Escrevo enquanto os helicópteros da polícia passam e os tiros rolam na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, no Rio, talvez seja comum no futuro os blogueiros precisarem de colete à prova de balas para postar. Ainda (quase) não é o caso….
Se eu fosse o Lula eu mandava colocar a estátua do Orkut Buyukkokten ali em Brasília na Praça dos Três Podres Poderes.
Foi ele que inventou o Orkut.
(Para quem não sabe a história do orkut – rede social – está aqui.)
Foi ele que economizou bilhões de reais em treinamento para incluir quase de graça boa parte da jovem população brasileira na Internet colaborativa, já que na lei da interação:
O orkutiano aprende com o orkutiano!!!
Parece difícil, mas é fácil.
Qual foi a economia gerada pelo Orkut??? Me digam, por favor!!!
Quantos deputados e senadores deixaram de levar um percentual?
Antes do Orkut, era uma sinuca de bico.
Como vamos colocar e treinar essa massa de jovens para entrar na rede?
Como fazer com que eles se interessem por esse novo mundo?
Coloca-se telecentro? Via biblioteca? Via Escola?
Sim, tudo isso acima, mas perto da casa das pessoas também.
Surgiu a demanda (você ainda não está no Orkut?) e, com ela, a necessidade (vai lá!)
O número é espantoso.
76% dos brasileiros (que estão nar rede) têm Orkut
Criou-se a rede dos empreendedores dos cibercafés e lan houses nos bairros da cidade, populares, ou não, o que demonstra que temos alguma moral (aprendizado) a tirar dessa história toda para pensar o futuro;
– Será que o Estado não deveria procurar ser sempre mais apicultor (estimular a produção do mel) do que ordenhador de vacas (colocar as parcas tetas para consumo)?
– Nessa linha, pergunta-se: qual projeto existe do atual Governo para estimular, apoiar, suportar essa rede de lan houses populares? (se alguém conhece e estou sendo injusto, comente).
– Ou mesmo caminhar para as Wi-max (redes por cidades), barateando mais ainda o custo do acesso das lan houses, como tem feito o Governo do Estado do Rio, colocando acesso livre nas favelas, em Copacabana, etc…?
Pois bem, agora nos perguntamos qual é o é o próximo passo?
Como transformar Orkutianos em cidadãos 2.0? Gerar educação e renda?
Já que um computador em rede e no Orkut capacita para entrar no novo ambiente ecológico informacional, é um grande passo, mas não tira ninguém do lugar social que está.
É preciso projetos diferentes, outros Orkuts, menos Big Brothers, para estimular novas atividades e ações.
É preciso criar, por exemplo, uma rede de professores 2.0.
Se o professor muda a cabeça, muda a escola.
Curso de reciclagem em todo o país:
Professor 2.0 ensinando professor 2.0.
(Um bom exemplo de rede social não Big Brother é o Radiotube, por exemplo, reunindo rádios comunitárias do Brasil inteiro, para compartilhar programas e idéias, projeto como apoio da Petrobras.)
É preciso mais!
De qualquer forma, o fato já nos mostrou uma direção.
Muito mais do que Olimpíada, Copa do Mundo, precisamos colocar dinheiro em projetos concretos e realistas.
Apoiar, estimular, dar recursos e, principalmente, valorizar e reciclar os profissionais que multiplicam comos os de educação, bibliotecários, de saúde no novo ambiente informacional.
(Quem mora no Rio sabe que o Pan deixou um rastro de desperdício na cidade.)
Chega de viajar na maionese!!!
Que tal para começar uma estátua do Orkut Buyukkokten bem na Praça dos Três Podres Poderes para que todos os orkutianos brasileiros em caravanas cíclicas possam render homenagem ao pai da Web 2.0 brasileira, que, por sinal, é turco.
(Não sejamos bairristas, o mérito a quem merece!!!)
Você é a favor?
[…] um texto bem ousado o artigo com o nome de “Cadê a estátua do Orkut Buyukkokten?” demonstra como o uso do site de relacionamentos impulsionou o uso da Internet e […]
[…] (Já falei mais sobre o Orkut e Brasil por aqui.) […]
Acho que ele merece, por tanto ser xingado na páginas de recados.
Rola discussão sobre este post no Webinsider:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/04/07/orkut-buyukkokten-merece-uma-estatua-em-brasilia/#comments
Vejam lá.
Nepomuceno.
Mas o cara é cabeçudo, não acham? 😛
O Orkut ficou pra trás, o Facebook tomou o espaço, já que as pessoas gostam de se comunicar e trocar mensagens, fotos, etc. via redes sociais. As Olimpíadas e a Copa são um evento do qual o país também participa – por que não poderia sediá-los? Faz um plebiscito. Quanto às verbas para outras rubricas (Saúde, Educação, etc.) em um orçamento de trilhões, não são alguns milhões gastos com eventos desportivos que irão fazer falta. Essa idéia da contradição entre eventos supostamente concorrentes é falsa. E o que os deputados levam ou deixam de levar, só depende de nós votar conscientemente.