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#Micos Conceituais – identificando Conceitos Micos no mercado.
Quais são as questões do artigo?
- artigo critica o conceito “Era da Pós-Verdade” ou “Pós-Verdade” considerado por nós um Mantra do Senso Comum, a partir da Narrativa Bimodal.
O vascaíno da banca.
Os avanços que ocorreram na Narrativa Bimodal, a partir deste artigo:
- Conceitos Micos, Efeito Manada, Crise dos Filtros da Sobrevivência, Filtros da Sobrevivência, Melhores Verdades, Filtros de Sobrevivência do Ambiente Sonoro, Filtros de Sobrevivência, Filtros da Sobrevivência Endógenos, Filtros da Sobrevivência Exógenos, Taxa do Percepcionismo e Percepcionismo.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Não pague mico, conceitos como Bani, Vuca e Pós-Verdade são bons para se divertir em cima deles e não para explicar o atual cenário.
- A Ciência Social 1.0 não previu, não entende e não consegue prognosticar o que vai ocorrer a partir do Digital.
- A criação, disseminação e aceitação pelas pessoas de Conceitos Micos é claramente um sintoma da profunda crise da Ciência Social 1.0.
- A chegada da Civilização 2.0 (e não do Mundo Vuca ou Bani ou da Pós-Verdade) passou a estabelecer novas formas de produzir e filtrar as Melhores Verdades.
- Mudou a mídia, mudou a forma de produção e filtragem das Melhores Verdades.
- O Conceito Mico da “Era da Pós-Verdade” é um bom exemplo da análise do atual cenário feita por Percepcionistas e não por Padronistas.
- Não existe nada menos verdade do que o conceito Pós-Verdade e Era da Pós-Verdade.
- Na Civilização 2.0, a produção e filtragem das Melhores Verdades passam a ser feitas de uma forma muito mais participativa e horizontalizada.
Vamos ao Artigo:
“Não temos um problema de excesso de informação, mas de filtros.” – Clay Shirky.
De vez em quando, sou provocado a analisar determinados conceitos que se disseminaram na sociedade não pela sua capacidade de explicação, mas, principalmente de divulgação.
Vejamos os dois motivos pelos quais conceitos se disseminam:
- Capacidade de Divulgação – que nem sempre têm lógica mais consistente e se massificam não pelo que se diz, mas por quem diz. Em geral, têm vida mais curta;
- Capacidade de Explicação – que têm lógica mais consistente e se massificam não por quem diz, mas pele que diz. Em geral, têm vida mais longa.
Querem um exemplo?
Vamos ao Dr. Google:
“O conceito de Mundo BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible — Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível) foi cunhado pelo antropólogo norte-americano Jamais Cascio e se tornou conhecido em 2020.”
Repare que o criador do conceito “Mundo BANI” está se referindo não ao que está acontecendo, mas como as pessoas se sentem diante das atuais mudanças.
O mesmo ocorre com o conceito “Mundo Vuca”.
Vamos ao Dr. Google:
“A expressão Mundo VUCA foi usada pela primeira vez na década de 90 para se referir ao mundo incerto pós-Guerra Fria, pela United States Army War College. O termo VUCA é a abreviação das letras iniciais das palavras Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade)”
Vejamos os adjetivos Fragilidade, Ansiedade, Incompreensão, Incerteza, Ambiguidade, Complexidade são todas sensações que temos diante de fenômenos desconhecidos.
São adjetivos que expressam como nos sentimos diante dos fenômenos e não sobre o fenômeno em si.
Os adjetivos não linear e volatilidade são mais uma tentativa de definir o fenômeno do que as sensações.
Aqui, podemos dividir as análises de um determinado fenômeno que modifica bastante a sociedade humana da seguinte maneira:
- Confusão Conceitual – quando procuro definir o mundo, a partir das minhas sensações;
- Explicação Conceitual – quando supero as minhas sensações e procuro os padrões do fenômeno.
Todas a teoria, seja ela qual for, começa com uma percepção.
Os Conceitos Micos VUCA e BANI e agora Pós-Verdade (que vamos analisar neste artigo) expressam um espanto diante de um fenômeno, mas não um explicação razoável.
Na Bimodais, definimos esse tipo de situação de Mudança DRED (Disruptiva, Rápida, Estrutural e Desconhecida).
Repare bem que NÃO estamos procurando definir a Era, o Mundo, a Civilização como DRED (Disruptiva, Rápida, Estrutural e Desconhecida), mas o tipo de mudança, que causa diversas sensações.
E aí sim, podemos dizer que uma Mudança DRED provoca tudo isso que as pessoas estão percebendo: Fragilidade, Ansiedade, Incompreensão, Incerteza, Ambiguidade, Complexidade.
Não vivemos, assim, um Mundo Vuca ou Bani, mas estamos diante de uma Mudança DRED, que provoca estas sensações.
E aí passamos a analisar e a apresentar um diagnóstico.
A chegada do Digital é uma Mudança DRED (Disruptiva, Rápida, Estrutural e Desconhecida).
As Autoridades da Verdade – pessoas mais influentes que têm mais facilidade para disseminar conceitos – não estão conseguindo enxergar o fenômeno, mas apenas as sensações que eles provocam.
E aí temos o Efeito Manada, que é o uso de determinado conceito, mesmo sem lógica, que as pessoas vão utilizando, pois:
- precisam de uma explicação qualquer;
- precisam mostrar que estão “por dentro das coisas”.
Vivemos hoje este momento particular na sociedade humana, quando estamos diante de uma Mudança DRED (Desconhecida, Rápida, Estrutural e Desconhecida).
Vivemos o que Thomas Kuhn (1922 – 96) definiu como anomalia científica.
A Ciência Social 1.0 não previu, não entende e não consegue prognosticar o que vai ocorrer a partir do Digital.
A criação, disseminação e aceitação das pessoas de Conceitos Micos é claramente um sintoma da profunda crise da Ciência Social 1.0.
Entre os Conceitos Micos que circulam por aí temos também a “Era da Pós-Verdade”.
Dr. Google nos diz:
“Era da Pós-verdade: situação na qual, na hora de criar e modelar a opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais.”
Como os Conceitos Micos Vuca e Bani, temos aqui na “Era da Pós-Verdade” um problema de perceber sintomas diante de um fenômeno, mas não o fenômeno em si.
O Conceito Mico “Era da Pós-Verdade” tem, entretanto, um outro tipo de equívoco.
- “Vuca” e “Bani” transferem sensações das pessoas diante de um mundo novo, batizando o mundo novo, a partir delas
- “Era da Pós-Verdade” interpreta a confusão diante da produção da verdade, batizando este momento conjuntural, típico de mudanças de mídia, como se fosse uma era.
Temos hoje uma Crise dos Filtros da Sobrevivência.
Filtros da Sobrevivência são métodos que a sociedade escolhe para, de um jeito mais rápido, escolher as formas de agir e pensar mais adequadas.
A chegada da Civilização 2.0 (e não do Mundo Vuca ou Bani ou da Pós-Verdade) passou a estabelecer novas formas de produzir e filtrar as Melhores Verdades.
E aí precisamos definir o que estamos entendendo como verdade.
Verdade ou o que é Mais Verdade são as propostas de formas de agir e pensar que se apresentam mais adequadas para que possamos viver cada vez melhor.
O Sapiens cria Filtros de Sobrevivência, conforme a mídia de plantão, para que possa escolher as Melhores Verdades.
Note que a produção das Melhores Verdades são TOTALMENTE influenciadas pelas mídias.
Mudou a mídia, mudou a forma de produção e filtragem das Melhores Verdades.
A mudança da produção das Melhores Verdades:
- antes da Internet, a produção das Melhores Verdades era toda feita de forma mais verticalizada, dentro do Ambiente de Sobrevivência Sonoro;
- depois da Internet, a produção das Melhores Verdades passa a ser feita de forma mais horizontalizada, dentro do Ambiente de Sobrevivência Digital.
Como diz Clay Shirky – influenciador digital americano – não vivemos um problema de excesso de informação, mas de filtros.
Os Filtros de Sobrevivência do Ambiente Sonoro eram feitos de uma maneira e agora no Ambiente Digital precisamos criar uma nova forma de produção das Melhores Verdades.
Não é, portanto, uma “Era da Pós-Verdade“, mas um momento, como outros recorrentes da história, quando após a chegada de novas Mídias Mais Descentralizadas, o Sapiens precisa criar novos Filtros de Sobrevivência, que permitam separar o que é mais do menos verdadeiro.
Temos dois tipos de Filtros da Sobrevivência:
- Filtros da Sobrevivência Endógenos – que é a nossa capacidade de usar novas Funções da Mente mais Identificadoras, Revisoras e Reformatadoras para identificar as Melhores Verdades;
- Filtros da Sobrevivência Exógenos – que vem da nossa capacidade de criar e usar novas metodologias e tecnologias, que nos ajudem na filtragem, tais como a Inteligência Artificial das Melhores Verdades.
O Conceito Mico da “Era da Pós-Verdade” é um bom exemplo da análise do atual cenário feita por Percepcionistas e não por Padronistas.
Hoje, temos uma baixa capacidade de Teorização e um aumento da Taxa do Percepcionismo.
Percepcionismo se caracteriza pela adesão das pessoas a formas de pensar e agir, que são pouco baseadas em teorias mais consistentes.
Temos a seguinte bifurcação na análise de qualquer fenômeno:
- Percepcionismo – a explicação do fenômeno baseado nas sensações (que gera os conceitos BANI, VUCA ou Pós-Verdade);
- Padronismo – a explicação do fenômeno baseado em padrões, que superam, com trabalho de revisão e reflexão as sensações (que gera o conceito Civilização 2.0).
Os conceitos “Era da Pós-Verdade” ou “Pós-Verdade” são um exemplo bem claro da Alta Taxa de Percepcionismo que temos hoje na sociedade.
Não existe nada menos verdade do que o conceito Pós-Verdade e Era da Pós-Verdade.
Faltam bases científicas para a defesa da Era da Pós-Verdade.
O que temos hoje, de fato, é uma crise da Filtragem da Sobrevivência, que precisam ser desenvolvidos para que possamos aprender a operar num mundo, na qual as Melhores Verdades serão criadas de uma nova maneira.
Na Civilização 2.0, a produção e filtragem das Melhores Verdades passam a ser feitas de uma forma muito mais participativa e horizontalizada.
Não é, assim, a Era da Pós-Verdade, mas um momento de passagem da Produção e Filtragem das Melhores Verdades 1.0 para a 2.0.
Não pague mico, conceitos como Bani, Vuca e Pós-Verdade são bons para se divertir em cima deles e não para explicar o atual cenário.
É isso, que dizes?
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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL:NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO).
GRIFOS EM ITÁLICO E VERMELHO: DESCRIÇÃO DE CONCEITOS BIMODAIS CLÁSSICOS.
GRIFOS EM ITÁLICO E ROXO: DESCRIÇÃO DE NOVOS CONCEITOS BIMODAIS.
GRIFOS EM NEGRITO E VERDE: NEOLOGISMOS BIMODAIS PARA MELHORAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E MARROM: HASHTAGS BIMODAIS PARA ORGANIZAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E LARANJA: SÃO AS REGRAS BIMODAIS DENTRO DA NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E ROSA: SÃO AS PROJEÇÕES BIMODAIS.