O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
Nepô, ao analisar o livro de Mlodinow, explora a bimodalização do pensamento criativo, destacando a importância do Eu Criativo da Mente Secundária, que opera de forma mais ativa quando o pensamento analítico está em repouso. Ele desafia a ideia de que a criatividade surge apenas do esforço concentrado, argumentando que o pensamento flexível e inovador ocorre nos momentos de relaxamento, quando a mente inconsciente está livre para explorar novas ideias. Nepô compartilha sua prática de reservar períodos de descanso para permitir que seu Eu Criativo se desenvolva, enfatizando a importância de momentos de ócio para o bem-estar e a geração de ideias. Ele destaca a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o uso de tecnologia e o tempo para desligar, bem como a importância de valorizar o processo criativo sobre os resultados finais. Além disso, ele discute a relação entre orgulho, autoestima e abertura para mudanças, defendendo a importância de posicionar o orgulho nos processos de aprendizagem e crescimento contínuos.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Do que você se orgulha? Dos resultados ou do processo que levou ao resultado?
- O Eu Criativo é um Tim Maia, cheio de idiossincrasias e reclamão. Mas quando respeito e atendo às suas demandas sou muito recompensado.
- O Eu Criativo precisa de momentos de relaxamento, pois trabalha na surdina, para depois de bem relaxado trazer novas ideias.
- Num Ambiente de Sobrevivência Mais Dinâmico, um orgulho mau posicionado é algo extremamente tóxico diante das mudanças necessárias.
- Num orgulho melhor posicionado, qualquer questionamento ao resultado – algo normal – afetará muito pouco a sua autoestima, não gerando sentimentos negativos e facilitando a revisão do que precisa ser revisto.
- Você, assim, deve colocar mais o seu orgulho mais nos processos do que nos resultados, tornando-o mais apto a mudar os seus paradigmas.
- Nem sempre o uso do celular é viciante e ruim, depende do que se faz com ele. É bom, porém, criar hábitos que nos afastem durante um período totalmente deles.
- As pessoas tendem a se apaixonar loucamente pelos novos aparelhos da nova mídia e passam a usá-los de forma inapropriada na sua primeira fase.
Os Mapas Mentais do Artigo:
“Os grandes gênios às vezes realizam mais quando trabalham menos.” – Mlodinow.
Voltemos à Bimodalização do livro “Elástico: como o pensamento flexível pode mudar nossas vidas” de Leonard Mlodinow.
Este é o quarto e último artigo.
Mlodinow entra nos detalhes de como (Bimodalizando a conversa) o Eu Criativo da Mente Secundária opera:
“O processo de geração de ideias está assentado no fundo da nossa mente inconsciente e se torna mais ativo quando nossos processos conscientes de pensamento analítico estão em repouso.”
Ou seja:
O Eu Criativo precisa de momentos de relaxamento, pois trabalha na surdina, para depois de bem relaxado trazer novas ideias.
Ele quebra a ideia de que para sermos criativos temos que mergulhar no trabalho. Isso faz parte das atividades do Eu Organizativo e não do Criativo, diz ele:
“O pensamento flexível que produz ideias não consiste numa sequência de pensamentos lineares, como acontece com o pensamento analítico. Às vezes grandes e às vezes inconsequentes, às vezes em grupo e às vezes solitárias , nossas ideias parecem surgir do nada. Mas as ideias não vêm do nada: elas são produzidas pela mente inconsciente.”
A polêmica aqui é grande, pois se considerarmos que a Mente Inconsciente é aquela que produz os sonhos, diria que os insights criativos vêm da Mente Subconsciente.
A Mente Subconsciente trabalha no silêncio, em momentos em que não se está exigindo nada dela, quando se é possível vagar.
Mlodinow defende que:
Os computadores, onde se inclui a IA (Máquinas que Aprendem com o Uso) conseguem chegar perto da Mente Organizativa, mas estão MUITO longe da Mente Criativa.
Na direção do desenvolvimento do Eu Criativo para ter melhores ideias, por exemplo, eu passei a tirar parte das quintas e toda a sexta de folga para deixar o meu Eu Criativo viajar na maionese.
Nestes dias de recesso do Eu Criativo leio, jogo xadrez, pinto, tiro fotos, vejo séries, mas não sento no computador para escrever nada.
As ideias que vão pintando ao longo do recesso, anoto num caderno para serem usadas, a partir de segunda quando volto à ativa.
Estabeleço uma quebra mais longa para deixar o Eu Criativo descansar e trabalhar na surdina.
Ele comenta:
“Os processos associativos do pensamento flexível não prosperam quando a mente consciente está em estado de concentração. A mente relaxada explora novas ideias; a mente ocupada procura as ideias mais conhecidas, em geral as menos interessantes.”
E diria que as ideias mais diferentes e mais interessantes vêm quando damos folga para o Eu Criativo.
Três dias e meio da semana produzo textos e nos outros três dias e meio não produzo nada, a não ser ler livros para depois comentá-los.
Tem funcionado bem.
Diz ele sobre isso:
“Embora alguns possam considerar improdutivo “não fazer nada”, a falta de períodos ociosos é ruim para o bem-estar , pois o tempo ocioso permite que a rede default entenda o que vivenciamos ou aprendemos recentemente. Eles fazem com que os processos de pensamento integrativo reconciliem diversas ideias sem a censura do cérebro executivo. Permitem-nos meditar sobre nossos desejos e pensar sobre nossos objetivos não realizados.”
Diria que:
O Eu Criativo é um Tim Maia, cheio de idiossincrasias e reclamão. Mas quando respeito e atendo às suas demandas sou muito recompensado.
Diz ele sobre o descanso do Mente Secundária Criativa:
“Hoje sabemos que um cérebro aquietado não é um cérebro ocioso, que nosso inconsciente transborda de atividade nesses períodos de paz do pensamento.”
“Quando a mente de uma pessoa parece estar em repouso, não está. Está apenas processando informações inconscientemente, de um jeito diferente.”
“Essa é a razão por que descansar, devanear e outras atividades silenciosas, como fazer uma caminhada, são uma maneira profícua de geração de ideias.”
“Infelizmente , como nossas redes default são cada vez mais negligenciadas , temos menos tempo de não concentração para os procedimentos do nosso diálogo interno estendido . Como resultado , temos menos oportunidades para costurar essas associações aleatórias que levam a novas ideias e realizações.”
Vamos agora fechar a análise.
“Ninguém tem conhecimento em primeira mão de como pensam os outros animais , mas os cientistas que os estudam observam que eles têm pouco poder de fazer associações abstratas.”
O Sapiens é a única espécie que tem uma Mente Secundária, que pode observar e modificar os Paradigmas da Mente Primária.
Diz ele sobre isso:
“Os neurônios de associação são o que nos permite pensar e ter ideias e não meramente reagir.” // “Eles são a fonte de atitudes , diferenciando – nos uns dos outros e ajudando a definir nossa identidade enquanto indivíduo . São também a fonte da inventividade.” // “Nossa cultura tende a ver a descoberta e a inovação como que se materializassem do nada, como se fossem produtos da magia etérea de um intelecto bem-dotado. Mas ideias inovadoras, bem como as ideias mundanas, em geral surgem da associação e da recombinação do que já está presente nos recantos da nossa mente.” // “Os córtices de associação estão sempre funcionando no fundo , mas quando você não está concentrado em alguma tarefa – por exemplo, quando faz algo sem pensar, como dirigir um carro – , é aí que sua mente se encontra mais livre para viajar . É por isso que nesses momentos você cria novas ideias ativamente.”
Quando pensamos, por exemplo, em um Projeto de Felicidade de Singularização Mais Criativa e Disruptiva é preciso acrescentar um item de Momentos Sabáticos Rotineiros nos Princípios e Hábitos.
Momentos Sabáticos Rotineiros são aqueles que colocamos na nossa rotina para poder deixar o Eu Criativo se desenvolver.
Aqui temos algo interessante, pois o que chamamos de Eu Criativo é formado por neurônios de associação, segundo Mlodinow.
Sobre Neurociência:
“Como costuma acontecer na neurociência , uma das formas de entender melhor o papel de uma estrutura ou rede do cérebro é estudar o comportamento de pessoas em que esse papel foi perturbado.”
A Neurociência ajuda bastante na compreensão do cérebro, mas precisa ser bem adaptada e traduzida para que possa ser útil em projetos de Felicidade.
E aqui vamos questionar:
“É irônico, mas os avanços tecnológicos que tornam o pensamento flexível cada vez mais essencial também reduzem a probabilidade de nos envolvermos nele.”
Aqui, temos mais um Vício Dialógico do Foto-Filme, quando analisamos determinada situação não como um processo em movimento, mas como se fosse algo que já é definitivo.
Note que o uso dos equipamentos digitais está na sua primeira etapa, o que ocorreu também com a chegada tanto da escrita manuscrita quanto à impressa – e ainda com o rádio e a televisão.
As pessoas tendem a se apaixonar loucamente pelos novos aparelhos da nova mídia e passam a usá-los de forma inapropriada na sua primeira fase.
Sim, vivemos hoje uma alta taxa de Zumbilismo Digital com pessoas andando na rua e olhando para o celular.
Mas para que a relação pessoas – aparelhos nova mídia seja melhorado, é preciso que haja um longo processo de:
Tempo de acomodação;
Formatações Básicas Obrigatórias que questionem tais práticas e permitam relações mais saudáveis com os aparelhos da nova mídia.
Mais ainda.
Muitas vezes – como o celular é um aparelho multiuso, assim como o computador – posso estar lendo um livro e depois conversando com meu filho e, logo em seguida, jogando xadrez ou vendo uma série.
Não podemos afirmar que uma pessoa está viciada diante de um aparelho digital – seja ele qual for – o que define o vício é o tipo de atividade que está sendo feita.
O que temos de vício bem marcante é estar o tempo todo ligado em Mídias Digitais e na conversa com pessoas online, não aproveitando o que ocorre à nossa volta no Ambiente Presencial, incluindo as pessoas que estão ali.
Nem sempre o uso do celular é viciante e ruim, depende do que se faz com ele. É bom, porém, criar hábitos que nos afastem durante um período totalmente deles.
Ele sugere:
“E assim , se quisermos exercitar o pensamento flexível exigido pelo ritmo acelerado do nosso tempo, precisamos lutar contra as constantes intrusões e encontrar ilhas de tempo para desligar.”
Mlodinow toca, de leve na questão das duas mentes.
“Se existem dois “seres” dentro de nós, isso quer dizer que somos duas pessoas ou que temos duas almas?”
E agora entramos em algo bem interessante.
“Na definição dos psicólogos , a fixação funcional é a maneira como o modo usual de pensamento pode restringir o espectro de novas ideias no contexto da utilização de uma ferramenta. Mas essa é apenas uma das manifestações da forma como o cérebro humano lida com situações desconhecidas . Pode – se chamar isso de “ inércia do pensamento ”. Assim como uma massa na primeira lei do movimento de Newton , quando apontada numa direção , a mente tende a continuar nessa direção a não ser que depare com uma força externa , o que é um empecilho para muitos de nós , impedindo – nos de ver as mudanças que melhorariam nosso nível de satisfação na vida . De maneira mais geral , prejudica a capacidade de pensar em novas abordagens e em ideias imaginativas.”
Temos aqui algo interessante para a conversa da capacidade de estar aberto a novas visões, ações e perspectivas.
Vamos na vida construindo – de forma mais ou menos criativa – carreiras profissionais em que passamos a nos orgulhar de algumas coisas.
E a pergunta que podemos fazer é a seguinte: do que você se orgulha? Dos resultados ou do processo que levou ao resultado?
Onde você coloca o seu orgulho?
Orgulho Mais no Resultado do que no Processo – você fica muito satisfeito pelo resultado obtido e pouco pelo processo que levou ao resultado;
Orgulho Mais no Processo do que no Resultado – você fica muito satisfeito pelo resultado por estar vivendo o processo e vê o resultado apenas como um pequeno ponto na caminhada.
O Orgulho Mais no Resultado do que no Processo faz com que você coloque a sua autoestima em algo fixo que, por razões óbvias, sofrerá mudanças e será questionado.
O Orgulho Mais no Resultado do que no Processo torna a sua capacidade de mudar menor, pois a sua autoestima fica mal posicionada.
Qualquer questionamento ao resultado – algo normal – afetará a sua autoestima, gerando sentimentos negativos e dificultando bastante rever o que precisa ser revisto.
Você, assim, deve colocar mais o seu orgulho mais nos processos do que nos resultados, tornando-o mais apto a mudar os seus paradigmas.
O Orgulho Mais no Processo do que no Resultado faz com que você coloque a sua autoestima em algo dinâmico – o que facilita a sua aceitação de questionamentos dos resultados.
O Orgulho Mais no Processo do que no Resultado torna a sua capacidade de mudar maior, pois a sua autoestima fica melhor posicionada.
Num orgulho melhor posicionado, qualquer questionamento ao resultado – algo normal – afetará muito pouco a sua autoestima, não gerando sentimentos negativos e facilitando a revisão do que precisa ser revisto.
O Orgulho Mais no Processo do que no Resultado é a base da Certeza Provisória Razoável, que está o tempo todo em processo de revisão.
Num Ambiente de Sobrevivência Mais Dinâmico, um orgulho mau posicionado é algo extremamente tóxico diante das mudanças necessárias.
Temos algo que ainda vai além.
Temos uma divisão do posicionamento da Autoestima:
A Autoestima Instagrante e não Empreendedora – aquela que serve para a pessoa ter troféus para mostrar aos outros e não para ajudar a alguém a resolver/minimizar determinados problemas;
A Autoestima Aprendiz e Empreendedora – aquela que a pessoas está pouco preocupada em troféus, mas quer desenvolver o seu potencial, através de processo de Potencialização de sua Criatividade Única, visando ajudar a alguém a resolver/minimizar determinados problemas.
Frases Top:
“A psicologia positiva provê meios de se conseguir isso. Suas lições são claramente úteis na vida, independentemente de nosso desejo de fomentar o pensamento flexível.”
“Em certo sentido, todos somos dois pensadores em um.”
“Mas os cientistas bem-sucedidos, os inovadores e os artistas em geral conseguem resistir e manter a capacidade de “relaxar”.”
“As emoções positivas (…) nos incitam a considerar uma gama mais ampla de pensamentos e ações características. Elas nos estimulam a criar novos relacionamentos, expandir nossa rede de apoio, explorar o ambiente e nos abrirmos para absorver informações. Essas atividades aumentam a resistência e reduzem o estresse, e é a razão por que uma postura feliz contribui para a sobrevivência e a longevidade.”
“O que nos traz à outra forma pela qual podemos relaxar nossos filtros cognitivos sem apelar para drogas ou tecnologia: simplesmente melhorando o estado de espírito.”
“Dentro de cada um de nós existem dois pensadores distintos, um lógico e um poeta, competidores de cuja luta emergem nossos pensamentos e ideias.”
De outros:
“Pensamentos cristalizados são como ideias e princípios profundamente arraigados que desenvolvemos muito tempo atrás e deixamos de questionar.” – Hannah Arendt.
“Hoje em dia, em geral, prevalece o lado que se adapta mais rapidamente.” – general David Petraeus.
“Quando existe vontade sempre se dá um jeito.” – Mãe do Mlodinow.
É isso, que dizes?
“Nepô é o filósofo da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” – Leo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções. Ele tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos. Ser capaz de encontrar e interrelacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.” – Fernanda Pompeu.
“Os áudios do Nepô fazem muito sentido no dia a dia. É fácil ouvir Nepô é colocar um óculos para enxergar a realidade.” – Claudio de Araújo Tiradentes.
Tenho duas sugestões para que você possa apoiar e participar do nosso projeto:
a) entrar para a escola na décima primeira imersão batizada de Felicidade 2.0. O valor é de R$ 500,00, ficando até o final de junho de 2024.
Terá com isso: áudios de 18 minutos todos os dias, acesso ao novo livro “Sapiens 2.0: como viver melhor em um mundo muito mais descentralizado, dinâmico e inovador?”, participação nas lives mensais lives.
Basta depositar no pix / cnepomu@gmail.com
b) caso esteja sem tempo para entrar para a escola, mas gosta muito do nosso projeto, peço que colabore com um PIX para mantê-lo vivo, pode depositar qualquer valor no seguinte e-mail: cnepomu@gmail.com
Quem depositar qualquer valor, poderá fazer os cursos avulsos que faremos ao longo do semestre.
Agradeço à adesão à escola ou a colaboração via PIX para o nosso projeto.
Forte abraço,
Nepô.
Com prazer informo que meu novo livro foi este mês para as livrarias. Já está à venda na Amazon: https://a.co/d/3r3rGJ0