“A natureza não deu ao homem uma forma de sobrevivência automática.” – Ayn Rand.
Existe uma necessária alteração na forma como enxergamos o Motor da História do Sapiens. O Motor da História é uma espécie de Pilar Paradigmático Estrutural das Ciências Sociais.
Qual revisão precisa ser feita neste Pilar Paradigmático Estrutural das Ciências Sociais?
Antes de tudo, somos uma Tecnoespécie e não simplesmente e apenas uma espécie cultural. Praticamos na nossa jornada de adaptação histórica um tipo de Espiral de Sobrevivência Contínuo influenciado pelo aumento populacional, novas mídias e novos Modelos de Sobrevivência.
De tempos em tempos, por causa do aumento da Complexidade Demográfica de forma Progressiva, o Sapiens precisa recriar o seu Macro Modelo de Comunicação, pois precisa interagir de forma cada vez mais sofisticada, leia-se descentralizada.
Novos Macros Modelos de Comunicação mais descentralizados permitem dois movimentos em paralelo: um aumento radical da conscientização e participação da sociedade (a partir das Tecnopossibilidade dos Novos Canais Midiáticos) e de praticar um novo Macro Modelo de Sobrevivência (a partir das Tecnopossibilidade da Nova Linguagem Midiática).
O novo Macro Modelo de Sobrevivência permite o início da experimentação de novos Métodos de Comando e Controle mais centralizados para mais distribuídos.
(Quando temos apenas a chegada de novos Canais Midiáticos, tais como a chegada e massificação do rádio, a televisão, o telégrafo, o telefone temos Evoluções Midiáticas Civilizacionais e não Revoluções).
Quando temos conjuntamente a chegada de novos canais e nova linguagem, tais como a oralidade (boca/palavras) ou a escrita (papiro-papel/palavra escrita) ou o digital (computador e Linguagem dos Rastros) temos uma Revolução Midiática Civilizacional.
Revoluções Midiáticas Civilizacionais – Fenômeno Recorrente e Espontâneo do Sapiens tem como grande objetivo a sofisticação (leia-se descentralização) dos Modelos de Intermediação de Sobrevivência.
As antigas mídias definiam uma espécie de Limite Tecnológico do Modelo de Sobrevivência, que são passíveis de atualização com as novas. Há uma superação das antigas Intermediações, criadas para um Patamar Demográfico para uma nova mais sofisticada.
Novas mídias permitem novos Modelos de Intermediação de Sobrevivência mais sofisticados, mais descentralizados, mais interativos e participativos, iniciando, por causa disso, uma nova Era Civilizacional.
O Sapiens, ao aumentar a Complexidade Demográfica, é, portanto, OBRIGADO a procurar Modelos de Sobrevivência cada vez mais compatíveis com o novo Patamar Demográfico.
O objetivo de novos Modelos Estruturais de Sobrevivência é o de permitir que tomemos decisões cada vez mais participativas e cooperadas para que se reduza a taxa de Imprevisibilidade do Efeito Dominó.
(Quanto mais centrais são as decisões numa sociedade, mais gente sofre as consequências previsíveis e, principalmente, as imprevisíveis. E, por causa disso, mais se aumenta a taxa de Imprevisibilidade do Efeito Dominó.)
Uma Tecnoespécie que aumenta constantemente a população precisa descentralizar as decisões para reduzir os danos cada vez maiores da Imprevisibilidade do Efeito Dominó.
Conforme temos o aumento gradual da Taxa de Complexidade Demográfica, os antigos intermediadores não mais conseguem manter o mesmo padrão de qualidade de atendimento do início da Antiga Era Civilizacional.
O aumento da Taxa de Complexidade Demográfica vai obsoletando o antigo Modelo de Intermediação de Sobrevivência e impedindo que uma série de problemas possa ser resolvido.
Há uma demanda latente da sociedade por novas Tecno-Soluções para que possamos sobreviver com mais qualidade.
Aumento populacional sem novas mídias, que permitam descentralizar as decisões provocam uma gradual e, cada vez mais grave, Crise Civilizacional Estrutural.
Do ponto de vista organizacional, o antigo Modelo de Intermediação de Sobrevivência do Sapiens vai chegando a uma espécie de Barreira Tecnocultural, que se torna impossível resolver a contento uma série dos novos e antigos problemas cada vez mais complexos.
Do ponto de vista político, o Modelo de Intermediação de Sobrevivência adotado, de forma gradual, vai consolidando uma Ordem Tecno-Ideológica, que passa a se beneficiar do Modelo Intermediador de plantão.
Podemos dizer que o Modelo de Intermediação de Sobrevivência vigente cria uma Ordem Tecno-Ideológica, que vai ficando obsoleta em função do aumento gradual e constante da Taxa de Complexidade Demográfica.
Aos poucos, com a experiência adquirida a Ordem Tecno-Ideológica passa a aprender a controlar cada vez mais os Canais de Interação, Informação e Mobilização.
Isso não é bom e nem ruim, mas necessário e natural, porém a Ordem Tecno-Ideológica se torna obsoleta e, com o tempo, vai utilizando o modelo para benefício próprio.
A obsolescência da Ordem Tecno-Ideológica é provocada pelo aumento da Taxa de Complexidade Demográfica, que vai gerando demanda latente, inconsciente e invisível por mudanças estruturais na sociedade.
Se cria, assim, uma Velha Ordem, que não só não sabe pensar e agir de forma diferente dos valores e paradigmas do Modelo de Intermediação de Sobrevivência vigente, mas também NÃO QUER perder os benefícios que a o novo Modelo traz para a sociedade.
A Velha Ordem passa, com a chegada da Revolução Midiática Civilizacional a ser um forte polo de resistência contra as mudanças em diversos campos do novo Modelo de Intermediação de Sobrevivência, que passa a constituir e defender uma Nova Ordem.
Estes Movimentos Midiáticos Estruturais não eram conscientes, até o momento, quando se inicia, a partir da nova mídia, um Embate Estrutural na sociedade daqueles que querem mudanças (os mais prejudicados) e daqueles que não querem (os mais beneficiados).
A sociedade passa – com as possibilidades abertas pelo novo Modelo Intermediador de Comando e Controle por Rastros – passa a ter novas ferramentas para se informar, interagir e se mobilizar, expressando o desejo por mudanças estruturais.
Não há consciência do que será exatamente a Nova Ordem, mais se há um desejo latente para que as coisas mudem.
A Velha Ordem não só não consegue mais resolver os antigos e novos problemas, mas sustentar os argumentos que as mantinha no controle, que era exercido em função do Controle Informacional.
Basicamente, a diferença entre a Velha e a Nova Ordem é a passagem de um Modelo Intermediador de Comando e Controle Sonoro (similar a dos mamíferos) para o do Rastros (similar a das formigas) – um mais centralizado para outro mais descentralizado.
A Nova Ordem inicia – e começa a mudança por aí – resgatar valores e paradigmas antigos, porém, isso não basta. É preciso inventar novas Cosmovisões e Ideologias para transformar o movimento espontâneo em consciente.
A chegada e massificação de Novas Tecnologias Midiáticas demandam obrigatoriamente a criação de novas Cosmovisões (Estrutural) e Ideologias (Conjunturais).
Há uma nova Tecno-sociedade, agora viável e possível, que não poderia ser criada antes da Revolução Midiática e precisa não só questionar os problemas da Velha Ordem, mas também apontar os novos valores e paradigmas para a Nova Ordem.
O novo Modelo de Comando e Controle por Rastros mais descentralizado, ainda incipiente, que já passa a ser usado, não constitui ainda em uma bandeira política, social e econômica.
A Nova Ordem precisa de pensadores inovadores e criativos, que façam uma síntese entre tudo que funcionou no passado e aquilo que pode ser aprimorado no futuro pelas novas Tecnopossibilidades.
Assim, a chegada de Revoluções Midiáticas Civilizacionais se caracteriza nas suas primeiras etapas em uma verdadeira “guerra” entre uma Velha e uma Nova Ordem. Entre um Modelo de Intermediação de Sobrevivência mais centralizado para um mais descentralizado.
A Velha Ordem passa a defender o Modelo de Intermediação de Sobrevivência que ela conhece e se beneficia dele e a Nova Ordem que quer criar um novo para superar os antigos privilégios, que não são mais sustentáveis num ambiente informacional mais descentralizado.
Tivemos, temos e teremos esse Embate Estrutural Civilizacional entre Ordens de Sobrevivência toda vez que temos a chegada de uma Revolução Midiática Civilizacional.
Na chegada da prensa, tais como protestantes (mais descentralizados) x católicos (mais centralizados).
Ou monarquistas (mais centralizados) x republicanos (mais descentralizados).
São Embates Civilizacionais Conjunturais, que ocorrem dentro de um Embate Civilizacional Estrutural, marcando o início da passagem de um Modelo de Intermediação de Sobrevivência para outro.
(Isso não ocorre de forma homogênea e nem linear – que cabe discutir em outro artigo.)
Todos os embates políticos que estamos assistindo e assistiremos ao longo das próximas décadas, talvez até século, se dará entre a Velha Ordem, que defende uma Intermediação mais Centralizada e uma nova uma Intermediação mais descentralizada.
Quem viver, brigará!
É isso, que dizes?
Se você não está entendendo nada do que está ocorrendo. Está de saco cheio de tanto MIMIMI. Se sente uma pessoa inquieta diante da vida. Você precisa conhecer a Bimodais. A sua vida vai mudar! Nós somos a nave Nabucodonosor, aquela mesma que te tira e te deixa fora de Matrix. Bora?
GRIFOS EM PRETO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM VERMELHO: NOVOS CONCEITOS CRIADOS NESTE ARTIGO (MARCO SÓ UMA VEZ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE)