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#Angela Duckworth – conhecendo a forma de pensar deste autor.
Mapa(s) Mental (is) do Artigo:
As frases criadas para divulgação do artigo:
- Angela quer nos ajudar a ter uma vida de mais excelência naquilo que consideramos ser “a nossa praia”.
- Do talento nativo até um processo maduro de excelência há um gigantesco, continuado, obstinado esforço pessoal.
- O que a nossa Mente Cachorrinho mais quer na vida é fazer coisas que ela gosta e, por causa disso, ficar balançando o rabinho.
- Angelando: o talento é apenas uma semente e não a planta ou o jardim.
- A Felicidade não é um lugar, mais um processo de bem estar continuado.
- Esforçofobia – Nossa tendência tóxica e continuada e de ver o sucesso do outro apenas como algo mágico e NÃO construído.
- O Segundo Eu é uma criação humana, que nos permite olhar para as nossas formatações e alterá-las.
- O Primeiro Eu é tudo aquilo que “veio de fábrica” e precisa ser revisado, conforme vamos amadurecendo.
Vamos ao artigo:
“…aquilo que conseguimos na vida talvez dependa mais de nossa paixão e perseverança do que de um talento inato.” –Angela Duckworth.
Aqui, na primeira etapa da absorção da leitura do livro “Garra” da Adriana Duckworth, é o momento dentro da Metodologia de Leitura Bimodal de, depois da leitura, escrever sobre o que foi lido.
Agora, estou dividindo a divulgação das leituras em três etapas:
Vamos à Contextualização.
Porém, permitam-me uma digressão.
- O objetivo da leitura de um livro numa Escola de Pensamento, como é o caso da BIMODAIS, é diferente de um site que faz resumo de livros;
- Meu objetivo na leitura não é procurar entender o que o autor diz e passar para as pessoas, para isso existem sites específicos;
- O que procuro quando leio um livro é saber o que aquele autor pode colaborar para aprimorar a Narrativa da Escola;
- É uma leitura direcionada para agregar algo;
- Por isso, não há uma preocupação de resumir o livro, mas de absorver aquilo que o livro pode nos trazer, conhecer o Modus Pensante do autor, comparar o autor com outros e sair da leitura com algo que possa melhorar a forma como pensamos;
- A leitura para uma Escola de Pensamento, portanto, é uma metodologia específica.
Dito isso, vamos em frente.
Angela Duckworth é uma Autora Renascentista.
Autores Renascentistas são aqueles que estão ajudando o Sapiens a lidar melhor com as Macrotendências da atual Revolução da Sobrevivência 2.0.
Angela tem como objetivo ajudar as pessoas, começando na infância, a serem mais completas, através do que vou chamar de um processo da Personal Jornada de Excelência.
Melhor dizendo.
O foco de Angela é o de nos ajudar a aumentar a taxa de uma vida mais saudável, através da procura continuada e esforçada da excelência naquilo que consideramos ser “a nossa praia“.
Angela vai fundo na apresentação de reflexões sobre pesquisas de outros e das próprias na procura da excelência.
Acredito que o livro poderia se chamar:
Excelência ao invés de Garra.
Ou a Garra na direção da Excelência.
Vou destacar, nesta Contextualização, três pontos altos do livro dela, que mais me chamaram a atenção:
- o aprofundamento da Personal Jornada da Excelência – que me jogou para outro patamar em termos de clareza sobre este tema;
- a luta da autora contra os preconceitos de quem se esforça, que chamei de Esforçofobia;
- e a maravilhosa dica de promover a Hierarquização das Metas – quando criamos um mapa para separar o muito importante, do importante e do pouco importante diante das nossas preocupações.
Vamos aos três tópicos.
Personal Jornada da Excelência
Uma vida mais saudável é aquela que conseguimos, gradualmente, aumentar a Taxa de Potencialização de nossas vocações nativas.
Angela tem uma teoria sobre isso, que eu resolvi interpretar ao meu modo, destacando dividindo em quatro etapas:
- Capacidade – a descoberta, através de esforço, de nossos talentos natos, que nos facilitam exercer mais determinadas atividades do que outras;
- Habilidade – o desenvolvimento, através de esforço, de nossas capacidades para que virem atividades;
- Atividade – o desenvolvimento, através de esforço, de nossas habilidades em atividades, que nos permitam ganhar dinheiro e sobreviver, servindo a determinados clientes;
- Excelência – a revisão e a melhoria continuada, diária, das três etapas anteriores.
Todo o processo de personalização, onde se inclui a busca da Personal Jornada da Excelência, implica NECESSARIAMENTE o desenvolvimento do que chamamos na BIMODAIS de Primeiro Eu.
O Primeiro Eu é tudo aquilo que herdamos, de forma genética e cultural, sem grandes reflexões.
De maneira geral, a grande maioria das pessoas vive apenas o Primeiro Eu, com algumas pequenas variações.
O aumento da taxa da personalização implica na criação continuada do Segundo Eu.
O Segundo Eu implica num continuado processo de abstração, que nos permite, gradualmente, enxergar a nós mesmos como se estivéssemos olhando de fora para dentro.
Quando procuramos o processo de excelência, na verdade, estamos trabalhando com a “musculação” do Segundo Eu sobre o Primeiro Eu, vendo aquilo que deve ser desenvolvido e o que deve ser descartado.
Tudo aquilo que melhora nossa nossas capacidades, habilidades e atividades e o que piora.
“…a maioria das pessoas primeiro se sentem atraídas por coisas de que gostam e só mais tarde descobrem que esse interesse pessoal pode beneficiar outras pessoas.” //“O talento é a rapidez com que as habilidades de uma pessoa aumentam quando ela se esforça. Êxito é o que acontece quando essa pessoa utiliza as habilidades adquiridas.”
Assim, se compararmos com um computador, temos:
- a capacidade é igual a uma placa-mãe;
- que precisa de um sistema operacional (que é a habilidade);
- que nos permite chegar aos aplicativos, uma forma de ganhar dinheiro com nossas habilidades criadas;
- e, por fim, um processo de melhoria contínua na placa-mãe, no sistema operacional e nos aplicativos.
Nós somos o “programador” na atividade contínua de criar o “computador” da nossa vida mais personalizada, procurando atingir sempre o potencial máximo (a excelência).
A luta contra a Esforçofobia
Angela é uma “militante” contra – o que vou batizar de Esforçofobia.
Ela diz existir:
“…um preconceito oculto contra aqueles que chegaram aonde estão porque se esforçaram e uma preferência oculta por aqueles que, em nosso entender, conquistaram o que têm graças a um talento natural.”
A Esforçofobia é uma característica humana de não querer enxergar o esforço daqueles que conseguiram atingir seus objetivos.
Esforçofobia é uma tendência tóxica e continuada e de ver o sucesso do outro apenas como algo mágico e NÃO construído.
As razões para uma alta Taxa Esforçofobia na sociedade são variadas, mas fiquemos por uma mais simples que me parece mais razoável.
Se alguém chega a um determinado lugar e eu atribuo isso a um diferencial genético, a uma loteria dos genes, posso dizer “eu não tive a sorte de comprar aquele bilhete como aquele cara”.
Mas se eu tomo consciência de que determinada pessoa chegou a um determinado objetivo muito pelo próprio esforço e eu não me esforcei como ele, eu tenho que assumir as minhas responsabilidades e, com elas, as frustrações.
A Esforçofobia, assim, é uma forma malandra que inventamos para evitar encarar de frente nossas dificuldades de criar vidas mais significativas.
Ela diz sobre isso:
“…quando não conseguimos ver com clareza como a experiência e o treinamento levaram uma pessoa a um nível de excelência que esteja nitidamente acima da média, nossa reação automática é declarar que essa pessoa tem um “dom inato”. //”..mitologizar o talento nato nos livra de responsabilidade. Faz com que possamos relaxar e aceitar o status quo.”
Passemos ao outro e último ponto alto do livro de Angela.
Hierarquização das Metas
Achei bem relevante o mapa da Hierarquização das Metas.
- Metas Superiores;
- Metas Intermediárias;
- Metas Inferiores.
Aqui, entra o conceito filosófico de felicidade, que é o fim último de todas as pessoas, que entra no tópico Metas Superiores.
Ela diz:
“…quanto mais alta for a meta nessa hierarquia, mais abstrata, geral e importante ela é. Quanto mais alta for a meta, mais ela é um objetivo em si, e menos será apenas um meio para um fim.” //”A meta de nível superior não é um meio para algum outro fim. Ela é, na verdade, um fim em si.” //”Eu penso nessa meta como uma bússola que confere direção e significado a todos os outros objetivos abaixo dela.”
Se você consegue um Estado de Bem Estar Continuado, não se pode perguntar por que você está fazendo algo, pois simplesmente você vai dizer; “por que eu estou me sentindo bem fazendo isso” e ponto final.
O Bem Estar Continuado que cada um sente não pode ser contestado de fora para dentro. É um critério de Felicidade Endógena. É o fim para qual todos os outros meios devem servir.
O que Angela defende é que uma pessoa que tem uma vida progressivamente mais saudável na Personal Jornada da Excelência, estabelece uma Meta Superior, que vai conseguir balizar todas as outras.
A Meta Superior é o objetivo final de todas as outras metas: um Estado de Bem Estar Continuado
A Meta Superior está ligada diretamente, a meu ver, na relação da pessoa com a sua Mente Cachorrinho.
A Mente Cachorrinho é um conjunto de demandas que nossa mente tem e que se sente bem quando determinadas coisas acontecem na nossa vida.
A Mente Cachorrinho não é algo que controlamos, mas aprendemos a nos relacionar com ela.
O Estado de Bem Estar Continuado nada mais é do que uma relação saudável com a nossa Mente Cachorrinho.
Quando alguém consegue criar uma atividade continuada, na qual a Mente Cachorrinho balança o rabo e energiza a vida da pessoa, isso não precisa de justificativa.
Isso não é a meta, mas um fim em si mesmo.
Ver a Mente Cachorrinho balançando o rabinho a maior parte do tempo é o objetivo de todos nós numa vida mais saudável.
A partir dessa definição de uma meta geral, se define as intermediárias e as inferiores para que isso seja possível.
Ou seja, a pessoa que tem uma Meta Superior mais clara e definida tem como hierarquizar os acontecimentos e dar importância relativa a cada um deles.
O que aumenta, na linha do Goleman (ver a análise que fiz aqui) a Taxa de Inteligência Existencial da pessoa.
Assim, há uma graduação entre a Meta Estrutural (ou Superior) das demais, que vão tendo peso diferente na sua vida.
Conclusão
O livro tem uma conversa muito interessante e instrutiva na direção de uma vida mais plena, personalizada e que gera um Bem Estar Continuado, que podemos chamar de Felicidade Saudável.
Falaremos mais na sequência, quando vamos entrar no processo de Dialogação com a autora.
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Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.
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