A ideia de Adam Smith que o mercado é regulado por um movimento invisÃvel é bem contemporânea.
A “mão invisÃvel” nada mais é do que reduzir o espaço de um centro para que as redes possam se descentralizar e poder interagir com mais liberdade.
Faz parte de todo o movimento pós-1450 (com a chegada da Revolução Cognitiva impressa), na procura da Governança Analógica, que era algo mais descentralizado do que o binômio feudalismo-monarquia.
A ideia é de que há um movimento “não visÃvel” ou de auto-gestão da sociedade que pode ser mais eficaz para gerenciar problemas do que a supervisão direta de alguém.
O conceito é sofisticado, pois exige algumas premissas:
- – uma capacidade das pontas de sustentar essa autonomia com direitos e deveres;
- – e uma maturidades dos agentes que defendem tal modelo para que alguns princÃpios éticos sejam defendidos.
A ideia da mão invisÃvel é a base conceitual para o sistema republicano e do capitalismo (que eu chamo de empresismo).
Muitos dirão que o conceito é a invenção do tempo.
Sim, mas há dois fatores fundamentais para você ter a necessidade da passagem da mão visÃvel (do rei) para a invisÃvel da república:
- – a complexidade demográfica;
- – o avanço das tecnologias cognitivas descentralizadoras, que empoderam as pontas.
Há uma regra que descobri que é a seguinte:
- Quanto mais gente no mundo, mais a sociedade precisará ser descentralizada.
- E teremos que confiar mais e mais na auto-gestão das redes.
A mão invisÃvel 3.0, ou a mão invisÃvel atual, é a base da Governança Digital, na qual estamos passando das regulações orais e escritas para as regulações digitais.
Mais do que digitais, as regulações algorÃtmicas ou matemáticas.
A base para que se possa ter um mercado autônomo é a confiança das transações e trocas.
Quanto mais gente foi aparecendo no mundo, mais a confiança ficou complexa.
Note que no século passado com o rádio e a televisão tivemos o surgimento de um tipo de confiança vertical eletrônica, na qual as grandes organizações acabaram ficando confiáveis com um alto custo de investimento nas marcas.
Tal processo criou um modelo de mão invisÃvel, que passava pela mÃdia de massa, centralizando o processo.
Hoje, com a chegada da colaboração de massa digital, o reputacionismo digital, podemos ter uma auto gestão das reputações descentralizadas, o que abre a possibilidade de um processo de trocas muito mais descentralizado do que antes.
Tanto nos processos econômicos como polÃticos.
Assim, o liberalismo entra em outra etapa.
Um liberalismo digital que se vale da mão invisÃvel 3.0 para criar uma sociedade ainda mais auto-regulada , ou descentralizadamente desregulada.
É isso, que dizes?