Link encurtado: https://bit.ly/artigobimodal140921
Introdução
O presente artigo tem a (s) seguinte hashtag (s):
- #justiça_2.0 – a Justiça Digital é uma proposta de metodologia para se aproveitar ao máximo das novas Tecnopossibilidades na Justiça Digital (que pode ser chamada também de Justiça 2.0);
- #Inovação_Progressiva – atividade obrigatória de uma Tecnoespécie, que aumenta sistematicamente a população;
- #futuro_setorial – aplicação da Narrativa Bimodal Geral em diferentes setores.
(O nome mais adequado, para uso interno da escola, pode ser o da Justiça Mais Ágil).
O texto é um Artigo Bimodal Rompedor, pois é a primeira vez que abordamos tais questões dessa maneira.
É um Artigo Bimodal Fenomenológico (estudo do fenômeno), com aplicação no Futuro da Justiça. Não é, portanto, um Artigo Epistemológico (organizativo), pois NÃO trabalha com o detalhamento do Arcabouço Conceitual e nem com questões Aplicalológicas (aplicação dos estudos).
Resumo do artigo em tabela:
Vamos ao artigo:
“O mundo futuro seria medonho se a invenção e a descoberta cessassem.” – Ridley.
Acredito que boa parte do diálogo sobre o Futuro da Justiça tem vários pontos em comum com o que escrevemos sobre o Futuro da Ciência, neste artigo.
Em primeiro lugar, é preciso entender que tanto a Justiça, como Educação, Política Alimentação, Habitação, entre todos os outros setores, fazem parte das Ferramentas de Sobrevivência Setoriais do Sapiens.
Assim, é preciso Futurar na Justiça em três etapas:
- entender como o Sapiens avança na história para sobreviver;
- qual é o papel da Justiça no contexto geral da sobrevivência;
- e, por fim, como tudo isso pode ser projetado no futuro.
É um erro enorme tentar Futurar na Justiça sem cumprir estes passos, ainda mais agora que o Digital nos mostrou que precisamos de um disruptivo ajuste no Motor da História.
O Motor da História é o resultado de uma Equação Futurista, que procura definir os padrões das principais Forças Estruturantes na jornada do Sapiens pela sobrevivência.
Temos dito aqui que um Futurista é um tipo de historiador não preocupado com os fatos, mas com os padrões históricos.
Futuristas não organizam o passado, mas usam o ontem para tentar prognosticar o amanhã.
Futuristas Competitivos tem o foco principal no que vai gerar valor no futuro.
A Justiça é, portanto, uma Ferramenta de Sobrevivência Setorial, que visa a minimização dos conflitos entre as pessoas, grupos e organizações numa determinada sociedade.
Tudo que o Sapiens faz, tem o foco, numa escala maior ou menor, num patamar de sobrevivência cada vez melhor.
Se analisarmos qualquer setor, incluindo a Justiça, é preciso não perder de vista o foco na sobrevivência.
Assim, para que possamos fazer um diálogo mais eficaz sobre o Futuro da Justiça é preciso, antes de tudo, entender como o Sapiens faz para sobreviver de maneira geral para, só então, analisarmos cada setor de forma particular.
Do ponto de vista epistemológico, isso significa que é preciso cumprir a seguinte agenda Filosófica para que possamos nos adaptar melhor ao futuro:
- definir uma Filosofia Social Geral – como pré-condição para o diálogo sobre o Futuro da Justiça, quando procuramos apresentar as melhores resposta a pergunta “como o sapiens faz para sobreviver no tempo?”
- definir uma Filosofia Social Derivada– a partir da resposta dada à Filosofia Social Geral, precisamos detalhar: “como o sapiens faz para aprimorar a justiça no tempo?”. A primeira resposta condiciona a segunda.
O grande equívoco dos Futuristas Setoriais (aqueles responsáveis por Futurar em setores específicos) é acreditar que vão entender o amanhã do seu setor específico, sem parar para pensar primeiro na Equação Futurista Geral.
Uma Equação Futurista Geral procura definir um Motor da História, composto por Forças Estruturantes, que nos permitem entender como o Sapiens fez para sobreviver ontem, algo fundamental para projetar o amanhã.
A BIMODAIS desenvolveu a sua Equação Futurista Geral, que temos apresentado repetidamente por aqui:
Mais gente no mundo, significa mais e mais Inovação Progressiva, até que tenhamos a chegada e massificação de uma nova Mídia Descentralizadora, que nos permite ingressar numa nova Era Civilizacional, através de um novo Macro Modelo de Sobrevivência.
Novas Eras Civilizacionais se iniciam com a chegada de uma nova mídia.
Podemos, assim, diagnosticar que a Justiça 1.0, ou Justiça Analógica, foi criada e desenvolvida dentro do Ambiente de Sobrevivência regido pelos limites conceituais e tecnológicos Pré-Digitais.
A Justiça 1.0 tem bases filosóficas, teóricas e metodológicas que foram feitas dentro das possibilidades e limitações do Ambiente de Sobrevivência Analógico.
Assim, não estaremos agora no Mundo Digital, promovendo um simples ajuste tecnológico na Justiça 1.0 como muitos imaginam.
O Mundo Digital recomeça o diálogo sobre Justiça com patamares completamente distintos, pois permite um novo Modelo de Intermediação.
Um Modelo de Intermediação é a base para que todos os Processos de Sobrevivência ocorram. Novas Mídias permitem que se possa alterar os Modelos de Intermediação.
Processos de Sobrevivência são aqueles que usamos para produzir produtos e serviços é um sinônimo de Processos Administrativos.
Novas Mídias permitem que possamos praticar Modelos de Intermediação mais descentralizados, superando as limitações dos Intermediadores do passado.
Assim, o que assistimos ao longo da Macro História é uma Reintermediação Progressiva.
A Reintermediação Progressiva é uma necessidade humana nos Processos de Sobrevivência sempre na direção de reduzir custos, ganhar agilidade e permitir mais e mais personalização.
O que vamos assistir na sociedade de maneira geral e nos setores específicos é um longo, disruptivo e amplo processo de Reintermediação Progressiva substituindo os atuais Intermediadores para outros mais ágeis.
Revoluções Midiáticas, sob a ótica da sobrevivência, vem Reintermediar Processos de Sobrevivência.
Assim, se não entendermos o “elefante” (sobrevivência) é impossível analisar a “tromba” (Justiça).
A fantasia de muitos Futuristas do Direito é de que os problemas estruturais da Justiça serão resolvidos com novos e espetaculares aplicativos, porém com o mesmo modus operandi do passado.
A fantasia de que os antigos e novos problemas da Justiça se resolvem com tecnologia é um engano GIGANTESCO.
Me mostre as Mídias disponíveis e te mostrarei a sociedade que é possível construir em torno delas.
A Justiça é, portanto, o que ela é, a partir dos limites impostos pelas Tecnologias Midiáticas de plantão.
Mudou a Mídia, mudou, entre outras coisas, a filosofia do fazer jurídico.
Os filósofos, teóricos e metodólogos do Direito criaram sua forma de pensar e agir, sem saber que estavam “embarcados” em um “navio”, que muda de “casco” com a chegada de novas Mídias.
Quando temos novas tecnologias, principalmente novas Mídias Descentralizadoras, abrimos uma nova Era Jurídica, na qual haverá uma revisão filosófica disruptiva.
Imaginar que o Futuro da Justiça é apenas colocar novos equipamentos digitais é uma projeção futurista para lá de infantil.
O que ocorre hoje, principalmente em países que tiveram Booms Demográficos, como é o caso do Brasil (cresceu 7 vezes em menos de 120 anos), é o exponencial aumento dos conflitos judiciais.
Quanto mais gente no mundo, mais conflitos judiciais precisarão ser administrados!
Assim, o Gargalo Civilizacional, que ocorre na Justiça e em vários outros setores, está DIRETAMENTE ligado ao aumento do Patamar Demográfico.
O que teremos como meta na Justiça 2.0 – bem como em todos os outros setores produtivos – é a urgente demanda pela agilidade e personalização dos processos para que se possa superar os limites tecnológicos e conceituais do Teto Civilizacional atual.
O que ocorre nas Revoluções Civilizacionais, motivadas por novas Mídias Descentralizadoras?
Há um amplo, longo e disruptivo processo de Reintermediação Progressiva.
A Reintermediação Progressiva é o repasse do Comando e Controle dos processos de determinados reintermediadores mais centralizados para outros mais descentralizados, que permitem lidar, de forma mais compartilhada com a complexidade.
Novas Mídias Descentralizadoras permitem que, através da inovação, determinado Reintermediador de Plantão possa ser substituído por outro mais ágil e Personalizador – o que não era viável antes.
No caso do Uber, por exemplo, houve uma Reintermediação Operacional das telefonistas de cooperativas de táxi para os aplicativos, que conseguem unir, de forma muito mais ágil, passageiros e motoristas.
A Reintermediação Operacional do Uber permitiu a redução de custo, a agilidade e a personalização do serviço, através do uso inteligente do novo Ambiente de Sobrevivência.
Assim, na Mobilidade 2.0 o que assistimos não foi a digitalização dos antigos processos, mas uma mudança filosófica de como o serviço passou a ser prestado, seguido de novos conceitos, tecnologias e metodologias.
Note que todo o movimento inovador da Civilização 2.0 tem como o epicentro principal o surgimento de uma nova Reintermediação Operacional, estabelecendo novas formas de Comando e Controle.
Precisamos reintermediar os processos de todos os setores da sociedade, onde se inclui o da Justiça, para que ganhem mais agilidade e personalização.
Sim, há uma enormidade de melhorias a serem feitas nos antigos modelos da Justiça 1.0 ou Analógica, via digitalização, com a mesma filosofia atual, que ajudam a melhorar o desempenho dos atuais Reintermediadores Operacionais.
Porém, se projetarmos o futuro da Justiça no médio e longo prazo, papel dos Futuristas de Excelência, tais mudanças incrementais não se aproveitam de todo o potencial disponível da Civilização 2.0.
A Civilização 2.0 terá como grande objetivo um largo processo de tirar os atuais intermediadores e colocar outros mais sofisticados no lugar.
A Base Filosófica dos Processos de Sobrevivência do Sapiens está na mudança no Modelo de Intermediação sempre de um mais centralizado para um mais descentralizado.
A Justiça 2.0 terá como grande Macrotendência a substituição atual dos atuais intermediadores (juízes, advogados, cartórios) por novos muito mais ágeis.
Não usaremos a Inteligência Artificial para apoiar os atuais Intermediadores Jurídicos, mas usá-la para criar Intermediadores Jurídicos mais ágeis.
Intermediadores Jurídicos são aqueles responsáveis pelo Macro Modelo de Comando e Controle deste setor, criado dentro das possibilidades e limites da Era Civilizacional Analógica.
Vamos aumentar na Justiça 2.0 a Taxa de Inteligência Coletiva.
A Taxa de Inteligência Coletiva é a medição que pode ser feita na participação do Sapiens nos Processo de Sobrevivência.
A Justiça 2.0 tem como grande foco a solução de conflitos entre as pessoas, de forma mais direta, ágil e participativa.
A grande meta da Justiça 2.0 será a gradual e intensa passagem dos processos lentos e caros para os mais ágeis baratos. E dos mais padronizados para os mais personalizados.
Podemos imaginar que se o problema central hoje é a resolução mais ágil e personalizada de conflitos, boa parte dos processos atuais podem ser resolvidos, através de Plataformas Jurídicas, que possam resolver problemas com novos modelos de intermediação mais descentralizados.
Obviamente, que a Justiça 2.0 exigirá uma mudança filosófica disruptiva na forma de se pensar o Direito, uma tarefa para os Conceituadores e os Futuristas Mudancistas da área.
Obviamente, que a Reintermediação dos atuais Intermediadores Jurídicos sofrerá todo tipo de resistência, tais como:
- em função dos interesses acoplados na atual intermediação;
- na incapacidade de perceber que a Filosofia atual de Intermediação Jurídica era Conjuntural e não Estrutural;
- na dificuldade de promover mudanças tão disruptivas em tão pouco tempo.
Futuristas Jurídicos têm uma nobre e difícil missão pela frente que é a de ajudar no processo de Reintermediação Jurídica.
Assim, o desafio da Justiça 2.0 em ABSOLUTO é tecnológico, mas, antes de tudo, filosófico.
É isso, que dizes?
Quer sair de Matrix e não sabe onde comprar a pílula vermelha? Me manda um Zap: 21-996086422 (Nepô, quero sair de Matrix!)
Ou: https://sun.eduzz.com/932565
Quer ser um parceiro da BIMODAIS e ganhar a cada aluno novo indicado? Entre por aqui: https://bit.ly/bimodalparceiro
GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO).
GRIFOS EM ITÁLICO E VERMELHO: DESCRIÇÃO DE CONCEITOS BIMODAIS CLÁSSICOS.
GRIFOS EM ITÁLICO E ROXO: DESCRIÇÃO DE NOVOS CONCEITOS BIMODAIS.
GRIFOS EM NEGRITO E VERDE: NEOLOGISMOS BIMODAIS PARA MELHORAR A NARRATIVA.
GRIFOS EM NEGRITO E MARROM: HASHTAGS BIMODAIS PARA ORGANIZAR A NARRATIVA.
PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.
Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.
O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no ROTEIRO/MAPA MENTAL BIMODAL:
(Entre para a Escola para ter acesso completo ao MAPA MENTAL BIMODAL com o roteiro da formação, no qual temos os links para todos os artigos e áudios sobre as nossas diversas Metodologias Futuristas. Aqui, você terá a possibilidade de dialogar sobre as metodologias com o Curador da Escola e com os outros Bimodais. Mande um Zap: 21-99608-6422.)