“Para entender uma situação desconhecida, lançamos mão de elementos conhecidos e, por causa disso, não conseguimos entendê-la.”– Proust;
Vivemos hoje uma profunda crise do pensamento. Pensamos de forma inadequada, pois mudamos o ambiente, mas ainda não a nossa mentalidade.
Nossa mentalidade foi preparada para um mundo menos inovador, menos mutante, menos conectado, com muito menos informação do que o atual.
Temos aí dos problemas.
É preciso modificar a formação das crianças e jovens para que possam lidar com esse novo cenário mais mutante e com abundância de informação.
É preciso readaptar, dentro do que é possível, a mentalidade dos adultos para que possam ficar menos inadequados a este novo mais mutante e com abundância de informação.
A filosofia, apesar de tudo que fizeram de equivocado com ela recentemente, é o remédio ideal para a crise de mentalidade que estamos passando.
A filosofia surgiu como uma necessidade de promover algumas perguntas e respostas para que pudéssemos nos adaptar aos diferentes cenários de sobrevivência.
A ideia que a filosofia é uma “viagem na maionese” é um dos fatores de crise de mentalidade que estamos vivendo.
A filosofia tem perguntas focos e respostas progressivas, que são a “ponta do novelo” de tudo aquilo que pensamos e agimos nas nossas vidas.
Muito das relações inadequadas que temos com a realidade vêm da dificuldade de:
- ter consciência das melhores perguntas e respostas filosóficas;
- e saber responder da melhor forma possível as diferentes perguntas filosóficas, pois todas são integradas e sinergéticas.
Na filosofia, temos perguntas focos – aquelas que são estruturais e permanentes em todos os momentos da história da nossa Tecnoespécie.
Na filosofia, temos respostas progressivas – aquelas que são conjunturais, que variam nos diferentes momentos da história da nossa Tecnoespécie.
Note, assim, que as perguntas filosóficas não mudam, o que se altera é flexibilidade que precisamos ter para respondê-las.
As perguntas focos estruturais são as seguintes:
- De onde viemos? (Metafísica);
- Quem somos? (Existencial);
- Como viver melhor? (Ética);
- Como saber o que é menos mentira e mais verdade na busca por uma vida melhor? (Epistemologia);
- Qual é a forma menos violenta e menos injusta de se organizar uma sociedade? (Política)
- Qual é deve ser o papel da arte papel da arte para nos levar a uma vida melhor? (Arte).
O aumento ou redução da taxa de inadequação com a realidade de cada pessoa ou de determinado grupo vem das respostas adequadas às perguntas focos centrais da filosofia.
Mais ainda.
As respostas progressivas precisam estar articuladas entre si, pois o que você responde em uma tem impacto nas demais.
As respostas progressivas filosóficas precisam ser vistas como um grande bloco, um sistema interligado e sinergético.
É isso, que dizes?
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