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Andei falando por aí que o ser humano está entrando em um processo de mutação com a chegada da Revolução Cognitiva Digital.

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Porém, quero refazer a afirmação.

Vivemos dentro de ambientes tecno-sociais, que muitos chamam de cultura, que vivem momentos de limite e quebra de barreiras em função do desenvolvimento de novas tecnologias, o que nos leva a estar em um processo permanente de mutação incremental ou radical, dependendo da nova tecnologia que chega.

Ou seja, o ser humano por ser tecno-cultural se modifica, conforme as tecnologias aparecem e possibilitam coisas que antes não eram possíveis, como detalhei  neste texto.

Assim, a ideia de que estamos só hoje em uma mutação é parcialmente falsa.

Podemos recolocar a afirmação que estamos em eterna e permanente mutação, pois todos os dias novas tecnologias nos chegam e nos fazem mudar, pois uma barreira que tínhamos é vencida.

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O que podemos afirmar é que exitem dois tipos de mutação da espécie:

  • as incrementais – a partir de tecnologias que alteram pouco a espécie;
  • e as radicais – as que alteram muito as nossas vidas.

O avião e o carro seriam radicais quando surgiram.

O fósforo foi algo incremental para o método antigo de acender o fogo.

Diria ainda que podemos classificar as mutações radicais de duas maneiras:

  • as mutações radicais físicas – que rompem barreiras físicas, que nos possibilitam expandir nossos corpos, modificando em menor escala a plástica cerebral;
  • as mutações radicais cognitivas – que rompem barreiras cognitivas, que nos possibilitam expandir nosso cérebro, modificando em maior escala a plástica cerebral, alterando também nos casos de Revoluções Cognitivas a Governança da Espécie, falei mais sobre isso aqui.

As primeiras nos potencializam ações que antes não podíamos.

As segundas são mais radicais, pois tornam nosso cérebro mais poderoso, o que nos torna ainda mais capaz de radicalizar as tecnologias futuras.

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As mutações, assim, radicais cognitivas são as que mais mudanças trazem na sociedade.

Podemos, por fim, dizer que vamos começar a lidar com um novo e inusitado fenômeno que é o início das mutações radicais biológicas, com a capacidade de alterar o nosso corpo e, por sua vez, programar o que seremos.

Algo que já praticamos com minerais, vegetais e iniciamos com animais, criando uma espécie humana programada em laboratórios.

Já fazemos isso de forma incremental com marca passo, próteses, provetas etc, mas estamos já com condições de  alterar fundamentos genéticos da espécie de forma radical.

Se isso for possível, estaremos de forma direta, pela primeira vez, influenciando na mutação, via códigos genéticos.

É isso, que dizes?

2 Responses to “As diferentes e permanentes tecno-mutações da espécie”

  1. […] tecnologia tem o poder de abrir Zonas de Liberação umas mais e outras menos, provocando, como disse aqui, taxas maiores ou menores de […]

  2. […] Que acabou me obrigando a criar o conceito da Filosofia Tecno-Cognitiva, na qual faço uma revisão da nossa espécie não mais como uma espécie natural que usa tecnologia, mas uma tecno-espécie, na qual a tecnologia é uma prótese integrante do nosso ser, gerando mutações radicais ou incrementais. […]

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