quando diz sobre o período de maturação. É esse o ponto. Já diziam nossas avós: a pressa é inimiga da perfeição.

    Esse mundo internético que preza pela velocidade acima de tudo está consumindo a boa e velha qualidade.

    E quanto mais as pessoas lêem e escrevem blogs com esse desleixo, mais vão interiorizando essa forma de escrita fácil e burra, que não convida a reflexão – mesmo porque, parece não ter havido nenhuma reflexão para a própria escrita.

  5. cnepomuceno disse:

    Pessoal, não sei, não sei.

    Fala-se em maturação.

    Note que melhorar o texto sempre ajuda.

    E talvez isso seja um processo.

    Vocês têm tanta certeza, que me causam dúvidas.;)

    Não sei se a pressa é inimiga da perfeição em um mundo nada perfeito e em movimento.

    NÃO SEI.

    Não sei o que é escrever bem.
    Não sei o que é cuidado estilístico-literário.

    Tenho tentado escrever em português-bloguês.

    Seja lá o que isso for.

    E não acho que é pelo fato de não escrever bem, mas pelo jeito que as coisas correm pela minha cabeça.

    É o que dá liga, o que dá para fazer.

    Mas estou na parede.

    Queria ouvir mais gente.

    Grato pelos comentários,

    Nepô.

  6. cnepomuceno disse:

    Maísa,

    pensando sobre a discussão:

    Existe um novo “estilo” Web.

    O que não quer dizer que possamos definir esse estilo mais dinâmico, com frases curtas, parágrafos curtos, como “escrever mal”.

    O que se chama Internetês pode ser algo interessante, dependendo da criatividade e da capacidade de comunicar de cada um no novo estilo mais dinâmico.

    Concordo com o Ricardo que generalizações são ruins.

    O que eu pergunto é:

    a) quem não escreve na Internet, escreve melhor do que quem escreve aqui. Escreve sempre, tem espaço, é lido?

    (Será que as pessoas que não se expõe não estariam justamente com medo de um Saramago vir dizer que escrevem mal?)

    b) a chance de alguém que escreve na rede de melhorar a escrita, aumenta ou diminui?

    c) sendo, adimitamos, o bloguês ou o internetês um estilo, e digamos que usando o português corretamente, não seria algo a ser aprimorado e não apedrejado?

    Por fim, não estamos nós saindo de um silêncio da idade mídia, incluindo a Idade do livro, que seria melhor agora estimular que todos possam “falar”, escrevendo, mesmo que mal para depois irmos aprimorando em um processo de emancipação?

    Incentivando a melhoria de como estamos “falando”, escrevendo.

    Se já é tão difícil as pessoas se expressarem, um depoimento como esse do Saramago e a postura não seria algo que mais gerará opressão, do que descompressão?

    Não seria melhor:

    “Escrevam mesmo que mal e depois melhorem a escrita mais e mais…o idioma foi feito para nos libertar do silêncio”.

    São coisas que fiquei pensando enquanto fui ao Supermercado entre um comentário e outro.

    Que diz?

  7. AleGaldo disse:

    Sou “fãzoca” (em bloguês desavergonhado) do Saramago, mas não concordo com sua preocupação em relação à linguagem dos blogs.

    Saramago diz, “A prática do blog levou muitas pessoas que antes pouco ou nada escreviam a escrever.”

    Essa constatação significa que pessoas que não tinham a prática de escrever estão escrevendo.

    Se não tinham o hábito, naturalmente, não escreviam tão bem e só o exercício de escrever pode lhes proporcionar um texto melhor.

    Isso se gostarem de escrever… Os que não gostam, acabarão por abandonar a novidade de “blogar” e talvez voltem ao silêncio da palavra escrita.

    Saramago completa: “Pena que muitas delas pensem que não vale a pena se preocupar com a qualidade do que se escreve”

    Será? Aquele que não escrevia, está exercitando a língua escrita com boas chances de melhorar seus textos, e até, achar seu próprio estilo.

    Mas reconheço que, também, os que sempre gostaram (e ousaram) escrever podem estar usando uma linguagem própria nos blogs.

    Só não vejo problema nisso. Cada contexto com sua linguagem, cada suporte com seu texto, cada região com seu sotaque.

    A língua é rica a ponto de permitir inúmeras variações. Como faz, com genialidade, o próprio Saramago.

    E Saramago continuará a ser meu escritor contemporâneo predileto, apesar dessa pequeníssima discordância…

    Alessandra Galdo

  8. cnepomuceno disse:

    Valeu Ale, concordo 100% contigo.

  9. Mônica Lira disse:

    Concordo com a Alessandra. As pessoas não estão escrevendo pior por escrever em blogs. Talvez estejam escrevendo até melhor, se compararmos com suas produções extra-internet. Quem sabe? Que parâmetros temos para comparar?

    A questão é que a maior parte dos blogueiros não escreveriam ou não chegariam a ser lidos em outra mídia.

    Se fossem exigir que as pessoas tivessem o nível linguístico de Saramago para se ter um blog, acho que não chegariam a vinte no mundo todo…

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