“O significado das crises consiste exatamente no fato de que indicam que é chegada a ocasião para renovar os instrumentos.” – Thomas Kuhn.
Existem duas formas de analisar qualquer fenômeno da sociedade. Quando tudo está na estabilidade (indução) ou quando temos instabilidade (dedução).
A instabilidade demonstra que nossos paradigmas estão equivocados e precisam ser revistos do ponto de vista filosófico. Há algo mais profundo, que precisa ser questionado.
Não existe um método melhor (dedução ou indução). Métodos de análise são ferramentas que DEPENDEM do fenômeno que estamos analisando.
Fenômenos novos e disruptivos, como o Digital, que geram uma alta taxa de inadequação da sociedade diante das novidades precisam do método dedutivo e não do indutivo.
A dedução parte do princípio que os nossos paradigmas diante de determinado fenômeno ficaram obsoletos e precisam ser filosoficamente revistos.
O problema que fenômenos “estranhos” mexem com nosso apego a valores, paradigmas e hábitos. E não queremos aceitar que temos que mudar.
Fenômenos “estranhos” provocam um processo ilógico de resistência subjetiva e continuamos tentando utilizar um mapa velho num território novo.
Nas crises diante de fenômenos “estranhos” passamos a utilizar o que podemos chamar de INDUTIVISMO INADEQUADO. Usamos os mesmos valores e paradigmas para um fenômeno que precisa de uma revisão de padrões.
A maior parte dos livros que aborda o fenômeno digital se utiliza do INDUTIVISMO INADEQUADO. Os autores fazem análises sobre fatos com os mesmos paradigmas, como se ainda estivessem válidos.
No método dedutivo, antes de se fazer qualquer levantamento de dados, se faz a revisão dos padrões (paradigmas e valores) para analisá-los de forma diferente.
Vivemos hoje a maior crise das Ciências Sociais, onde se inclui os negócios e a administração, que precisa de novos parâmetros para se projetar o futuro.
A compreensão da nova Civilização 2.0 – que está ainda saindo da maternidade – passa por uma profunda revisão das bases teóricas das Ciências Sociais.
O uso do INDUTIVISMO INADEQUADO tem gerado – muita fumaça e pouco fogo. Por isso, pessoas, profissionais e organizações estão tão perdidos.
É isso, que dizes?
Saia e fique fora de Matrix. Venha ser um Futurista Bimodal, com a melhor formação sobre o estudo do futuro no Brasil. Nós somos a nave Nabucodonosor, aquela mesma que aparece no filme. 🙂