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De Buenos Aires  – Longe de mim, jogar pedra em projetos Web 2.0.

Projetos web são trabalhos duros.

Projetos web são trabalhos duros.

Sei, por experiência própria que um projeto qualquer de software na Web envolve:

  • Os conceitos que temos naquele momento,
  • Nossa capacidade de inve$timento;
  • A equipe que conseguimos montar e coordenar para desenvolver o projeto:
  • E o tempo para colocar tudo no ar e o esforço de eliminar bugs.

Assim, minhas críticas vão na direção da melhoria do projeto.

O Wikipedia permite a edição de seus vócabulos em um código básico, próximo ao HTML.

Antigamente, as páginas pessoais, avós dos blogs, eram assim também.

Com o tempo, os editores se sofisticaram.

Hoje, aqui no WordPress tenho a opção mais Light, parecida com um editor de texto e a mais sofisticada no HTML.

No Wikipedia, isso não ocorre, mas deveria para ampliar o leque de usuários colaboradores.

Mais: se existem mil regras, deveria haver uma espécie de formulários, graduais para os leigos.

Os robôs ajudariam a facilitar a interface.

Os robôs ajudariam a facilitar a interface.

Supomos.

Que tipo de vocábulo queres criar?

Uma biografia?

Então, se abriria um formulário com todos os campos para que você preenchesse. Em cada um com as regras necessárias e gerando a formatação ideal para o projeto.

Quem fosse leigo, entraria por ele.

Os experientes, pelo tradicional.

Isso evitaria, falhas, descuidos e, por sua vez, broncas e, aumentaria, assim, a participação de gente que quer colaborar, mas acaba se assustando com um ambiente ainda hostil.

Quem acham?

Vejam meus comentários sobre este projeto  em Papo de Wikipedia.

—-Pós escrito —

Debate interessante sobre este post acontecendo no Webinsider.

5 Responses to “Wikipedia precisa de novas ferramentas de edição! (3)”

  1. João Fanara disse:

    Os Wikis lidam com um dilema enorme que é manter o texto ‘limpo’ apesar da formatação.

    Os editores WYSIWYG(What You See Is What You Get) que usamos nos Blogs ou CMS são úteis mas eles estragam o conteúdo quando misturam a formatação com a informação.

    Estragar o conteúdo significa dizer que no HTML (que deveria ter apenas a informação) encontramospor vezes elementos formatadores que perdem o sentido se jogarmos o texto para outro dispositivo. Quem copia do word e cola num editor WYSIWYG, embora visualmente constate que o texto está ‘bonitinho’, não sabe que nos bastidores ele trouxe centenas de informações que vão inviabilizar uma mudança de formatação no futuro. E o grande barato é ter um texto único que rode em qualquer dispositivo, no monitor, celular, impressora etc.

    Outro dica da galera que entende de Gestão de Conhecimento diz é que os sitemas devem ter entrada e saída de informação o mais simples possível, e toda a inteligência do sistema ficar no meio do processo, ou seja, o sistema é que tem que ser esperto. Em tese, abrir uma caixa de texto enorme e ter apenas um botão para salvar é exatamente isso. Coisa totalmente diferente de um formulário com mil campos e botões comuns em sistemas de gerenciamento de conteúdo.

    Outro fato a favor dos Wikis é que eles facilitam muito o impulso do colaborador pois este não precisa lidar com nenhuma burocracia, abre-se uma caixa, ele escreve e salva. Sabe-se que é um sufoco conseguir alguém pra colaborar com algum texto, logo, qualquer formulário mais complicadinho faz a pessoa desistir.

    Agora que é complicado entender – sem estudar a fundo – os Wikis isso é. Eu colaboro sempre que posso mas confesso que não saio do feijão com arroz, entro, altero um texto, crio um parágrafo e só.

    É uma balança, ganha-se com o Wiki imortalizando a conteúdo e deixando ele independente para os diferentes dispositivos, mas perde-se em ter que ‘decorar’ as diferentes formatações. Lembrei agora que o Orkut usa uma formatação básica semelhante e mesmo assim há quem use, mesmo sem grandes conhecimentos do meio 🙂

  2. Fanara, me desculpe.

    Não existe “texto limpo”.

    Tudo que é feito no computador é em cima de uma linguagem de números, que seria o tal “papo com as máquinas”.

    Hoje, o Wikipedia está, infelizmente, fechado para uns poucos, o que é uma pena.

    Não é só a formatação, mas, principalmente, as diferentes regras que se tem que saber para poder incluir ou tirar algo.

    A melhoria da interface, como fizeram os blogs, que colocam um texto limpo para os usuários e deixam as máquinas cuidarem do resto, me parece o caminho.

    Bom, vamos adiante,

    valeram os comentários,

    abraços,

    Nepô.

  3. Fanara, complementando…

    Veja que aqui no blog do WordPress eu tenho as duas alternativas – html e texto.

    Acredito que o Wikipedia deveria caminha na mesma linha.

    O detalhe é que no blog eu não tenho regras e no Wikipedia, sim.

    Por isso, um caminho, via formulários, pudesse ajudar, não para sujar o texto, mas para facilitar o usuário.

    É um problema técnico solucionável, mas que tem uma implicaçao social importante, que afasta pessoas interessantes e interessadas daquele projeto.

    Procurar uma solução que atendesse todos estes aspectos, me parece que é o desafio que procuramos.

    abraços,
    Nepô.

  4. Bem, me vejo sob dois pontos de vista complementares.

    O primeiro, apoiando o João é que a livre opção de formatação dos textos, que podem ser escritos por milhares de pessoas diferentes poderia causar uma confusão terrível..essa padronização é importante, aliás, indispensável.

    Entretanto, o número de regras que a wikippedia infere aos seus colaboradores é extenuante, eu mesmo, usuário avançado em internet tenho dificuldades e não participo mais por não ter paciência suficiente para estudar tantas regras.

    Vejo um meio termo, utilizando a idéia de termos dois formatos de edição, o atual e um outro, um pouco mais simples, com sistema de ajuda integrado às páginas de edição e não em uma categoria diferente do próprio wiki, dicas simples que permitissem as pessoas aprenderem rápido, aprenderem apenas o que precisam no momento e não ter de ler toda a documentação do Wiki..

    Tema interessante, parabéns nepô.

  5. João Fanara disse:

    O problema da formatação aqui na internet é que os editores visuais não respeitam a semântica do código, ou melhor, alguns poucos até respeitam, as pessoas é que não sabem usar.

    Quem nunca colocou um texto grandão com bold só pra dizer que é um título? Pois é, visualmente ele pode parecer um título mas o formato visual não define o que ele é em si. Morro cada vez que copio um texto mal formatado no Word e colo num editor desses da web, embora a aparência esteja de acordo, o código está todo sujo e o retrabalho é enorme para colocar ele direito. Se o cara soubesse usar o word certinho, com estilos, títulos etc o texto viria perfeito!

    Mas para que afinal o código precisa ser limpo ou semanticamente correto? Um impacto enorme é na indexação dos sistemas de busca, o Google agradece e muito. Claro, um título com marcação (h1, h2, h3 etc) de título faz a máquina saber que aquilo não é uma frase solta ao vento, tem um peso e significado diferente de um parágrafo.

    Então dito isso temos dois enormes problemas: Se liberarmos texto puro, adeus as listas de itens, adeus títulos e ênfases… Se liberarem o WYSIWYG, o usuário vai usar de qualquer forma como faz no Word, ou seja, usa visualmente e estraga o código para ser reaproveitado pelas máquinas.

    O modelo do Wiki é o ‘mais perfeito’ para as máquinas, para garantir que aquele texto é de fato ‘universal’, amanhã se a web mudar radicalmente, mesmo assim aquele conteúdo será preservado. Por outro lado, para nós humanos, fazer uma simples tabela no Wiki é uma tarefa de paciência extrema. O Wiki te obriga a fazer certo enquanto os editores de HTML toleram erros que também são tolerados por alguns browsers, que por fim, somados, fazem o texto virar um bloco de coisas que vão rodar apenas em em lugares que conseguem entendê-los.

    Acho que o que dói para a gente é pensar que da mesma forma que a gente escreve num word e manda para qualquer pessoa, escrever num editor na web deveria ser tão simples. Deveria sim, mas não é.

    O problema é que estamos mal acostumados a acreditar que a web se restringe a esse dispositivo lindão de LCD de 19′ que temos na mesa e aos browsers que rodam nele. Mas não é assim, a grande sacada do HTML foi de bolar um ‘texto’ que pudesse ser lido, ouvido, impresso, enfim, ser independente do dispositivo.

    Mas para ser independente de dispositivo ele precisa ser livre de coisas que o prendem a apenas um destes dispositivos.

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