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“Agora que o mundo está interconectado e as ideias estão fazendo sexo uma com as outras, a evolução econômica elevará os padrões de vida do século 21 a alturas inimagináveis.” – Matt Ridley.
Esqueça boa parte do que você aprendeu na escola sobre a história humana.
As profundas mudanças que a Revolução Midiática Civilizacional Digital já promove na sociedade – e ainda vai promover – demonstra que os fatos não tem rimado mais com as teorias dos historiadores convencionais.
Conforme nos ensinam Marshall McLuhan (1911 – 1980) e Pierre Lévy (1956 – ), quando temos novas mídias se modifica a sociedade e a própria civilização.
As novas mídias são detonadoras de novas Eras Civilizacionais. Isso não está no Senso Comum Hegemônico dos historiadores convencionais.
É bom lembrar que as teorias são apenas um processo, nunca final, de tentativa de aproximação da realidade.
Fatos novos nos mostram se as teorias continuam válidas, ou não.
Teorias podem ser questionadas se passamos a ter novos fatos, novos Conceituadores Disruptivos, novas formas de medir e ver ou mesmo o acúmulo do conhecimento.
Muito do que vemos hoje nossos antepassados não conseguiram.
Portanto, se os fatos não se encaixam nas teorias, infelizmente – por mais que os teóricos de plantão não gostem – está na hora de mudá-las.
Assim, é evidente que os Padrões do Motor da História Humana precisam de um “banho de loja”, a partir do Digital.
O Mundo Digital não só não foi previsto, não tem sido bem analisado e muito menos bem projetado.
A crise epistemológica dos Conceituadores Convencionais diante do Digital é explicada por Thomas Kuhn (1922 – 1996) como Anomalia do Conhecimento.
Anomalia do Conhecimento é um momento em que Conceituadores de um determinado fenômeno não conseguem mais diagnosticar, tratar e prognosticar de forma adequada.
Precisamos ir aperfeiçoando um novo Padrão do Motor da História, que antes não era tão claro, que é o seguinte:
- O Sapiens é uma Tecnoespécie;
- Somos dependentes da Interação entre nós para sobreviver;
- Por causa disso, podemos aumentar a população;
- O Aumento da Complexidade Demográfica NOS OBRIGA, num determinado momento da Macro História, a criar novas formas de comunicação e sobrevivência;
- E, assim, quando promovemos Revoluções Midiáticas, iniciamos novas Eras Civilizacionais;
- O objetivo de novas Eras Civilizacionais é um ajuste entre o Macro Modelo de Sobrevivência e o Patamar de Complexidade Demográfica, através do aumento da Participação Progressiva.
Há, assim, três momentos distintos na Macro História Humana, que separam as Eras Civilizacionais que são os seguintes:
- Renascimento – a criação gradual de novas Ferramentas Operacionais e Conceituais, que modificam a forma como o Sapiens sobrevive ao longo do tempo;
- Consolidação – a aceitação do uso, de forma voluntária, das novas Ferramentas Operacionais e Conceituais, que permitem novos ciclos de aumento populacional;
- Obsolescência – quando o aumento da Complexidade Demográfica exige nova Revolução Midiática.
É fundamental perceber que vivemos hoje uma recorrente Bifurcação Civilizacional, um momento raro e particular entre:
- a Velha Ordem, que teve e tem todo o seu DNA de Sobrevivência baseado na Gestão (oralidade e escrita);
- e a Nova Ordem que inicia, gradualmente, a disseminar o novo DNA de Sobrevivência baseado na Curadoria (oralidade, escrita e ícones no Ambiente Digital).
Encruzilhada Civilizacional é o momento em que surge uma nova mídia e permite que possamos dar um upgrade na nossa forma de pensar e agir.
Temos nestes raros momentos da Macro História duas Crises Civilizacionais em paralelo:
- a Crise Estrutural de Obsolescência Civilizacional – do próprio Macro Modelo de Sobrevivência, que não foi pensado e concebido para este Patamar de Complexidade;
- Crise Conjuntural de Obsolescência Civilizacional – de pessoas e organizações, que se beneficiaram do atual modelo e resistem para não perder seu status quo.
A Obsolescência Estrutural é resultado direto da Tecno-Incapacidade do atual DNA de Sobrevivência da Gestão, que consegue resolver o problema da oferta em grande quantidade, porém com baixa Taxa de Personalização.
Há uma TECNO-IMPOSSIBILIDADE do DNA de Sobrevivência da Gestão em resolver a questão da qualidade em grande quantidade. Isso não é um problema conjuntural, mas estrutural do modelo.
Por mais que um defensor do DNA de Sobrevivência da Gestão seja competente e se esforce, ESTRUTURALMENTE, não se pode passar de determinada barreira.
Há um limite imposto pela Intermediação Administrativa.
Uma cooperativa de táxi, por mais que seja bem gerida, não consegue atender a quantidade de passageiros de um Aplicativo de Mobilidade com aquela Taxa de Personalização.
O que se consegue com o, cada vez mais obsoleto, DNA de Sobrevivência da Gestão é resolver no atual Patamar de Complexidade Demográfica o problema da quantidade, mas com alta Taxa de Padronização.
O objetivo de uma Revolução Civilizacional, detonada por uma nova mídia, é, aumentar a Taxa de Personalização em Larga Escala.
Uma Revolução Civilizacional é um movimento da Macro-História, que tem como causa o aumento populacional e o Fator Detonador a chegada e massificação de nova mídia.
Tudo que assistiremos nas próximas décadas, de forma gradual e espontânea, é a Reintermediação das Organizações Tradicionais na direção de oferecer mais Personalização em Larga Escala.
Todas as Encruzilhadas Civilizacionais – como esta que estamos assistindo – têm algumas características estruturais em comum.
Vejamos.
Do ponto de vista negativo para a sobrevivência, olhando de agora para o passado, tivemos:
- a redução da Taxa de Reflexão;
- a criação de organizações com aumento da Taxa de Verticalização;
- o aumento das Taxas de Padronização das Formas de Pensar e Agir;
- o aumento da Taxa de Pensamento Operacionais de Curto Prazo.
Do ponto de vista positivo para a sobrevivência, olhando agora para o futuro:
- há o aumento da da Taxa de Reflexão;
- criação de organizações com aumento da Taxa de Horizontalização;
- o aumento das Taxas de Personalização das Formas de Pensar e Agir;
- o aumento da Taxa de Pensamento Estratégico de médio e longo prazo;
- surgimento de Conceituadores Disruptivos (Conceituais e Operacionais) em todas as áreas, que passam a preparar as Estruturas Conceituais e Operacionais do novo DNA de Sobrevivência.
A Encruzilhada Civilizacional Digital – abordando agora o momento atual – têm algumas características conjunturais particulares, que não tivemos antes:
- ocorre com uma população que chega a casa dos 8 (oito) bilhões, com um salto de oito vezes em menos de 250 anos;
- um Ambiente de Sobrevivência Humano, que foi se globalizando e se tornando cada vez mais interdependente;
- a nova mídia digital, que consegue modificar e integrar todas as mídias do passado, a partir da digitalização e introduzir novos canais, nova forma de armazenamento e nova linguagem;
- e o início de experimentação, pela primeira vez em larga escala, de um DNA de Sobrevivência Disruptivo, abandonando o Modus Operandi Civilizacional Mamífero e iniciando as experimentações do Modus Operandi Civilizacional Insetífero (a palavra existe, não é um neologismo).
O Modus Operandi Civilizacional Insetífero é uma nova forma de sobreviver, através do uso intenso da nova Linguagem dos Rastros Digitais, que permite uma forma disruptiva de se promover a intermediação.
Não estamos apenas alterando com o Digital o DNA de Sobrevivência, de forma radical, como foi a passagem da Monarquia Absolutista (Líder-Alfa Rei) para a República (Líder-Alfa Presidente/Primeiro Ministro) na Revolução Civilizacional da Escrita Impressa, por exemplo.
A Civilização 2.0 marca o início do uso do DNA de Sobrevivência da Curadoria, que passa a se utilizar do Modus Operandi Civilizacional Insetífero.
No novo DNA de Sobrevivência conseguimos quebrar a antiga barreira civilizacional da Personalização em Larga Escala – uma demanda do novo Patamar Demográfico.
A espécie humana entra, assim, na Civilização 2.0, não para melhorar, de forma incremental ou radical, o que já existe, mas criar, disruptivamente, um novo Macro Modelo de Sobrevivência.
A espécie humana entra na Civilização 2.0 para promover a passagem filosófica, teórica, metodológica do Modus Operandi Civilizacional Mamífero para o Insetífero.
Assim, podemos dizer que a passagem da Era dos Gestos para a Oralidade e desta para a Escrita foram grandes “pulinhos” humanos, mas a chegada do Digital não é um pulo, mas um “mega salto” Civilizacional.
Por isso, temos tido tanta dificuldade de entender e nos adaptar a essa Encruzilhada Digital.
O ser humano vive, o que é natural, o curto prazo, a Micro História e temos uma grande dificuldade de compreender fenômenos Macro-Históricos.
Somos a primeira geração da nova Civilização 2.0, que inicia uma nova jornada humana, que mudará completamente a forma como nos organizamos.
Viveremos, como em todas as Encruzilhadas Civilizacionais, momentos difíceis entre a Velha e a Nova Ordem, mas o instinto de sobrevivência do Sapiens nos levará, mais dia menos dia, na direção de mais qualidade de vida.
O que o Sapiens quer é algo muito simples: viver, independente a quantidade de gente no planeta, de forma mais personalizada possível.
A Civilização 2.0 permite o que não era possível antes: personalização na complexidade.
É isso, que dizes?
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