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#3 Crises Conceituais Diante do Digital – criando e/ou desenvolvendo este conceito.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Não existe, assim, a Verdade, mas sempre Melhores Verdades, pois a Verdade é uma ferramenta para sobrevivermos melhor. Não é um fim em si mesmo.
- Melhores Verdades são aquelas que nos ajudam a tomar – no aqui e agora – Melhores Decisões.
- Em Momentos de Resistência DOI, temos a perda de capacidade das Autoridades Conceituadoras de explicarem o que está ocorrendo.
- Diante do Digital, temos tido muita emoção com pouca lógica.
- Diante do Digital, temos tido muitas sensações e poucas explicações baseadas em padrões históricos.
- As Autoridades Conceituadoras, consideradas referência para validar a verdade, perderam a capacidade de explicar os fatos presentes e projetar tendências futuras.
- Temos hoje na sociedade muita fumaça e pouco fogo diante da Revolução da Sobrevivência 2.0.
- Vivemos hoje a maior Revolução da Sobrevivência da história do Sapiens, que se iniciou com a chegada de uma nova Mídia Descentralizadora.
Vamos ao Artigo:
“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ter ignorado a realidade.” Ayn Rand
Vivemos hoje a maior Revolução da Sobrevivência da história do Sapiens, que se iniciou com a chegada de uma nova Mídia Descentralizadora.
Sugerimos classificar as Revoluções da Sobrevivência como um Fenômeno Social, que provocam Mudanças do Tipo DRED (Disruptiva, Rápida, Estrutural e Desconhecida).
(Pode ser que depois dos estudos que estão sendo feitos possamos tirar no futuro a característica “Desconhecida” das Revoluções da Sobrevivência, mas, diante da RS 2.0 isso ocorreu.)
Mudanças Tipo DRED são as mais difíceis de serem administradas, pois mudam muito o cenário, de forma rápida, estrutural e sobre as quais conhecemos muito pouco ou quase nada.
Mudanças do Tipo DRED provocam sensações na sociedade, por um longo período, do Tipo VaiFai (gerando Volatilidade, Ambiguidade, Incerteza, Fragilidade, Ansiedade e Incompreensão).
Por fim, Sensações do Tipo VaiFai geram um Momento de Resistência do Tipo DOI (com reações de Desalinhamento (com os fatos), Orfandade (de Conceituadores) e Ilogicidade (com disseminação e consumo de conceitos de baixa lógica).
Objetivamente, temos hoje na sociedade muita fumaça e pouco fogo diante da Revolução da Sobrevivência 2.0.
Qual é, entretanto, o epicentro do epicentro da crise diante da incompreensão do Digital?
As Autoridades Conceituadoras, consideradas referência para validar a verdade da maioria das pessoas, diante do Digital, perderam a capacidade de explicar os fatos presentes e projetar tendências futuras.
Diante do Digital, temos tido muitas sensações e poucas explicações baseadas em padrões históricos.
Diante do Digital, temos tido muita emoção com pouca lógica.
Destaco no Momento de Resistência DOI o aspecto do aumento da Taxa de Orfandade das pessoas diante das Autoridades Conceituadoras.
Temos 3 Crises Conceituais Diante do Digital provocadas pela perda da capacidade explicativa das Autoridades Conceituadoras:
- a Crise Conceitual Pessoal – do apego ao status, já que dominavam paradigmas, que foram perdendo validade e não estão tendo ferramentas conceituais para revisá-los;
- a Crise do Método de Análise – o uso do Método Indutivo bem usado com sucesso nas Normalidades, principalmente pelos americanos, que perderam a validade;
- a Crise do Fazer Científico – a Ciência 1.0 com seu método de validação da verdade perdeu a capacidade de se ajustar ao novo cenário.
Detalhemos as 3 Crises Conceituais Diante do Digital.
De maneira geral, o Sapiens conta com Autoridades Conceituadoras, que nos ajudam a tomar decisões melhores, definindo as Melhores Verdades.
Melhores Verdades são aquelas que nos ajudam a tomar – no aqui e agora – Melhores Decisões.
Não existe, assim, a Verdade, mas sempre Melhores Verdades, pois a Verdade é uma ferramenta para sobrevivermos melhor. Não é um fim em si mesmo.
Parênteses:
O conceito sobre verdade faz parte da Primeira Camada da Epistemologia Bimodal.
Dentro do Método de Análise Geral da Ciência Social Bimodal, temos três Camadas de Sobrevivência, que nos ajudam a pensar e agir melhor, são elas:
- Da Conceituação – na qual conceitos procuram se aproximar dos fatos;
- Da Disseminação/Formação – na qual os conceitos são repassados para que os operadores possam agir melhor, a partir de uma melhoria no pensar;
- Da Operação – quando os operadores dotados dos melhores conceitos desenvolvem seus projetos.
Volto ao texto.
Em Momentos de Resistência DOI temos a perda de capacidade das Autoridades Conceituadoras de explicarem o que está ocorrendo.
As Autoridades Conceituadoras de Plantão entram em crise pessoal, pois:
- estão muito atreladas à normalidade vigente;
- construíram seu status de Autoridade Conceituadora dentro dessa normalidade;
- a Mudança Tipo DRED exige uma revisão estrutural da sua forma de pensar;
- há uma demanda da sociedade por respostas superficiais e rápidas para algo que é complexo e precisa de mais tempo de reflexão.
De maneira geral, no processo das 3 Camadas da Sobrevivência, os Conceituadores têm como clientes mais os Disseminadores e os Formadores e menos os Operacionais.
Com o tempo de Normalidade se estendendo, as Autoridades Conceituadoras passam a influenciar os Operadores diretamente.
Operadores trabalham no curto prazo, com demandas muito objetivas e têm pouco tempo e paciência para maiores reflexões.
Os Operadores passam a demandar respostas rápidas para questões que exigem um tempo maior de elaboração.
E as Autoridades Conceituadoras, percebendo a demanda de explicações dos Operadores, passam, equivocadamente, a formular conceitos para atender a estas necessidades.
Os Conceituadores, assim, ao invés de se dedicar ao estudo dos fatos, formular novas formas de pensar, estruturar o conteúdo, validar com os Disseminadores e os Formuladores, resolvem atender a demanda direta dos Operadores.
Temos aí a confusão conceitual, que caracteriza o Momento DOI, que tem no seu epicentro a Crise das Autoridades Conceituadoras.
Em resumo, quem deveria explicar o que está ocorrendo não consegue e formula conceitos para atender a uma demanda dos Operadores.
Se comparássemos com uma consulta médica seria algo como:
Paciente – “Doutor, o que eu tenho?”
Médico – “Você está com uma pneumonia aguda, sugiro internação.”
Paciente – “Doutor, tenho uma aniversário para ir em Búzios, não tem como diagnosticar uma gripe?”.
Médico – “Ok, então vamos de gripe e quando você voltar de Búzios, vamos pensar de novo na Pneumonia.”
Conceituadores não atendem demandas operacionais, pois o seu foco é o estudo do fenômeno para que possa ajudar as pessoas a enxergá-lo melhor.
Quando as Autoridades Conceituadoras passam a se preocupar com aquilo que os Operadores querem comprar, com o que está bombando, ninguém está refletindo, de forma consistente, sobre o fenômeno.
Temos, assim, um conjunto de crises em paralelo:
- a crise provocada pelas mudanças que o fenômeno passa a gerar na sociedade;
- a crise provocada pela sensações que esse tipo de mudança causa;
- a crise provocada pelo Momento de Resistência que as pessoas sentem;
- e a crise dos Conceituadores de Plantão, que não conseguem ajudar.
Há um esforço, como é o caso da Bimodais, de ajudar nesse processo. Porém, nós temos dois problemas com os candidatos a novas Autoridades Conceituadoras:
- elas tendem a dizer o que a maior parte das pessoas não tem condições de ouvir;
- elas tendem a dizer o que a maior parte das pessoas não quer ouvir;
- elas sofrem o preconceito de que verdade boa é muito mais daquele que diz, do que pelo que é dito.
Temos ainda dois problemas.
Quando vivemos Normalidades no Cenário, utilizamos o Método Indutivo de Análise, que parte dos fatos, a partir dos paradigmas supostamente válidos.
No Método Indutivo, não há espaço para questionamentos filosóficos e teóricos, pois não se tem ali algo útil para resolver o problema.
Quando vivemos Extraordinariedades no Cenário, utilizamos o Método Dedutivo de Análise, que parte da revisão da teoria e da filosofia, a partir da constatação de que os paradigmas não estão mais válidos.
No Método Dedutivo, se faz o questionamento filosófico e teórico, antes de voltar para a análise dos fatos.
Mais ainda.
Toda a produção dita acadêmica hoje é feita dentro dos paradigmas da Ciência 1.0.
A Ciência 1.0, com seu método de validação por pares, acabou se distanciando das demandas da sociedade.
Além disso, o processo hoje é tão dinâmico e exige tantas revisões filosóficas e teóricas, bem como modificações constantes, que não é mais possível operar com os paradigmas da Ciência 1.0.
Na Ciência 2.0 temos como diferencial:
- a produção de forma cooperativa com os clientes, similar ao Método Ágil aplicado na ciência;
- a produção continuada de conteúdo e não mais espaçada como era antes;
- o financiamento das pesquisas feito diretamente pelos interessados;
- a criação de comunidades permanentes para o Diálogo Acadêmico.
Assim, para que possamos entender o Digital, é preciso nos Desautomatizar, pela ordem:
- da forma de como encontramos e valorizamos Autoridades Conceituais;
- a necessária etapa do uso do Método Dedutivo para se proceder revisões filosóficas e teórica dos paradigmas;
- e, por fim, uma nova forma de produção acadêmica, mais próxima do Digital.
Neste novo cenário, surge um novo Mercado de Conceituadores, que se aproximam mais ou menos dos fatos.
A Bimodais é uma tentativa de atender a essa demanda do mercado, procedendo as revisões acima necessárias para ajudar nossos clientes a lidar melhor com este disruptivo cenário.
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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL:NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO).
GRIFOS EM ITÁLICO E VERMELHO: DESCRIÇÃO DE CONCEITOS BIMODAIS CLÁSSICOS.
GRIFOS EM ITÁLICO E ROXO: DESCRIÇÃO DE NOVOS CONCEITOS BIMODAIS.
GRIFOS EM NEGRITO E VERDE: NEOLOGISMOS BIMODAIS PARA MELHORAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E MARROM: HASHTAGS BIMODAIS PARA ORGANIZAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E LARANJA: SÃO AS REGRAS BIMODAIS DENTRO DA NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E ROSA: SÃO AS PROJEÇÕES BIMODAIS.