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Versão 1.1 – 25/09/2013
Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

sem título (1)

Já detalhamos o que é uma crise e uma crise cognitiva.

Vivemos uma crise cognitiva, pois vivemos hoje em um modelo de produção de verdades hegemônica e estamos em um processo de construção de um novo modelo.

Estamos saindo das redes hegemônicas da verdade mono-monoteístas impresso-eletrônicas para as redes mono-politeístas digitais. Ver mais sobre redes de verdade aqui.

O mundo vai mudar radicalmente por causa disso como mudou com um movimento similar, com a chegada do papel impresso, em 1450 ou a chegada do Alfabeto Grego na Grécia Antiga, que reproduzem momentos parecidos. Estamos vivendo hoje algo similar diria  a 1600, com os mesmos dilemas de pensadores como Descartes, Bacon e Espinosa  que questionavam o monoteísmo cognitivo da Idade Média, através do mono-politeísmo do livro impresso.

Já vimos que a forma como fazemos a produção da verdade é a base estruturante da sociedade e de suas organizações, que precisam estabelecer uma relação sinergética entre elas (redes educacionais, midiáticas e produtivas).

A chegada de um novo ambiente midiático diferente na forma de produzir a verdade cria um impasse sinergético entre as organizações e os indivíduos da sociedade que passam naturalmente a se utilizar desse novo ambiente, pois sentem (principalmente sentem) que ali conseguem resolver problemas e sofrimentos, que era impossível de serem resolvidos no modelo anterior.

martirio-carmelitas-revolucao-francesa

São duas maneiras diferentes de se produzir a verdade, que passam a viver no mesmo período de tempo, o que podemos caracterizar como uma Revolução Cognitiva, o que nos leva a um impasse entre o antigo modelo e o novo modelo. A nova ordem cognitiva, entretanto, leva vantagem pois:

  • – é utilizada pelos mais jovens, que traz com eles o futuro;
  • – é mais dinâmica do que a anterior para a tomada de decisões, pois se utiliza de recursos tecno-cognitivos mais modernos;
  • – cria uma verdade de melhor qualidade (nos problemas que traz para a sociedade, bem como, a forma de resolvê-los.

Tal impasse cognitivo vai durar um longo período, o que vai gerar (como já está gerando) diversas contradições e conflitos na sociedade, até que o novo modelo, hoje periférico ascendente, se torne hegemônico, o que se caracterizará como uma nova governança da espécie, oficializada por leis, como ocorreu com a Revolução Francesa, que estabelece uma nova ordem jurídica e econômica.

Quanto menos durar e quanto mais conseguirmos acelerar a passagem da velha para a nova ordem, menos sofrimento será causado. O passado, entretanto, nos mostra que a velha ordem não aceita perder alguns de seus privilégios que a nova governança traz, o que provoca revoltas das mais variadas.

É o cenário que temos pela frente e marcará (como já está fazendo) as lutas políticas do século XXI, tendo um colorido regional, conforme cada país.

 

 

 

4 Responses to “A crise do monoteísmo impresso eletrônico”

  1. […] Aprendizado por crises | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em A crise do monoteísmo impresso eletrônico […]

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