“Problemas filosóficos genuínos são sempre realizados fora da filosofia, e eles morrem se essas raízes apodrecem.“ – Karl Popper.
O termo Filosofia induz a um certo erro. Parece que é um substantivo, mas, na verdade, é um verbo: filosofar, processo de tentativa de estabelecer Perguntas e Respostas Estruturantes e Progressivas.
Filosofar, ou o Diálogo Filosófico, é uma ferramenta humana para sobreviver de forma mais adequada.
Assim, Filosofar não é uma perda de tempo, desde que seja uma atividade voltada para resolver problemas reais e não imaginados.
Podemos definir o Filosofar, assim, em dois. O verdadeiro, caixa alta, Filosofar para a Sobrevivência e o falacioso, caixa baixa, Filosofar como se fosse um Hobbie.
Temos uma fantasia que o Filosofar se iniciou na Grécia, mas isso é um engano. A demanda por Perguntas e Respostas Estruturantes e Progressivas é inerente a uma Tecnoespécie.
Uma Tecnoespécie tem uma maior Taxa de Independência Genética, se comparada a outras espécies e, por causa disso, precisa escolher caminhos, decidir entre diferentes encruzilhadas.
Algumas Encruzilhadas de Sobrevivência são mais operacionais e outras mais abstratas. Quanto mais são ligadas aos valores e paradigmas, mais dependem para a sua adequação aos Diálogos Filosóficos.
Desde que resolvemos Ser (verbo) Humanos, temos a Demanda Progressiva para responder a estas perguntas estruturantes.
Uma Tecnoespécie, entretanto, como é criadora de novas Cosmovisões, Ideologias e Tecnologias consegue aumentar a Complexidade Demográfica.
As Perguntas e Respostas Estruturantes do passado não servem mais no futuro, não só pelo acúmulo de filósofo sobre filósofo, mas também pelo aspecto operacional: precisamos de respostas cada vez mais adequadas.
Assim, o Diálogo Filosófico é sempre marcado pela necessidade de uma redução da Taxa de Emocionalismo para
Porém, como temos a possibilidade de aumentar a população, de forma progressiva, a resposta filosófica de ontem não serve mais para a de hoje.
O processo do Diálogo Filosófico vai na direção do aumento da Taxa de Lógica e da “Matematização” das respostas para que possamos nos adequar ao patamar cada vez maior de Complexidade Demográfica.
Porém, o processo não é contínuo no aumento de lógica, para mais lógica, mais lógica. Tivemos no último século, por exemplo, um aumento da Taxa de Emocionalismo, devido à concentração de mídia.
Quando aumentamos a população e não conseguimos promover Revoluções Midiáticas, a tendência é a massificação da sociedade e o aumento gradual da Taxa de Emocionalismo.
Quando promovemos Revoluções Midiáticas, a tendência é a “desmassificação” ou personalização da sociedade e o aumento gradual da Taxa de Reflexão.
Hoje, temos a necessidade de promover atividades para que possamos reduzir a Taxa de Emocionalismo, resgatando o Diálogo Filosófico para a Sobrevivência, atualizando Perguntas e Respostas.
Mais ainda.
Não só temos que resgatar ALGUNS filósofos, que conseguiram manter suas ideias relevantes, mas também criar novas cosmovisões e ideologias para que possamos lidar com as novas Tecnopossibilidades.
Sem a revisão e atualização do Diálogo Filosófico para a Sobrevivência nossa dificuldade de lidar com a Civ 2.0 (Apelido de Civilização 2.0) será cada vez maior.
É isso, que dizes?