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 Quando a estratégia é ineficaz, não tem gênio que consiga ajeitar a táticaNepô – da safra de 2011;

(Desenvolvi mais o assunto aqui.)

Saiu um bom artigo na Revista DOM, da Fundação Dom Cabral, nº 15, com o título “Impactos e resultados de um planejamento por cenários“, de Arão Sapiro, não disponível na rede.

O autor avalia que as organizações são mais passivas e ativas e que para se conseguir mudar esse quadro é preciso avaliar melhor o futuro para poder construí-lo ou, no mínimo, acompanhá-lo.

Para fazer um planejamento estratégico por cenário é preciso identificar, além de outros pontos:

  • Questões relevantes a respeito do futuro;
  • Principais tendências;
  • Forças Motrizes;
  • Categorização de forças motrizes.

E que é preciso saber separar as inovações necessárias da ordem do aprimoramento das inovações disruptivas.

Mais ainda.

É fundamental além de conseguir  identificar as principais tendências, que se avalie os elementos predeterminados, que acontecerão de uma forma ou de outra.

O interessante no artigo, que fala de planejamento é aplicá-lo aqui ao nosso mundo 2.0, ou seja, o impacto que as redes digitais terão no futuro das organizações.

Na visão das empresas, ao olhar para o futuro e fazer planejamentos estratégicos, temos de forma geral uma certa passividade, (isso é a minha avaliação e não a dele):

  • prática cada vez mais burocrática na arte de se fazer planejamentos;
  • repete-se o passado com poucas atualizações, mesmo que haja elementos novos, como é o caso das mudanças advindas da rede digital;
  • cada vez menos tempo para fazê-lo;
  • e um foco cada vez maior no curto prazo.

Na questão específica das redes digitais:

  • um planejamento estratégico que se baseiam em livros pré-revolução informacional;
  • a não problematização da chegada das redes digitais dentro do planejamento estratégico;
  • a não problematização de seus impactos nos negócios, na gestão, na visão da própria empresa;
  • não se coloca, por incrível que pareça, o tema no planejamento estratégico.

Coloca-se, no máximo, a necessidade de abordar aquestão “Redes Sociais” para um setor operacional, pois é um lugar, uma mídia, um problema a ser resolvido pelo marketing e pela comunicação.

Ok, isso está funcionando?

Acredito que as organizações estão perdendo oportunidades e ampliando riscos.

Como tenho dito, estamos diante de uma nova rede humana de troca que está modificando a forma como a sociedade se relaciona, se informa, se comunica, conhece, aprende, consome.

Não é algo lá fora, mas aqui dentro, apenas está se espalhando aos poucos.

A primeira pedra caiu no epicentro da sociedade, os negócios que vivem de informação e comunicação, mas vai, aos poucos, estabelecer esse novo modus operandi para toda a sociedade, pois é cavalgado pela nova geração.

A ela o futuro pertence.

Esse é, a meu ver, o grande calcanhar de aquiles, o grande risco que todas as organizações vivem no atual momento.

Não conseguir avaliar de forma correta,  como e quando algo  deve ser FORTEMENTE problematizado no cenário futuro com ações corporativas.

Vamos levar bastante tempo para suprir esse gap, pois estamos muito mais bem preparados para o que  aprimora para aquilo que rompe.

Ou seja, vivemos num momento e num mundo de ruptura, porém com a cabeça totalmente feita para a continuidade.

A seguir assim algo de muito sério está para acontecer!

Que dizes?

 

 

2 Responses to “Por que a chegada da rede digital não está no planejamento estratégico?”

  1. […] de tudo –>  planejamento estratégico com redes digitais? Vou falar sobre isso […]

  2. […] (Continuidade de raciocínio deste post “Por que a chegada da rede digital não está no planejamento estratégico“.) […]

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