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#Daniel Pink – conhecendo a forma de pensar deste autor.
Frases de Divulgação do Artigo
- Não vivemos uma Revolução Industrial ou da Motivação, mas uma Revolução Civilizacional detonada por uma nova mídia, que promove mudanças na Indústria e na motivação.
- Hoje, as Organizações Tradicionais trabalham sobre uma Placa-Mãe da Sobrevivência, que se tornou obsoleta por causa do aumento populacional.
- O problema de Pink é o mesmo de outros que tentaram entender o Digital, a partir das Ciências Sociais Tradicionais: confundem a consequência com a causa.
- A Teoria de Pink sobre a Motivação 3.0 é fraca.
- O problema de Pink, como de vários outros autores, é não entender que as Ciências Sociais estão vivendo a sua maior crise, desde que foram criadas.
- No novo Ambiente Digital ficou muito mais fácil e barato interagir e, por isso, temos mais projetos cooperativos.
- Quanto mais gente temos no mundo, mais e mais precisamos criar modelos mais distribuídos para resolver nossos problemas.
- Mudanças na motivação das pessoas existem no Pós-Digital, mas são consequências da Revolução Civilizacional 2.0 e não a causa.
Mapa(s) Mental (is) do Artigo:
Vamos ao Artigo:
“Trabalhos rotineiros, menos interessantes, exigem direção; trabalhos não rotineiros, mais interessantes, dependem de autonomia.” – Pink.
Pink é um Autor Excelentista, que resolveu não comprar uma Visão de Cenário pronta.
Ele decidiu, por conta própria, fazer a sua.
Note que na Jornada de Leitura Excelentista Bimodal:
- Joel Moraes foi de Vuca.
- Goleman de Sociedade do Conhecimento.
- Pink inventou a sua Personal Teoria sobre o Digital.
- E os outros nem tocaram no assunto.
O problema da teoria criada por Pink é o mesmo de outros que tentaram entender o Digital, a partir das Ciências Sociais Tradicionais: confundem a consequência com a causa.
Não vivemos, por exemplo, uma Revolução Industrial, mas uma Revolução Civilizacional detonada por uma nova mídia, que promove mudanças na Indústria.
A febre (mudanças nos setores) é apenas o sintoma da pneumonia (Revolução Civilizacional) e não a causa.
Se eu tento entender o novo cenário, a partir dos setores vou me perder completamente.
As mudanças na motivação humana apontadas por Pink no Pós-Digital são consequências da Revolução Civilizacional e não o motivo.
A Teoria de Pink é Fraca, ou melhor, é uma Pré-Teoria, pois não consegue:
- definir claramente a essência do fenômeno;
- apontar as causas;
- e comprová-las, de forma consistente, em Recorrências Históricas.
Pink acerta em alguns pontos:
- que existe uma espécie de Sistema Operacional da sociedade, que se modifica no tempo:
- “Em geral, não pensamos muito nos sistemas operacionais.” //”Sociedades também têm sistemas operacionais. As leis, os costumes sociais e os acordos econômicos que permeiam nosso dia a dia revestem uma camada de instruções, protocolos e suposições sobre como o mundo funciona.”
- que estamos promovendo uma Mudança Civilizacional, que afeta fortemente a motivação:
- “Com o avançar do século XX, em que as economias se tornaram ainda mais complexas e as pessoas tiveram que empregar habilidades novas e mais sofisticadas, a abordagem da Motivação 2.0 começou a encontrar certa resistência.”
- que há uma demanda por um tipo de Motivação (que ele denomina 3.0), que é mais autônoma e que vai de encontro a algo inato dos seres humanos:
-
- “Os seres humanos possuem um impulso interno inato para serem autônomos, autodeterminados e conectados uns com os outros.”
Note que ele atribui essas mudanças por que “as economias se tornaram ainda mais complexas” ou “por causa do surgimento do código aberto”.
Ele acredita, a partir da sua teoria, de que estamos criando uma nova motivação totalmente nova neste novo século, na qual o ser humano vai viver de forma mais autônoma.
Pink consegue perceber a dimensão civilizacional da mudança, de que é uma alteração no “sistema operacional” e que temos, a partir disso “bugs da Motivação 2.0.”.
A Motivação 2.0 está dentro do Sistema Operacional da “administração científica”:
“Taylor inventou, no início do século XIX, o que chamou de “administração científica”. Sua invenção foi uma forma de “software” habilmente composta para rodar na plataforma Motivação 2.0. E foi ampla e rapidamente adotada.”
Pink foi bem longe com as precárias ferramentas conceituais que tinha nas mãos.
Entretanto, o Sapiens NÃO tem uma Plataforma Motivacional, que se altera no tempo.
O Sapiens tem uma Plataforma de Comando e Controle, que se altera no tempo e isso afeta algumas áreas de nossas atividades, a saber: Como interagimos? Como conhecemos? Como nos informamos? Como nos motivamos?
O que ele denomina “Sistema Operacional” é o que chamamos aqui na escola de Ambiente de Sobrevivência para nos manter vivos.
A Sobrevivência é sempre o fim último de qualquer ser vivo, que se utiliza de Ferramentas de Sobrevivência para isso.
O conhecimento, a informação, as redes, a interação, a indústria, a motivação são ferramentas de sobrevivência, são meios, de algo maior, que é a Plataforma de Sobrevivência.
A Plataforma de Sobrevivência, que pode ser chamada também de Sistema Operacional de Sobrevivência, ou ainda melhor, de Placa-Mãe da Sobrevivência tem as seguintes forças determinando a sua topologia:
- tamanho da população;
- mídias disponíveis;
- macro modelo de comando e controle.
As mídias influenciam as mudanças na Placa-Mãe da Sobrevivência, que precisam se sofisticar por causa do aumento da Complexidade Demográfica.
O Sapiens é uma Tecno Espécie e, por causa disso, tem uma Placa-Mãe da Sobrevivência Progressiva.
Hoje, as Organizações Tradicionais trabalham sobre uma Placa-Mãe da Sobrevivência, que se tornou obsoleta por causa do aumento populacional.
A Placa-Mãe de Sobrevivência 1.0 tem determinadas regras de funcionamento, que são diretamente ligadas às mídias existentes.
Existe uma Lógica de Comando e Controle, que exige a presença de um Gestor, controlando os processos, via oralidade e escrita.
A Placa-Mãe de Sobrevivência 2.0 tem novas regras de funcionamento, que são diretamente ligadas às novas mídias existentes.
O que vivemos hoje, entretanto, diferente dos ajustes incrementais que tivemos no passado é uma mudança disruptiva na Placa-Mãe da Sobrevivência.
O Uber não é uma continuação de uma cooperativa de táxi, mas algo que tem uma Lógica de Comando e Controle totalmente nova.
Pink, na verdade, percebe a mudança, mas não consegue explicá-la de forma adequada:
- “Talvez esteja na hora de atirar a própria palavra “gerenciamento” na pilha de cinzas linguísticas, junto com “cinematógrafo” e “carruagem sem cavalo”.”
Ele fala de obsolescência do modelo, mas qual modelo Pink?
Diz ele:
“Pesquisadores como Teresa Amabile, da Harvard Business School, descobriram que recompensas e punições externas – tanto as cenouras quanto os chicotes – podem funcionar bem com tarefas algorítmicas, mas podem ser devastadoras para tarefas heurísticas.”
Falaremos mais de tarefas Heurísticas e Algorítmicas no segundo artigo, mas o que é importante destacar é o seguinte:
A Placa-Mãe da Sobrevivência 1.0 é filha das Mídias do Pré-Digital.
O Modelo de Comando e Controle 1.0 (Gestão) foi o melhor que conseguimos fazer com as mídias disponíveis.
O Modelo de Comando e Controle 1.0 (Gestão) nos permitiu chegar a oito bilhões de habitantes e isso foi um mérito do modelo.
Todos os oito bilhões de sapiens, que vivem neste planeta, precisam agradecer a Placa-Mãe da Sobrevivência 1.0, pois foi ela que nos trouxe até aqui.
Porém, uma Tecnoespécie, de tempos em tempos, por que aumenta a população, precisa renovar a sua Placa-Mãe da Sobrevivência.
Há, de fato, uma obsolescência da Placa-Mãe da Sobrevivência, que foi entrando em crise pelos seus próprios méritos.
É como alguém que é tão bom em colher laranjas, que precisam se reinventar para conseguir administrar um número muito maior de frutas.
Com o aumento populacional, fomos centralizando cada vez mais a Placa-Mãe da Sobrevivência e criando problemas, que só agora, no Digital, temos a possibilidade de começar a solucioná-los.
A Centralização da Placa-Mãe da Sobrevivência 1.0 foi gradualmente aumentando o que Pink chama de “cenouras e chicotes”, um controle mais centralizado e com menos autonomia.
Foi o que foi possível com as mídias que tínhamos disponíveis.
O modelo foi ficando cada vez mais obsoleto não por que:
- “…grande parte das empresas ainda permanece deploravelmente atrás da ciência.”
Não.
A ciência está em crise também Dr. Pink!
O modelo foi ficando obsoleto, pois ele permitiu que aumentássemos a população e o aumento da complexidade, tornou-o obsoleto, demandando um mais sofisticado!
A ciência que estuda a motivação percebe, ao comparar Wikipédia com as Enciclopédias em CD, que algo novo existe no ar.
E que há uma demanda por mais e mais autonomia das pessoas, mas isso só é possível perceber se fizermos uma revisão disruptiva das Ciências Sociais Tradicionais.
Explico.
As Ciências Sociais têm no seu epicentro uma Filosofia Social.
A Filosofia Social basicamente define quem é o humano e como ele avança ao longo da história.
Hoje, estamos vivendo uma Anomalia das Ciências Sociais, pois é preciso rever a nossa essência e o Motor da História.
Somos uma Tecnoespécie, que, por causa disso, aumenta a população e precisa reajustar a Plataforma de Sobrevivência ao longo do tempo.
As explicações sobre o Motor da História das Ciências Sociais Tradicionais não conseguem explicar o que está ocorrendo no Pós-Digital.
As Ciências Sociais Tradicionais ignoraram as seguintes forças e seus efeitos na sociedade:
- a demografia;
- as tecnologias;
- as mídias;
- os macro modelos de sobrevivência;
- as relações entre estas forças;
- e as variações que estas forças têm provocado ao longo da história.
Por causa destas omissões, passou a ser IMPOSSÍVEL, utilizando os paradigmas das Ciências Sociais Tradicionais, compreender o novo cenário Pós-Digital.
Vivemos hoje, sem dúvida nenhuma, a Maior Crise Epistemológica das Ciências Sociais, desde que foram criadas.
Pink, assim, tentou explicar o novo cenário, aceitando uma falsa premissa de que a grande mudança está na motivação humana.
Mudanças na motivação são consequências da Revolução Civilizacional 2.0 e não causa.
Para entender o Digital é preciso:
- rever os paradigmas estruturais das Ciências Sociais Tradicionais;
- e, só então, procurar explicações gerais e específicas para várias mudanças.
O que ocorre nas Revoluções Civilizacionais – isso se comprova no passado – é um aumento da inovação, do empreendedorismo, da motivação quando há um aumento da Taxa de Interação entre as pessoas.
Quanto mais as pessoas diferentes e distantes podem interagir, mais chance temos de criar coisas novas!
(Gosto bem mais da explicação neste aspecto de Clay Shirky (Influenciador Digital Americano) que criou o conceito de Excedente Cognitivo, que passa a ser direcionado para atividades interativas e de cooperação.)
Na nova Plataforma de Sobrevivência 2.0 ficou muito mais fácil e barato interagir e, por isso, temos mais projetos cooperativos.
O Digital, assim, NÃO está inventando uma nova motivação, mas permitindo que as pessoas possam ter mais liberdade para interagir, criar e promover atividades conjuntas.
Concordo com Pink que:
“Os seres humanos possuem um impulso interno inato para serem autônomos, autodeterminados e conectados uns com os outros.”
Mas para que isso “saia do armário” é preciso uma Plataforma de Sobrevivência que seja compatível com a nova complexidade demográfica.
O que antes não era possível.
Quem é o autor?
Daniel H. Pink (nascido em 1964) é um autor de livros sobre trabalho, gestão, e ciência comportamental.
Objetivo:
- “Este é um livro sobre motivação. Mostrarei que grande parte de nossas crenças sobre o assunto está equivocada.”
- “…grande parte das empresas ainda permanece deploravelmente atrás da ciência.”
- “…a maioria das empresas não se atualizou nessa nova compreensão do que nos motiva.”
- “Há muito tempo existe um desencontro entre o que a ciência sabe e o que as empresas fazem. O objetivo deste livro é suprir essa lacuna.”
- “A melhor forma de evitar as sete falhas mortais dos motivadores extrínsecos é evitá-los por completo ou minimizá-los significativamente, substituindo-os por ênfase nos elementos da motivação mais profunda – autonomia, excelência e propósito – que exploraremos adiante neste livro.”
- Então, temos uma escolha. Podemos nos agarrar a uma visão da motivação humana fundamentada mais nos velhos hábitos do que na ciência moderna. Ou podemos ouvir as pesquisas, trazer nossa empresa e nossas práticas pessoais para o século XXI e forjar um novo sistema operacional para ajudar a nós mesmos, nossas empresas e nosso mundo a funcionar um pouco melhor. Não será fácil. Não vai acontecer da noite para o dia. Portanto, mãos à obra.
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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO).
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL SUBLINHADO:LINKS PARA AS HASHTAGS BIMODAIS.
GRIFOS EM ITÁLICO E VERMELHO: DESCRIÇÃO DE CONCEITOS BIMODAIS CLÁSSICOS.
GRIFOS EM ITÁLICO E ROXO: DESCRIÇÃO DE NOVOS CONCEITOS BIMODAIS.
GRIFOS EM NEGRITO E VERDE: NEOLOGISMOS BIMODAIS PARA MELHORAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E MARROM: HASHTAGS BIMODAIS PARA ORGANIZAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E LARANJA: SÃO AS REGRAS BIMODAIS DENTRO DA NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E ROSA: SÃO AS PROJEÇÕES BIMODAIS.
[…] como vimos no primeiro artigo, procurou desenvolver uma teoria sobre a qual fizemos várias […]