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Quando você pensa no ambiente acadêmico, imagina um conjunto de pessoas em uma sala discutindo e debatendo questões de forma aberta, trocando e aprofundando os temas.

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No que conheço das ciências sociais nada mais distante da realidade.

É cada um com o seu “tema”, “sua especialidade” nadando em uma raia em paralelo aos outros.

Há muito pouca troca.

A Ciência Social  Analógica vive o fim de um longo ciclo de fechamento para os problemas da sociedade. No Brasil, por exemplo, a ideia de mérito por artigos publicados e não pela contribuição para a sociedade é destes absurdos.

Assim, temos uma ciência sem problema e sociedade sem ciência.

O desafio da Ciência 3.0 é voltar à sociedade e escolher os problemas relevantes.

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Um problema relevante é:

  • – que causa maior sofrimento;
  • – que tem um diagnóstico complexo.

E que, por causa disso, pede uma dedicação de análise científica sobre ele que seja capaz de superar as intuições e sentimentos intuitivos.

Problemas complexos precisam de uma metodologia de análise para produzir tratamentos mais eficazes.

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Tenho feito a experiência da prática de Teorias Participativas.

Teorias participativas são aquelas que são feitas com as pessoas que estão sofrendo com um dado problema.

Normalmente, esse espaço de debate, teoricamente, deveria ser feito dentro de um espaço acadêmico que viria depois com uma receita para solução.

O problema é que as ciências sociais hoje – em função da macro-crise que vivem – estão preocupadas com os aspectos formais e não com o foco no problema – motivo pelo qual toda ciência é necessária.

Ciencia

Assim, é preciso capacitar o “sofredor do problema” de ferramentas científicas, de forma dos muros da academia, para que possam minimizar o sofrimento.

E este é o principal desafio da Ciência 3.0.

Não estaremos produzindo e falando com o mesmo público de dentro dos muros, mas com o que está do lado de fora, com grande dificuldade de trabalho em cima da lógica. Porém, digo eu, é melhor começar a trabalhar no momento com quem sofre o problema, pois tem interesse em ir adiante e depois envolver os acadêmicos sociais, do que o contrário.

É isso, que dizes?

 

One Response to “Ciência sem problema e sociedade sem ciência”

  1. […] Vimos aqui, que existe uma baixa de diálogo entre a academia brasileira e a sociedade. […]

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