“Outros animais são instintivamente induzidos a construir coisas como barragens ou favos de mel, mas somos os únicos capazes de inventar coisas novas e formas melhores de fazê-las.” – Peter Thiel.
O Sapiens é uma Tecno-espécie. Esta é a adequada resposta para a antiga e recorrente Principal Pergunta Estruturante da Filosofia: “Quem Somos?”.
Até a bifurcação filosófica estruturante proposta por Marshall McLuhan (1911-80) “Somos uma Tecnoespécie”, nossa visão do Sapiens era de uma espécie Cultural e não Tecno-cultural.
A revisão do papel das tecnologias na sociedade “Somos uma Tecnoespécie” é uma “senha” para que se possa abrir o “portal” da compreensão do nosso futuro.
Tecnologias, feita a revisão filosófica estruturante proposta por MacLuhan “Somos uma Tecnoespécie“, passa a ser vista como “quebradora dos muros” dos limites humanos.
Cada nova tecnologia que é inventada, permite que a espécie possa se reinventar.
Tecnologias, assim, ao serem inventadas e ao se massificarem trazem duas consequências relevantes: a consequência mais visível e a menos visível.
A consequência mais visível é o uso direto que se faz dela. E o lado invisível é tudo aquilo que ela permite que não era possível antes.
A chegada do avião permitiu que as pessoas pudessem viajar, através dos céus. Este é o lado visível. O lado invisível foi a profunda mudança subjetiva que ocorreu na redução do tamanho do planeta.
A chegada dos telescópios especiais permitiu que as pessoas pudessem enxergar mais longe no universo. Este é o lado visível. O lado invisível foi a profunda mudança subjetiva que ocorreu na concepção do universo.
Novas tecnologias permitem acessar “novos mundos“, transformando a espécie tanto de forma objetiva (visível) como subjetiva (invisível).
Tecnologias, ao serem inventadas e popularizadas, permitem que a espécie possa ser aquilo que ela não podia antes. É como se fôssemos, a cada nova invenção, todos os dias, Cristóvão Colombos.
A chegada do Digital com todas as mudanças que têm nos permitido nos demonstrou claramente que não entendemos a nossa Tecno-Essência.
A Revolução Midiática Civilizacional Digital criou o que Thomas Kuhn (1922-96) denominou anomalia. As Ciências Sociais entraram em profunda crise, pois não conseguem mais entender ou projetar o futuro.
As Ciências Sociais podem ser divididas, assim, entre antes e depois de Marshall McLuhan entre os Tecno-Negacionistas e os Tecno-Aceitacionistas.
Se não promovermos a revisão do papel das tecnologias na vida do Sapiens, NUNCA iremos entender o nossa Tecno-Jornada e nosso Tecno-Destino.
Mais ainda.
Quanto mais uma tecnologia nos permite abrir novos mundos, mais estruturante ela é e mais alterará o nosso Tecno-Futuro.
Tecnologias recriam a espécie pelas portas que abrem para resolver problemas antes insolúveis.
Antes que os Tecno-negacionistas nos chamem de deterministas tecnológicos, deixemos claro o seguinte: tecnologias não realizam mudanças, elas abrem portas para que elas ocorram!
Há, assim, uma profunda crise filosófica nas Ciências Sociais (onde se inclui a administração e a área dos negócios) que precisa ser superada para compreender o novo século, com a chegada de cada vez mais tecnologias.
É isso, que dizes?
Venha ser um Futurista Bimodal, com a melhor formação sobre o futuro do Brasil. Nós somos a nave Nabucodonosor, aquela mesma que te tira e te deixa fora de Matrix. Bora?