Não, não é fácil ter equilíbrio diante do mundo 2.0.
Muita gente está pilhada.
São os entusiasmados utópicos.
Só a Internet Salva!
Do outro lado, os tecnofóbicos de carteirinha.
Vade Retro, Internet!
Ter um equilíbrio entre os dois grupos, é complicado, pois tendemos ora para um lado, ora para outro.
Há oportunidades enormes com a rede, mas achar que ela veio salvar o mundo, é algo que vai nos levar mais adiante à frustração.
Li “O Google e o futuro dos livros“, um artigo muito bom da nova Revista Serrote, de alguém que tenta estar nesse equilíbrio, entre o bem e o mau, que é o Roberto Darnton.
Nele, o autor denúncia a possibilidade de todos os livros que o Google está digitalizando, virarem um grande monopólio do saber privado. Nada impediria, teoricamente, que isso aconteça, a não ser a cara de bonzinho dos atuais donos do negócio, já que ele se debruça sobre o intricado acordo feito pelo Google e as editoras.
O autor não acredita que isso faria parte do atual perfil da empresa, mas questiona:
Não, eu também não acredito em Papai Noel e nem em coelho da Páscoa.
Já fui Home Broker e sei que diante da tela da bolsa de valores o que vale é quem sobe e dá lucro.
O sistema como um todo ainda não absorveu a Internet e sua aura de colaboração.
Isso vai acontecer.
O que hoje é um conceito, uma premissa, amanhã pode não ser.
O Eudes, um dos meus alunos no MBKM perguntou em um comentário:
É público que o Google para entrar na China teve que adotar a lista de censura da ditadura chinesa. De novo, não quero demonizar o Google, mas sim exemplificar a existência da possibilidade, seja ela rídicula ou não, de manipulação dos canais.
Uma boa pergunta, não?
De ideológico, as letras coloridas não tem nada.
Ou deveria ter?
Ou não deveria?
Business is business, mané!
Repito: colaboração muitos para muitos veio ao mundo por uma necessidade informacional.
Se não trocássemos mais, tudo perderia a relevância.
Não é uma cultura de bonzinhos, mas uma cultura como outra qualquer de sobrevivência humana.
Considerar que esse novo ambiente informacional vai mudar a maneira que o homem se vê, pensa sobre o mundo, quer ganhar dinheiro, se relaciona com seu ego, é uma fantasia, que os iluministas também tiveram no século 18, veja no artigo do Darnton.
Não, não sou pessimista, pois acredito que existem nas colaborações voluntárias:
– a colaboração por necessidade (ou se colabora, ou não se tem a informação filtrada);
– a colaboração por marketing (que é a principal hoje em voga na rede);
– e por altruísmo, essa última totalmente anônima e raríssima.
Quando o Obama vai pintar casa de pobre e metade da imprensa americana tira uma foto, qual das três acima ele está praticando? Quanto de colaboração anônima a Internet está realmente vivenciando?
Estamos em uma nova fase, na qual a reputação colaborativa vale votos, trabalhos, empregos, contatos, etc…
É interessante?
É.
Mas não vamos achar que o espírito cor de rosa baixou na terra e todos agora somos anjinhos rumando para o Paraíso na Terra.
O Lobo Mau sempre vai estar na floresta nos esperando.
Concordas?
Acho que as pessoas fazem muita tempestade de um copo d´água. E claro, quem está na mira hoje? Google, claro. Sou estudioso da BUSCA, não tenho nenhuma relação comercial com a empresa, mas sou simpático á idéia deles, de arrumar toda a informação digital no mundo e disponibilizá-la para todos indiscriminadamente. Essa é a MISSÃO do GOOGLE, é isso aí, tudo que diz respeito a isso será feito. Não por que querem dominar o mundo é por que o Google surgiu ra isso, é a razão de ser do Google, informação, digitalizar, disponibilizar, etc etc etc, e claro: ganhar dinheiro com isso, claro. Quem não faz isso? Lembro-me que quando estudei no 2º grau sobre a independência do brasil por exemplo. A gente estuda que era por que D Pedro I amaa o Brasil e coisa e tal, depois a gente começa a ver que o motivo era outro, claro. A gente estuda que a Princesa Isabel libertou os escravos, coitadinhos né, por que era desumano. Depois a gente ve que os motivos eram totalmente diferentes. A gente estuda sobre a revolução francesa onde idéias vanguardistas tomaram o poder monárquico etc etc etc e depois a gente começa a ver motivos diferentes. O presidente Lula, por exemplo, começou sua carreira política com uma ideologia popular, diziam até populista, mas depois os interesses mudaram e agora temos mais que o dobro de ministérios que antes ele já achava um absurdo. E por aí poderíamos discorrer… Como tudo na vida, o Google tbm começou bem, está ótimo, mas temos medo que ele se torne “mau”, deixe de ser do bem. Bem, aí então é só criarmos outro sistema. Por que a vida é assim, ela se renova, trazendo sempre um pouco mais de esperança, de gás. Mas tenho algo muito sério a falar. Poxa vida, o brasileiro gosta muito de reclamar e ficar com medo. Então por que não se cria uma solução aqui mesmo. Vamos exigir do governo mais investimento na educação. Poxa vida, se vc for nos EUA, lá no vale do silício, os caras entram na faculdade e antes de chegarem no meio da faculdade já lançam um mega projeto que se torna sustentável e tudo o mais (muitos falahm tbm viu!?). Por que as faculdades não adotam isso aqui. Lá as empresas investem em soluções dentro das faculdades, aqui brtasil? Coitados dos universitários, quando terminam já estão endividados pro resto da vida se conseguirem emprego na conclusão e quando concluem. Lembro-me quando escutei de uma pesquisadora aqui de brasília dizendo: “Esse Google é uma porcaria e todo mundo acha ele interessante, é bem povão mesmo, essa gente não sabe que a gente tem conteúdo excelente etc etc etc”. Na ocasião já fazia a palestra sobre o Google. mMas vamos analisar à luz de minha ignorância. PRIMEIRO: não dá pra comparar o Google com repositório científico, não acham? Daí poderíamos falar sobre tantas coisas: o tamanho do repositório (o científico é pequeníssimo, a net é infinita), o conteúdo não é do google são das pessoas, empresa e até cientistas tbm, o google s[ó indexa…. SEGUNDO: nunca ninguém pensou em fazer algo como o google. TERCEIRO: como exigir saber científico de um povo que foi cerceado de seus direitos mais fundamentais, e é até hoje, de ter conhecimento, educação, saúde, habitação, o direito de não ser enganado pelos homens públicos,etc etc etc Se você quer mudar isso mude desde já. faça parte de um grupo que tenha um ideal livre, faça uma ação aos que mais precisam, ajude, oriente, não engane para tirar proveito, o começo já seria um primeiro passo em busca de uma sociedade mais justa entre nós mesmos. Outra coisa, se o google começar a cantar de galo e começar a cobrar, não se preocupe, vem outros de coração aberto e do bem pra fazer o inverso. e vamos caminhar
João,
valeu o seu desabafo,
grato pela visita,
Nepomuceno.
Nepô,
Viu a notícia que saiu no Globo hoje?
“Yahoo e Microsoft se unem contra biblioteca virtual do Google”
http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2009/08/21/yahoo-microsoft-se-unem-contra-biblioteca-virtual-do-google-764328586.asp
Abs