Vamos começar assim: para mim, o Twitter não é e nem será a casa do Big Brother.
Sim, é claro, sou humano e gosto de ver que ganho seguidores com o tempo.
É um sinal que talvez esteja ajudando alguém com minhas idéias.
Mas eu não pretendo mudar as minhas idéias, o meu jeito de estar na web,
para ter seguidores, isso vale para o Twitter, para o blog, Orkut, etc….
Na minha lista de links no meu blog, só coloco quem realmente eu acompanho e indico.
É uma forma de honestidade com meus 20 leitores.
Eu indico e recomendo poucos. Isso é um critério.
Não faço redes de links, não condeno quem faça, mas encaro meu blog como um espaço de extrema relevância.
Eu asssumo: sou um filtro humano. Ponto!
Quero outros bons filtros humanos!
Precisamos de bons filtros humanos!
Posso perder links e até ter amigos chateados, mas isso não me importa.
É um critério.
Criei o meu blog por alguns motivos profissionais e pessoais, a saber:
1) ser uma vitrine e um registro das minhas idéias para os meus clientes e um espaço que eu possa sempre recorrer, como um HD compartilhado;
2) através de posts, conseguir uma personal-mídia para colocar os “barulhos” que passam pela minha cabeça para fora, uma saudável retroalimentação do que leio e vejo por aí;
3) ajudar as pessoas com as idéias que acho que são interessantes e receber em troca sugestões para que possa pensar melhor, num processo de auto-conhecimento e conhecimento do mundo em torno da cibercultura. Um canal de diálogo do meu home-office com as pessoas por aí.
Assim, não vejo com bons olhos táticas de guerrilha para ganhar seguidores, ou fazer esforços artificiais para ter mais gente me seguindo seja lá por onde.
Gosto muito do Guy Kawasaki e acho que ele é um dos caras.
No conjunto de dicas que ele dá neste post – um pouco sem muita crítica – para ganhar visibilidade no Twitter, algumas são até interessantes. Recomendo a leitura.
Entre tantas, diz lá:
Siga todo mundo que lhe segue…..
É uma cortesia?
Mas se eu quero relevância, relacionamento, diálogo por que vou tratar o Twitter como um jogo, no qual as pessoas são “peças de um tabuleiro” que ao final eu ganho de você por que tenho mais?
Nessa lógica, uma pessoa deveria ter dois Twitter, um para ser seguido, no qual aceita todo mundo e finge que segue, pois é humanamente impossível seguir a humanidade.
(Como naquele filme Todo Poderoso, quando cai a ficha do personagem do Jim Carrey de que aqueles barulhos diários eram as pessoas rezando e fazendo pedidos para ele que estava de DEUS por um período.)
E você vai ter que criar outra conta oculta no Twitter que você não segue ninguém que te segue, só os realmente escolhidos para que aquilo faça algum sentido.
Aí, supomos, você consegue com vários estratagemas chegar na casa dos 1000 seguidores.
Que vão estar com dois Twitters, um que é esse que não vale nada.
O Twitter da sala.
E outro aquele que realmente vale, o Twitter do Escritório, que será aquele que vale mesmo, o Twitter paralelo, o que conta, com o qual as pessoas realmente te lêem.
O cara que é seguido na sala, não tem seguidores, tem como nas comunidades do Orkut, adesivos.
Eu sigo fulano, mas não leio, pois não dá tempo…quando eu vou ler algo, já tem mais mil microposts depois…
Um verdadeiro BBB, que vai nos levar do nada, ao lugar nenhum.
Bom, qual seria a alternativa?
Sabe que depois de um certo tempo de uso, eu tenho feito algo diferente e mais honesto com quem me segue no Twitter
Quando alguém me pede para me seguir, recebo o e-mail e vou conferir o perfil da pessoa no Twitter. Clico naquele canto direito quando tem link para ver o blog da pessoa.
Quando o assunto do blog dele ou dela é do meu interesse eu assino o RSS.
O blog é algo mais tranquilo, eu tenho forças para acompanhar melhor e cria um vínculo mais profundo com as idéias deles, que é o que me interessa.
Volta e meia um post ou outro me chama a atenção e comento.
O Twitter, assim, para mim tem sido uma porta de entrada para o blog dos outros. Acredito mais nos blogs como relevância e informação e o Twitter como veículo de comunicação rápida para algumas situações específicas.
Volto a bater na mesma tecla: qualquer ferramenta de informação tem que gerar relevância.
O Twitter para mim é trabalho!
Tem que melhorar nossa vida de alguma forma. Se vier gerar barulho, alimentar o ego, fazer com que nosso umbigo seja ainda maior, vai ter seu charme, mas vai sumir na poeira.
Se começa a ser para muita gente casa do BBB, parabéns quem tem milhares de seguidores, pode colocar um quadro na parede, mas estará realmente influenciando os outros com suas idéias?
Será que vamos ver no Twitter aquela briguinha do Orkut, cafona e manjada, de quem tem mais amigos?
Cada um é cada um…já dizia um gênio.
Como no meu post anterior sobre o Twitter, volto a dizer, não estou propondo regras , mas expressar como me relaciono com a ferramenta com os meus 4.8 anos de estrada e quem quiser tirar algum proveito, ótimo.
Não existe forma de usar um celular, a tevê, o rádio…só experiências que cada um tem, que pode ajudar a melhorar a do outro.
Não há regras, apenas dicas…
Por fim, nessa linha e pelo andar da carruagem já prevejo um futuro “brilhante” em 2009:
Os novos livros, até dezembro: “Como aumentar por 10 sua lista de seguidores no Twitter”. “1000 seguidores em minutos, ou seu dinheiro de volta”, “Trago seguidor perdido em 24 horas”, com direito a papelzinho distribuído na esquina e pregado no poste. 😉
Novas profissão: Personal Twitteiro ou Twitter analyse following improvement e por aí vai…).
E você, pergunto, o quer quer da sua curta existência?
Ter seguidores ou cumprir alguma missão decente nesse nosso planetinha?
Ou você vai dizer, ter seguidores para cumprir uma missão decente….;)
Ou como disse o @Che na #Revolução_Cubana: “Ter seguidores, sem perder a ternura jamais”…..
Diz aí….
Nepomuceno, ainda bem que você escreveu este post. Realmente, muitos desavisados entram nestas comunidades para enviesar. Mas a cada um segundo sua obra!
Comecei a segui-lo a pouco, mas já houvera comentado um texto seu na web, ensaiando inclusive entrar em seu grupo de estudo, tendo recuado, pois não saberia contribuir à altura.
Tem muitos que são só fachada! Tô consigo quando dizes seguir alguém que valha a pena.
No meu caso, uso a identidade do blog que criei para trabalhar com alunos e procuro perseguir quem vai contribuir primeiramente com o blog. Ao fazer isso, meu pensamento fica direcionado a servir o outro e depois a mim.
Persigo alguns e não estou preocupado que me sigam. E faço o mesmo com alguns!
Legal também quando vc diz usar o twitter para ver blogs relevantes. Eu sempre clico para ver o perfil e se fizer sentido e puder gerar algo interessante, incluo na lista.
Mas também já exclui alguns que não correspondiam. Aliás, não se falou ainda sobre os que não se deseja mais seguir.
Pô isso não é ruim! Parece que as pessoas colocam o sentimento de perda nesta questão e aí confundem algo que poderia ser melhor do que nasceu para ser!
Se não te importas, vou indicar esta sua postagem para outros!
abs
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Sempre quis seguir a Jesus…vicê poderia me informar o twitter dele?
Sempre quis seguir a Jesus…você poderia me informar o twitter dele?
William, dei uma olhada no seu blog e gostei e acrescentei na minha lista, estou te seguindo….vamos andando…
Júlio, já descobri:
@Jesus
#céu
o cara, pelo que vi, tá postando pouco. 😉
Tenho falado tb nessa ilusão da quantidade de seguidores.
As agências de marketing terão que aprender a avaliar isso: o potencial de replicação de cada twitteiro, blogueiro, videoblogueiro e demais internautas.
Quando às pessoas eu concordo plenamente com você, tenho acompanhado todo mundo com que esbarro, mas simplesmente porque estou explorando o ambiente. Já comecei a “unfollowar” os que não acrescentam informação ou não são amigos pessoais.
Acredito que logo as regras sociais se definirão nesses ambientes limítrofes (entre online e offiline) e veremos um misto de informações úteis com algumas poucas interferências pessoais…
Estou quase escrevendo um post aqui… Mas acho que vale a pena comentar o último parágrafo.
Vejo os microblogs como uma ponte entre os dois mundos reais, o offline e o online.
É natural avisar aos amigos “Vamos fazer um #botecamp no bar tal?” o que só é útil para os amigos, no entanto as mesmas pessoas podem dizer coisas de interesse geral.
Como resolver esse impasse evitando a enxurrada de informação inútil? Ainda não sei, mas aposto no costume de usar as tais hashtags que nos permitem, sem ter que acompanhar as pessoas, descobrir se alguém está combinando um #qqcoisa.
Cheguei a criar uma conta memecarb para falar exclusivamente de reflexões e informações sobre cibercultura, gestão e sociedade do conhecimento, mas anda não usei.
Ainda há de se pensar sobre a prática de “tomar emprestados” os seguidores de alguém fazendo promoções do tipo “diga porque você gosta do telefone tal e ganhe um cartão de memória”, mas isso é assunto para um outro post e eu já falei demais! 🙂
Nepomuceno;
Cada dia que passa “uso de menos” o twitter. Depois que critiquei alguns comportamentos “Twitterstar” em meu blog, recebi alguns “unfolows”(kkkk).
Concordo com sua argumentação, e ainda tento contribuir/concordar com o amigo Roney Belhassof (acima): Acredito que o formato microblog é uma maneira espontânea de propagar idéias, ou até mesmo gerar relacionamento. O problema são textos vazios, ou o trato como apenas um “chat público”. Apaguei pessoas de minha lista em um domingo qualquer, quando acordei para ver uma corrida, e reparei que havia tido uma grande discussão sobre “besteiras, novelas e paqueras” entre duas amigas em pleno twitter. Poxa por que não falar via comunicador instantâneo? Era sábado…. Sou adepto do que Carlos fala: No máximo três ou quatro “twittadas” ao dia.
O comportamento no microblog será avaliado com o tempo, mas já acho que o formato tende a ficar restrito a pessoas que dizem demais e fazem de menos. Independente disto eu irei experimentando as várias ferramentas que possam gerar a troca de informações, conhecimento ou até mesmo boas risadas.
Saudações
Rafael e Roney,
pelo que vcs falaram e estamos sentindo, o Twitter se nao tivermos filtros vai virar barulho.
Acredito que vai ter uma turma que vai ficar nos tres micro posts diarios, a galera que vai topar tudo, gente que vai ter varios para cada ocasiao…
O uso variado e de cada um.
Estou procurando ainda o meu jeito.
Nao tenho a galera do Twitter e nao sei o que è ter uma turminha ali.
Deve ser bacana, mas deveria ser fechado.
Vou ainda de varios perfis, um para cada situacao.
Valeram os comentarios è bom saber que nao estou enloucecendo sozinho rs..
abracos,
Nepo.