O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
Nepô reflete sobre os insights que teve ao ler o livro “Hábitos Atômicos: Um Método Fácil e Comprovado de Criar Bons Hábitos e Se Livrar dos Maus” de James Clear, destacando a importância de mudar hábitos para promover mudanças na vida. Nepô inclui Clear na bibliografia básica da Bimodais, ressaltando a necessidade de mudanças reais no presente e futuro, alinhando-se com a visão de Martin Seligman. Ele destaca a transição das terapias emocionais para uma abordagem mais teórico-metodológica, criticando a falta de consideração dos traumas por Clear. Nepô também discute a chegada da Psicologia 2.0 e a necessidade de tratamentos terapêuticos em larga escala. Ele critica a abordagem de Clear sobre hábitos tóxicos e destaca a importância da mudança de identidade na mudança de hábitos. Por fim, Nepô enfatiza o tripé da mudança estrutural: crença, identidade e hábitos.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Uma mudança mais eficaz é aquela em que você não está apenas num projeto de mudança de atitudes, mas mudança de percepção sobre você mesmo.
- Na Psicologia 2.0, iremos popularizar o tratamento terapêutico emocional, com o apoio de Inteligências Artificiais Digitais Curadoras.
- Se você não está empenhado em ser um outro eu e se desapegar do antigo, a tendência é que os antigos hábitos retornem.
- A identidade é um processo de pesquisa em aberto e não algo pronto e acabado.
- As crenças são as mães da nossa identidade e avós dos nossos hábitos.
- É preciso mudar a crença, a identidade e os hábitos – num processo integrado.
- Quanto mais embrenhado estiver um Paradigma na sua Mente Primária, mais difícil será mudá-lo.
- Hábitos reforçam identidades, que reforçam, hábitos, que reforçam identidades, num ciclo infinito. Mudar um, significa alterar o outro.
Os Mapas Mentais do Artigo:
“Quanto mais profundamente um pensamento ou ação está vinculado à sua identidade, mais difícil é mudá-lo.” – James Clear.
Parênteses.
Leitura Ativa
Este artigo é o exemplo claro de como uma Leitura Ativa pode colaborar com a melhoria da Narrativa Profissional de qualquer um.
Quanto mais eu vou lendo, mais eu vou comparando e melhorando minha capacidade de pensar sobre a Inovação Pessoal.
É um somatório de consolidações que vai ocorrendo leitura a leitura.
Fecha e abre outro.
Melhorando Papo de IA
Partimos do princípio que qualquer máquina tem algum tipo de inteligência quando é ligada, pois consegue fazer algo sozinha.
Uma enxada não é inteligente, pois não faz nada sozinha.
Já uma máquina de lavar, quando programada, opera sozinha.
Uma enxada podemos dizer que é uma tecnologia desprovida de inteligência, pois não faz nada sozinha.
Quando uma máquina opera sozinha em algum momento tem algum tipo de inteligência, que foi transferida para ela.
Uma máquina de lavar não aprende e não decide, apenas segue um padrão.
Uma máquina de lavar roupa, assim, apesar de pouca inteligência, tem algum tipo.
Ela é artificial, pois precisa ser fabricada. Uma planta que nasce no jardim tem uma inteligência natural, quando, por exemplo, procura um posicionamento melhor à procura do sol.
Se for uma máquina tradicional sem nenhum processador digital embutido é uma Inteligência Artificial.
É Inteligente, pois opera sozinha. E é artificial, pois foi criada e não nasce independente do ser humano.
Se a espécie humana acabar não nascerão mais máquinas de lavar, mas as plantas continuarão a fazer o que fazem, naturalmente.
Uma primeira divisão, assim, é a seguinte:
Tecnologias sem nenhuma inteligência – exemplo, enxada;
Tecnologias com alguma inteligência – exemplo, máquina de lavar.
Melhorando o papo sobre Inteligência Artificial, nós temos o seguinte:
Inteligência Artificial Analógica – máquinas que têm determinada autonomia, mas que NÃO usam NENHUM recurso digital, tal como a televisão e uma máquina de lavar antiga;
Inteligência Artificial Digital – máquinas que têm determinada autonomia, mas que usam recursos digitais.
O diferencial entre as diferentes Inteligências Artificiais é a sua similaridade com a inteligência humana.
Quanto mais ela aprende, resolve, compreende e reconhece padrões sozinha, mais inteligente ela é.
Porém, não podemos chamar todas as máquinas de Inteligência Artificial, pois fica difícil separar uma das outras.
Se eu digo para um determinado programa:
“Faz uma foto, ou um desenho, ou um vídeo, assim e assado.”
Eu estou dando uma ordem e ela obedecendo, como se fosse um gerente e um funcionário, diretamente.
Neste caso, temos uma Inteligência Artificial da Gestão, que segue a lógica “faça isso” e ela faz, sem nenhuma autonomia.
Pode fazer maravilhosamente bem, mas continua sendo uma Inteligência Artificial da Gestão, que é operada pelos comandos de voz ou texto.
Usa como referência as Mídias Orais e Escrita.
Quando eu introduzo a Linguagem dos Rastros, ela passa a operar a partir delas, eu tenho uma Inteligência Artificial diferente.
Ela é programada por um Curador que diz o seguinte:
“Conforme o uso que se faz, você faz isso e aquilo”, deixando que ela decida.”
Temos assim:
Inteligência Artificial Digital da Gestão – que segue comandos orais e escritos e não aprende nada e nada decide com os Rastros Digitais, tipo os Chatboxes;
Inteligência Artificial Digital da Curadoria – que pode ou não seguir comandos orais e escritos, mas aprende e decide a partir dos Rastros Digitais, tipo os algoritmos do Tik Tok ou do Waze.
Fecha parêntese.
Abre outro.
Por que precisamos definir com precisão as Inteligências Artificiais?
Cientista: seu papel
O papel de um cientista é ser um Organizador de Ambientes de Diálogos. É aquela atividade humana que organiza diálogos para que possamos explicar e agir diante de fenômenos. Um dos principais papéis dos cientistas é detalhar melhor os conceitos que são utilizados de forma corrente, que muitas vezes gera mais confusão do que explicação.
Se não definirmos, por exemplo, o que é Inteligência Artificial com precisão e suas diversas variantes, não vamos saber do que exatamente estamos falando.
Quando o Google, por exemplo, destaca mais o termo “Inteligência Artificial”, todo mundo diz que está falando sobre isso e a confusão está montada.
Fecha parêntese.
Continuemos a Bimodalização do livro “Hábitos Atômicos: Um Método Fácil e Comprovado de Criar Bons Hábitos e Se Livrar dos Maus” de James Clear.
Este é o terceiro artigo.
Inclusão de James Clear na Bibliografia Básica da Bimodais
Clear nos traz insights importantes e, por causa disso, inclui ele na bibliografia básica da Bimodais.
O seu grande mérito é apontar que:
Não existe mudança na vida de ninguém, se não alterarmos nossos hábitos.
Na verdade, ele se alinha com Martin Seligman ao defender que:
Terapias não podem ficar restritas às teorias sobre os traumas do nosso passado, mas que precisam apontar mudanças reais e concretas no presente e no futuro.
Sim, Clear deixa claro que:
Se não houver mudanças nas nossas crenças, que geram nossas identidades, dificilmente, mudanças nos hábitos no longo prazo.
Clear reforça uma tendência deste novo século na passagem das Terapias Emocionais Mais Teóricas e pouco Metodológicas para uma Mais Teórica-Metodológica.
A ficha que cai:
Não adianta a pessoa ir para uma terapia para se autoconhecer e não mudar nada ou muito pouco na sua vida.
Papo de Terapia Emocional Cognitiva Comportamental
Por isso, hoje se fala tanto em Terapia Emocional Cognitiva Comportamental, que é a linha do Seligman e do Clear.
A relação de custo/benefício das Terapias Cognitiva Comportamental é melhor, pois a pessoa tem resultados mais objetivos.
Nas Terapias Cognitiva Comportamental, que prometem melhorar a vida das pessoas, têm menos margem para a enrolação e, de certa forma, uma manipulação entre cliente-terapeuta.
A pessoa, numa Terapia Emocional centrada no Autoconhecimento pode passar anos se autoconhecendo e não modifica absolutamente nada na sua vida.
O terapeuta do autoconhecimento ganha seu dinheiro e não pode ser cobrado que não foi eficaz, pois o que ele entrega é o autoconhecimento pelo autoconhecimento.
Críticas ao Clear
Qual o problema que vejo ao ler o Clear.
Ele aborda a questão das crenças e da identidade e deixa de fora os traumas.
Todo Sapiens para virar Sapiens precisa:
Ganhar determinadas heranças genéticas – que definem diversas tendências ao longo da vida;
Ganhar determinadas heranças emocionais e culturais – que também definem diversas tendências ao longo da vida.
Do ponto de vista das heranças emocionais e culturais, a partir de uma Formatação Básica Obrigatória, que nos deixa de forma mais inconsciente na nossa Mente Primária:
Traumas Emocionais – que nos fazem reagir de forma mais automática quando determinados gatilhos são acionados, que podem ser Primários (herdados da família) ou Secundários (que vieram depois fora do ambiente familiar);
Crenças Culturais – que vêm da nossa família (Influências Culturais Primárias), amigos, escolas, local em que vivemos (Influências Culturais Secundárias);
Ambiente Midiático – que define muito as nossas relações com os outros e com o consumo de todos os tipos.
Depois disso, com toda essa herança ainda temos:
A relação da nossa genética com toda essa herança traumática, cultural e midiática;
Os acontecimentos que cada um será exposto que pode criar novos traumas, novas heranças culturais (Influências Culturais Secundárias);
Bem como alterações midiáticas, que modificam nossa relação com o consumo do ambiente.
Quando estamos falando de mudança, todos estes aspectos terão um peso grande.
Papo de Psicologia 2.0
Com a chegada da Psicologia 2.0, muito vai mudar.
Na Psicologia 2.0, iremos popularizar o tratamento terapêutico emocional, com o apoio de Inteligências Artificiais Digitais Curadoras (IADC).
Teremos como nunca tivemos no passado o atendimento em larga escala, com o uso das IADCs, que vão nos permitir estabelecer as relações entre:
Os padrões genéticos;
Influências culturais primárias e secundárias;
Traumas Primárias e Secundários;
E, a partir disso, com a avaliação dos melhores resultados por cada perfil, sugerir ações mais eficazes para que possamos ter vidas melhores.
Tipos de Hábitos Tóxicos
Outra crítica que faço ao Clear é falar de Maus Hábitos, mas não separar dois que são relevantes.
Temos dois tipos de Hábitos Tóxicos:
Hábitos Tóxicos – práticas que nos fazem mais mal do que bem, mas que os riscos e prejuízos são relativamente baixos, tal como comer biscoito toda vez que vê televisão. Vai se ganhar peso, o que não é bom, mas não vai fazer com que você bata num poste totalmente bêbado. Demanda um tratamento mais light e menos profundo;
Hábitos Super Tóxicos – práticas que nos fazem mais mal do que bem e envolvem riscos e prejuízos relativamente altos, tal como beber todos os dias ou jogar a dinheiro. Demanda um tratamento mais intenso e mais profundo.
Este detalhamento não está no livro do Clear e é necessário fazer.
Um ponto que abordamos, mas vale repetir é a relação de mudanças de hábitos e identidade.
Diz ele:
“Há um conjunto de crenças e suposições que moldam o sistema, uma identidade por trás dos hábitos.”
O que ele diz, numa tradução livre?
Uma mudança mais eficaz é aquela em que você não está num projeto de mudança de atitudes, mas mudança de percepção sobre você mesmo.
Ele diz:
“O comportamento incoerente com o “ eu ” não durará.”
Ou seja:
Se você não está empenhado em ser um outro eu e se desapegar do antigo, a tendência é que os antigos hábitos retornem.
Diria que aqui esbarramos de novo com a questão central dos Paradigmas Estruturais do Sapiens.
A Bifurcação sobre a identidade
O que temos de bifurcação sobre a identidade:
Temos uma identidade – se nos autoconhecer vamos chegar a ela (uma visão platônica, diga-se de passagem) – Visão da Identidade Mais Definitiva – fantasia de que sabemos quem nós somos, de forma final e absoluta;
Nossa identidade é um processo de descoberta progressiva e permanente – que precisa estar o tempo todo sendo avaliada e testada. Visão da Identidade Mais Provisória – é impossível saber quem realmente somos, mas podemos nos aproximar mais de uma identidade que nos aproxima mais do que podemos ser.
Isso é um reflexo da nossa própria relação com a realidade:
Realidade é passível de ser conhecida pelo Sapiens – ela existe, está lá fora e tem algumas autoridades que a conhecem e precisam ser seguidas e respeitadas;
Realidade não é passível de ser conhecida pelo Sapiens – o que podemos fazer é ter teorias e metodologias mais fortes para melhor nos relacionar com elas.
A visão mainstream, ainda mais em Ambientes Mais Centralizados, terão a visão da Realidade/Identidade Absolutas, que é algo que impede as mudanças coletivas e individuais.
Para que, como sugere Clear, a pessoa precisa rever a sua identidade, antes disso, é preciso que ela entenda que:
A identidade é um processo de pesquisa em aberto e não algo pronto e acabado.
Vamos dar exemplo de alguém que adota a Identidade Provisória.
Quando queremos emagrecer, não estamos apenas procurando comer melhor, mas criar um Outro Eu que tem um corpo mais magro ou menos gordo.
Emagrecer é, no fundo, antes de tudo, se desapegar de um corpo gordo que tomou conta de nós.
Ir para uma academia é querer ter ou recuperar um corpo atlético, que se perdeu ou nunca esteve presente.
O que Clear sugere é que precisamos migrar de uma identidade para outra como o norte principal de todo o processo de mudança.
Os exercícios da mudança
Precisamos começar a educar nossa mente e abraçar este novo eu com dois tipos de exercícios:
O Exercício Prévio a qualquer mudança – entender que nossa identidade é um processo de descoberta;
Exercício Direto da Mudança – comer melhor, ir para a academia, começar a pintar ou a tocar violão;
O Exercício Indireto da Mudança – criar Rituais Rivotril para reforçar o novo eu dentro de nós, num trabalho para que a mente abrace este novo personagem.
Diz ele:
“É difícil mudar seus hábitos se não mudar as crenças subjacentes que levaram a seu comportamento passado.”
Coloquemos desse jeito.
As crenças são as mães da nossa identidade e avós dos nossos hábitos.
É preciso mudar a crença, a identidade e os hábitos – num processo integrado e conjunto, através de uma sinergia.
Segundo ele:
Não adianta procurar novos hábitos se a crença na sua identidade continua a mesma!
Ele é Escopeteiro com esta frase:
“Você tem um novo objetivo e um novo plano, mas não mudou quem é.”
Ele radicaliza:
“A forma definitiva de motivação intrínseca é quando um hábito se torna parte de sua identidade. Uma coisa é dizer que sou o tipo de pessoa que quer algo. O que é muito diferente de dizer que sou o tipo de pessoa que é algo.”
Tripé da Mudança Estrutural
Prefiro dizer que temos o Tripé da Mudança Estrutural formado por Crença-Identidade-Hábitos.
Cada pessoa e situação tem um ritmo e um método de Mudança Estrutural, que sempre envolve o Tripé da Mudança Estrutural:
Mudança de Crença;
Mudança de Identidade;
Mudança de Hábito.
E aí temos algo interessante:
“Quanto mais orgulho você tiver em um aspecto particular de sua identidade, mais motivado estará para manter os hábitos associados a ele.”
É isso, que dizes?
“Nepô é o filósofo da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” – Leo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções. Ele tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos. Ser capaz de encontrar e interrelacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.” – Fernanda Pompeu.
“Os áudios do Nepô fazem muito sentido no dia a dia. É fácil ouvir Nepô é colocar um óculos para enxergar a realidade.” – Claudio de Araújo Tiradentes.
Bem vindo à Bimodais – estudamos a nova Ciência da Inovação, que se divide em Inovação Civilizacional, Grupal e Pessoal.
Estamos mais focados em 2024 na Inovação Pessoal.
Estamos entrando na Décima Primeira Imersão (de maio a junho de 2024.)
Valor: R$ 200,00, no pix.
Bora?
Quer doar e ganhar quatro aulas de aula gravada?
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Mais dúvidas?
Me pergunta….
Abraços,
Nepô.
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