Estou lendo o livro a “Cabeça de Steve Jobs“, escrito por Leander Kahney.
Bom, estamos falando aqui de um democratizador de tecnologia.
É um personagem que aparece de tempos em tempos na história das redes de conhecimento e que tem como objetivo principal democratizar a tecnologia da vez.
Steve Jobs, Bill Gates e tantos outros são personagens iguais a Gutenberg, inventor da prensa de tipos móveis, que permitiu a difusão do livro e, por sua vez, a expansão da rede de conhecimento escrita.
Jobs, Gates e Cia são viabilizadors da Rede de Conhecimento Digital.
Pessoas que começaram a investir a sua capacidade empreendedora de gerar novos negócios, através do desenvolvimento de uma tecnologia de informação e a que a sociedade necessitava em um dado momento.
Existem duas missões para estes atores na história:
- Tornar a tecnologia mais barata;
- E mais fácil de usar.
Ou seja, massificar para lucrar.
Vejamos na figura abaixo o papel destes personagens:
Vivemos hoje um momento interessante no desenvolvimento e desdobramento da rede digital, que podemos detalhar da seguinte forma:
A partir da base de computadores instalados, que possibilitou o surgimento da Internet, temos um novo personagem importante que está na dianteira dessa segunda etapa, que estamos chamando de Web 1.0, 2.0: o Google.
A empresa assume um papel importante como o novo democratizador de tecnologia, tomando a vanguarda tecnológica, no processo espiral de desenvolvimento das etapas internas que levam as redes de conhecimento adiante.
(Não sei ainda se na mesma rede digital ou já inaugurando uma nova.)
Qual seria, podes me perguntar, então, a passagem de uma rede de conhecimento para outra?
A meu ver, é quando trocarmos a forma preponderante de articulação de ações, conhecimento e informação entre as pessoas, conforme Lévy.
- Na rede oral tínhamos a relação de um para um.
- Na rede escrita um para muitos;
- E na rede digital iniciamos a comunicação muitos para muitos.
Acredito que só poderemos falar de uma nova rede de conhecimento quando tivermos uma nova forma de articulação entre os atores para gerar ações, conhecimento e trocar informação.
O meu palpite é já estamos indo nessa direção em um ritmo muito mais rápido do que no passado.
O que levava séculos, reduzimos agora para décadas.
Já tenho dito que essa nova articulação tende a ser com os agentes inteligentes (Inteligência Artificial), que já começa a sua fase de laboratório na sociedade.
O futuro não cai do céu, ele vai se construindo no presente.
A troca do eu-robô / robô-robô que é exatamente aquela que o Google pretende inaugurar com o IGoogle, por exemplo, (a rede aprende com os hábitos dos usuários).
O Google, na verdade, estaria assim, na verdade, tentado, ao impulsionar agentes inteligentes, assumir o papel de novo democratizador de tecnologia, inaugurando uma nova rede de conhecimento, a Rede Digital da Inteligência Artificial.
Viagem?
Caso esteja próximo de uma verdade, o Google estaria batendo na porta da galeria restrita da história, junto com Gutenberg e seus pares modernos, que introduziram tecnologias de informação numa determinada época que, de alguma forma, possibilitaram aos visionários de plantão (Lutero, Lenin, George Washington, etc) , utilizá-las para mudar o mundo.
Nepomuceno, muito esclarecedora e instigante a conversa contigo hoje. Amanhã vai ser uma ótima entrevista, posso apostar.
Abraços!
Pedro, prazer.
Vamos ver, tem uma entrevista que gosto bastante, se puder imprimir e pedir para a repórter dar uma lida. Tem todas as minhas idéias de forma clara:
http://revista.fapemig.br/materia.php?id=533
abraços,
Nepomuceno.
[…] (Youtube, Orkut, Facebook, Flicker, Wikipedia) ainda fazem parte do ambiente informacional, são os revolucionários DO MEIO e não do […]
[…] assim, os revolucionários da forma (aqueles envolvidos em melhorar as tecnologias, como Gutemberg, Linus, Gates, Jobs, etc) e aqueles […]