Em tudo que se faz na vida, ou se assiste, há regras de ação e reação.
Se você pular do quinto andar vai cair no chão, inapelavelmente.
Antes da lei da gravidade, você cairia do mesmo jeito, a lei deu apenas uma explicação para o fato.
Assim, as leis da vida existem antes das explicações humanas.
E quando, por algum motivo, não a conhecemos ou queremos desafiá-las, temos uma crise.
Uma crise ocorre quando nossas mentalidades batem de frente com leis da vida.
Uma crise, assim, é a vida demonstrando que alguma regra existente não foi respeitada.
Ou por:
- ignorância;
- desconhecimento;
- arrogância.
O que vivemos no século XXI é uma crise de ignorância das regras da vida: reações inusitadas, que não estavam no nosso “cardápio científico”.
Novas mídias surgem na sociedade, que vêm atender a determinada demanda do Sapiens.
Não temos ainda mapas consolidados para entender o papel das mudanças de mídia na história, bem como as causas do seu surgimento e muito menos as consequências.
Vivemos uma macro-crise de ignorância, pois nossas mentalidades não estavam preparadas para tal mudança e a literatura de plantão não nos ajuda neste caso.
Crises de paradigmas só são solucionadas quando promovemos revisões filosóficas dos antigos conceitos para que possamos entender as reações da vida.
Elas são inusitadas apenas pelo fato de não termos conhecimento das regras existentes.
O problema nas crises de paradigma é que há um problema de excesso de confiança nos antigos agentes de orientação das rotas.
Confia-se em pessoas e organizações, que também vivem a crise de mentalidade. Esperamos que nos auxiliem nessa crise, mas elas também vivem o mesmo problema.
Os antigos agentes orientadores estão também imersos na mesma crise, criando espécie de orfandade à procura de explicações melhores.
Nestes momentos, surgem novas agentes disruptivos, de fora do sistema, que conseguem entender e explicar o fenômeno.
Tais agentes serão mais lógicos, criteriosos e terão menos intoxicação para que se possa olhar sob outro ângulo, geralmente mais filosófico e histórico.
Porém, como não gozam da taxa de confiança, são descartados, levando a crise de mentalidade cada vez mais para longe.
É isso, que dizes?