O áudio do artigo ( https://bit.ly/3uYZTay ).
O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no Mapa Mental da Escola Bimodal.
Ver por aqui: ( https://bit.ly/2RK8HTX )
“Antes de se proceder a uma investigação teórica é recomendável uma limpeza da situação verbal .” – Luc de Brabandere.
Temos uma certa ilusão sobre as mudanças. Não temos a noção de que o processo de mudança começa justamente na forma como nos referimos às coisas.
Mudar é observar como falamos, pois como falamos reflete o que pensamos e como pensamos reflete como decidimos e como decidimos reflete como vivemos.
O primeiro passo de qualquer mudança se inicia com a revisão dos Conceitos do Senso Comum, que foram criados por alguém e aceitos por nós sem terem sido questionados como deveriam.
Conceitos são a base das Narrativas. E as Narrativas são a base para a tomada de decisão. E a tomada de decisões é o que define a qualidade de vida de quem decide.
Mudar é construir uma nova narrativa, na qual os Conceitos do Senso Comum passam a ser questionados, revistos e colocados dentro de nova perspectiva.
É papel dos Conceituadores de Excelência não só criar Conceitos Mais Saudáveis (aqueles que têm uma maior Taxa de Sintonia com a Realidade) bem como criticar os Conceitos Mais Tóxicos (aqueles que têm uma menor Taxa de Sintonia com a Realidade).
Ao “pararmos para pensar” nos Conceitos do Senso Comum e questioná-los, estamos “musculando” nossa capacidade de pensar e, por sua vez, tomando decisões melhores e vivendo com mais qualidade.
Por isso, é sempre saudável criar um Mapa Mental para que possamos visualizar nossa Estrutura de Pensamento, ter consciência dela e, a partir daí, poder modificá-la.
Os Conceituadores Bimodais têm feito um esforço para identificar e apontar diversos Conceitos Mais Tóxicos, que foram criados para compreender e explicar o Digital. Ver mais artigos sobre isso aqui: ( https://bit.ly/346KutJ )
O foco aqui neste artigo é o questionamento do conceito cada vez mais usado e popular das “Redes Sociais“.
Vejamos frases aleatórias, a partir de pesquisa do Google:
“Utilizar as redes sociais é cada vez mais uma prática entre as pessoas. “
“As redes sociais mais usadas no mundo.”
Notem que no senso comum “Redes Sociais” passaram a ser utilizadas como sinônimos de Plataformas Digitais, o que confunde com um conceito mais amplo de “Redes Sociais” como sinônimo de comunidades sociais.
Uma coisa é uma comunidade qualquer, uma Rede Social, que se utiliza de Plataformas Digitais. Outra é chamar a Plataforma Digital de Rede Social, confundindo quem usa com quem oferece o serviço.
Passemos a sugerir correções para evitar uma forma equivocada de pensar a Civilização 2.0.
O primeiro passo para se questionar qualquer conceito é sempre procurar a etimologia das palavras, pois os dicionários foram feitos para serem uma espécie de acordo mútuo do que significa cada palavra.
(Sempre utilizo as primeiras respostas do Google, que acabam sendo o que todos têm acesso.)
“Redes sociais são estruturas formadas dentro ou fora da internet, por pessoas e organizações que se conectam a partir de interesses ou valores comuns.”
Note a expressão “fora da internet”.
- Redes sociais (no plural) são sinônimos de grupos dentro da sociedades, de organizações sociais humanas, de comunidades.
- Rede social (no singular) é sinônimo de toda a civilização, da sociedade.
(O ideal seria colocar Rede Social Humana para evitar a confusão com Redes Sociais das Formigas, dos lobos, dos elefantes, que também existem.)
Assim, se existiram, existem e vão existir “Redes Sociais” fora da Internet é preciso que tenhamos que definir qual a relação do conceito das “Redes Sociais” (comunidades) com o Digital. E da Rede Social (sapiens) com o Digital.
No fundo, temos aqui uma dificuldade, natural diante de um fenômeno tão inusitado, de conseguir entender o que estamos realmente vivendo.
A tendência diante de Fenômenos Inusitados é a criação de conceitos que gerem mais Empatia com as Pessoas do que Sintonia com a Realidade, criando um problema.
Obviamente, não há tanto problema que pessoas leigas chamem o Facebook de Rede Social, mas isso NÃO pode ocorrer com Conceituadores Profissionais, que têm a obrigação de ajudar clientes a lidar melhor com o Digital.
Conceituadores Profissionais são pagos para ajudar clientes a compreender o Mundo Digital e devem ser criteriosos ao questionar Conceitos do Senso Comum.
O que temos como novidade na vida das Redes Sociais Humanas é a chegada de uma nova mídia, que criou um novo Ambiente Midiático, que permite uma nova forma de interação entre os Sapiens.
Assim, tivemos Redes Sociais do passado, que já existiam, que passaram a operar, ao longo da nossa jornada, primeiro no Ambiente Midiático dos Gestos, depois no Oral, depois no Escrito e agora no Digital.
(Um Ambiente Digital, importante ressaltar, não elimina o outro, mas se integra.)
Assim, o que temos são “Redes Sociais” (comunidades) – que já interagiam fora da Internet – que passam a operar no novo Ambiente Digital. E novas Comunidades, que foram criadas pelas novas possibilidades.
Assim, podemos ter “Redes Sociais” que são exclusivas, formadas e operadas, apenas no Ambiente Digital, como grupos de pessoas espalhadas pelo mundo que nunca se encontraram. E outras mistas, nas quais as pessoas interagem pelas telas e fora delas.
E isso nos permite classificar dois tipos de Redes Sociais ou Comunidades, que se utilizam das Plataformas Digitais:
- Comunidades que interagem apenas no Ambiente Digital;
- Comunidades que interagem dentro e fora do Ambiente Digital.
Veja a tabela aqui: ( https://bit.ly/3gj7SKl )
Porém, para que Comunidades que interagem apenas no Ambiente Digital ou Comunidades que interagem dentro e fora do Ambiente Digital é necessário que tenhamos Plataformas Digitais.
Sendo assim, o Facebook, o Twitter ou o Youtube NÃO SÃO “Redes Sociais”, mas Plataformas Digitais, que permitem, que viabilizam, que “Redes Sociais” ou “Comunidades” possam interagir no Ambiente Midiático Digital.
Ao se denominar que Plataformas Digitais são as próprias “Redes Sociais” está se confundindo o martelo com o prego, os fins com os meios.
O uso do conceito “Rede Social” do jeito que hoje é disseminado e aceito gera uma enorme confusão do que estamos vivendo, do que viveremos e é preciso que seja revisto para que se possa pensar e decidir melhor.
Conceituadores Profissionais e Clientes de Conceitos devem evitar o uso do conceito “Redes Sociais” aceitos pelo Senso Comum se quiserem pensar melhor e decidir melhor.
Vejamos aqui a tabela: ( https://bit.ly/3x4KLdg ) dos erros conceitos específicos deste conceito.
E aqui: ( https://bit.ly/3wQ6fdw ) uma tabela mais geral de erros e problemas de criação de narrativas e conceitos, incluindo os do mundo digital.
Em resumo.
Não vejo problema que sua avó chame o Facebook de Rede Social, mas você, preocupado com o futuro, de entender profissionalmente o novo cenário, é algo que deveria te preocupar.
É isso, que dizes?
Colaboraram os Bimodal: Fernanda Pompeu e Leandro Tavares.
Vem tomar pílula vermelha todos os dia na Bimodais. Me manda um Zap: 21-996086422 (Nepô, quero sair de Matrix!)
GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO)
PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.
Os parágrafos que estão deslocados apenas uma vez à direita foram usados para divulgação do artigo nas Mídias Digitais.
Os parágrafos que estão deslocados duas vezes à direita foram selecionados com as melhores frases do mês.