O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no MAPA MENTAL BIMODAL:
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“Inovar significa a capacidade de mudar a percepção da realidade.” – Luc de Brabandere.
Este texto faz parte dos Artigos Didáticos Bimodais, por isso são mais densos, com forte preocupação conceitual e servem de base para que se possa entender, dialogar e aprimorar a Narrativa dos Bimodais. É ferramental para que os Futuristas, em particular, e a sociedade de maneira geral, possam lidar melhor com este novo cenário.
O objetivo do artigo é detalhar a Metodologia Bimodal para Futuristas Migracionistas – que visa apoiar de forma conceitual e operacional EXCLUSIVAMENTE as Migrações dos Profissionais e Organizações do Ambiente Analógico para o novo Ambiente Digital.
As dicas para as tarefas dos Futuristas Mudancistas foram feitas no artigo passado e para os Futuristas Startupizadores virão no próximo artigo.
Sobre a Migração dos Profissionais e Organizações para o novo Mundo Digital, antes de tudo, é preciso definir o que é, afinal, uma migração.
Utilizemos o verbete do Wikipédia em português sobre “migração“, por ocasião da redação deste artigo:
“Movimentação de entrada (imigração) ou saída (emigração) de indivíduo ou grupo de indivíduos, ger. em busca de melhores condições de vida Essa movimentação pode ser entre países diferentes ou dentro de um mesmo país.“
No caso do Mundo Digital, temos a necessária e obrigatória Migração de Profissionais e Organizações para um novo Macro Ambiente de Sobrevivência.
Macros Ambientes de Sobrevivência são espaços criados pelos Sapiens para se manter vivos, através da criação contínua e permanente de Ferramentas Conceituais e Operacionais disponíveis a cada etapa da sua jornada sempre na direção de menor para maior Patamar de Complexidade Demográfica.
Macro Ambientes de Sobrevivência são criados pelos Startupizadores, a partir da chegada de Novas Mídias, que permitem que haja uma mudança disruptiva na forma como o Sapiens resolve seus problemas de existência.
Novas mídias abrem Macro Vácuos Tecnoculturais – o que não podia ser feito antes e se pode agora, a partir do novo Ferramental Operacional.
Apesar do esforço dos atuais Conceituadores Convencionais da Administração de entender a dinâmica do novo cenário, o atual Repertório de Paradigmas Administrativos ficou obsoleto.
É preciso uma disruptiva Revisão no Repertório Paradigmático da Administração para que se compreenda o papel estrutural das Revoluções Midiáticas na vida dos Ambientes Organizacionais.
As mídias, por serem responsáveis pelas interações humanas, acabam por influenciar FORTEMENTE a forma de Comando e Controle dos Ambientes de Sobrevivência, a cada fase da jornada humana.
As novas Teorias Administrativas precisam ser compreendidas com um marco pré e pós teorias de Marshall McLuhan (1911 – 1980).
A Narrativa Futurista Bimodal – pós McLuhan – percebe, assim, que há o surgimento de três tipos de Organizações com diferentes Modelos Administrativos dentro do Mundo Digital (um conhecido e aperfeiçoado e outros dois desconhecidos):
- Organizações Digitalizadas – promovem um upgrade na Gestão, mas mantêm o atual Modelo de Administração, com o mesmo Comando e Controle, reintermediando cargos operacionais
- Organizações Uberizadas – criam um novo Modelo de Administração, que denominamos de Curadoria 1.0, promovendo a reintermediação de cargos gerenciais (ainda com Plataformas Centralizadas);
- Organizações Blockchenizadas – aprimoram o novo Modelo de Administração, que denominamos de Curadoria 2.0, promovendo a reintermediação de cargos gerenciais (já com Plataformas Mais Descentralizadas).
Hoje, os “Transformadores Digitais“, que são, na verdade, Futuristas Migracionistas (que, para nós, adotam nomes diversos para a mesma atividade), se utilizam de Narrativas Futuristas que, entretanto, não conseguem perceber o surgimento de Novos Modelos Administrativos.
(A maior parte das Narrativas Futuristas ainda não incorporaram os Novos Paradigmas Pós-McLuhan para fazer a análise sobre o futuro.)
Hoje, no Senso Comum se classificam, por exemplo, os Ubers como “novos modelos de negócio”, sem que se perceba que há ali uma nova forma de Comando e Controle, COMPLETAMENTE nova e nunca antes utilizada por Organizações Tradicionais.
O novo Padrão da História Humana: Novas mídias, novos Modelos de Comando e Controle, novo Macroambiente de Sobrevivência Humano.
O Modelo de Comando e Controle dos Macro Ambientes de Sobrevivência, portanto, está diretamente ligado às Tecnopossibilidades das Novas Mídias.
Os Ubers – por já adotarem as novas Tecnopossibilidades da Nova Mídia – em particular a nova Linguagem dos Rastros Digitais, permitem que se tenha um ganho de escala na qualidade na quantidade e quantidade com qualidade – em um processo de Qualidade Progressiva.
(Qualidade Progressiva pode ser definida como o aumento de personalização em quantidade maiores, a custos menores, do que no passado.)
No curto prazo, teremos – como já estamos tendo – a massificação cada vez maior da Digitalização, que é aprimoramento, dentro do que for possível, da Gestão com as novas Tecnopossibilidades Digitais.
A Digitalização, basicamente, elimina determinados Tipos de Intermediação (que ficaram cada vez mais caras e ineficazes diante da Complexidade Demográfica Progressiva), principalmente as operacionais, reduzindo funções, tais como caixas e atendentes.
A Uberização e a Blockchenização, entretanto, promovem um outro Tipo de Intermediação, principalmente em áreas gerenciais, reduzindo a necessidade de supervisores, gerentes e chefes de todos os tipos.
Podemos dizer que a Digitalização é um tipo de mudança em que se modifica determinados hábitos, porém mantém, em grande medida, o atual Repertório Administrativo de Paradigmas e Valores.
A Uberização e a Blockchenização, entretanto, são mudanças administrativas em que exigem a modificação do atual Repertório Administrativo de Paradigmas e Valores, além de vários hábitos.
O mais importante para um Futurista Migracionista Bimodal é a compreensão de que o futuro, no médio e no longo prazo, apontam na direção de Ambientes Administrativos Curadores, que NÃO – EM ABSOLUTO – uma continuidade do atual modelo.
Não é “plantando” Gestão (Digitalização), que nascerão “pés” de Curadoria (Uberização e Blockchenização).
E aí temos o principal problema na migração de Profissionais e Organizações Tradicionais: não se pode operar numa convencional Metodologia de Migração de Continuidade, mas é preciso se utilizar de uma da Descontinuidade.
- Metodologia de Migração de Continuidade – o Repertório de Valores e Paradigmas continuam estruturalmente os mesmos, só se altera os hábitos;
- Metodologia de Migração da Descontinuidade – o Repertório de Valores e Paradigmas NÃO continuam estruturalmente os mesmos, é preciso alterá-los, bem como os hábitos.
Neste caso em particular, diante da Disrupção Administrativa que vivemos, é preciso de um tipo de Metodologia de Migração de Descontinuidade, dentro da qual terão que estar previstas duas áreas TOTALMENTE separadas para promover a migração.
Temos que criar o Motor Gestão e o Motor Curadoria – fora do atual Ambiente Administrativo para se começar DO ZERO o novo modelo, sem a intoxicação do antigo.
- Motor Gestão – o Ambiente Administrativo que pratica a Gestão e promove inovações incrementais e radicais, através da Digitalização;
- Motor Curadoria – o Ambiente Administrativo que pratica a Curadoria (seja ela a 1.0 ou a 2.0) e promove inovações disruptivas, através da Uberização e da Blockchenização.
O Motor Curadoria deve seguir alguns protocolos:
- ser uma área na qual será necessária TODA a equipe ter passado previamente pelo trabalho do Futurista Mudancista Bimodal, quando será conhecida e será promovido os diálogos em torno da Narrativa Futurista Bimodal;
- o coordenador do projeto tem que ser EXCLUSIVAMENTE voltado para este projeto. Não pode ser alguém que atua nos dois motores para evitar intoxicações;
- o coordenador do projeto também precisa ser alguém que tenha se destacado e compreendido bem a Narrativa Futurista Bimodal;
- a verba para o investimento terá que ser independente de decisões de pessoas do Motor Gestão para evitar dependências;
- o projeto se dedicará EXCLUSIVAMENTE à experimentação da Curadoria (seja ela a 1.0 ou a 2.0), aqui não se volta para trás, se vai para frente, em direção à nova Civilização 2.0.
Cabe a cada Ambiente Organizacional decidir qual o enfoque e o peso que irá “jogar” em cada um dos motores, a partir do “apetite” inovador de seus líderes e da situação específica do seu mercado em particular.
Dentro das Macrotendências apontadas pela Narrativa Futurista Bimodal, o que estamos assistindo e assistiremos, no médio e longo prazo, é um processo gradual e constante de Ambientes Organizacionais, que permitem a Participação Progressiva.
A Participação Progressiva é um movimento estrutural, sistêmico e sustentável da espécie para lidar, de forma mais qualitativa, com a Complexidade Demográfica Progressiva.
A Participação Progressiva é disseminada na Digitalização, mas ganha escala exponencial na Uberização e depois da Blockchenização.
Profissionais e Organizações Tradicionais precisam, assim, traçar uma estratégia de curto, médio e longo prazo, que prevejam a migração do atual Modelo de Administração para os novos. Porém, o que se vê hoje no Senso Comum é um esforço de apenas se preparar para o curto prazo e para o mesmo modelo – o que significa uma gradual perda da Taxa de Competitividade.
É isso, que dizes?
Colaborou o Bimodal: Átila Pessoa, inclusive com a ilustração do artigo.
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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO)
PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.
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